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Sucesso e consolidação: Festival Buffalo’s Gourmet encerra com premiações e balanço positivo

O Festival Buffalo’s Gourmet – Sabores da Amazônia encerrou sua VI edição neste domingo (17), com a premiação dos chefs profissionais e amadores que apresentaram as melhores receitas. E consolidando-se como um evento de destaque no cenário gastronômico do Pará. Com um balanço extremamente positivo, o festival superou as expectativas em público e reforçou seu papel no desenvolvimento econômico e cultural da região.

Para a Associação Búfalos de Ferro (ABF), organizadora do evento ao lado do Ministério da Cultura, a sexta edição consolidou a importância do festival, que em 2024 passou a ser reconhecido como Patrimônio de Natureza Material e Imaterial do Pará pela Assembleia Legislativa (Alepa). “É a consolidação do Buffalo’s Gourmet no cenário gastronômico do Pará, gerando renda, gerando desenvolvimento pra nossa região”, afirmou Pedro de Oliveira, diretor da ABF, expressando o desejo de “vida longa ao projeto”.

O presidente da Associação Buffalo’s de Ferro, André Grijó, detalhou o crescimento expressivo do evento. Segundo ele, houve um aumento considerável de público nesta edição, com uma estimativa de 10 a 13 mil pessoas circulantes, por dia. Além disso, Grijó mencionou novidades importantes, como a introdução da “cozinha amazônica”, que se juntou às já tradicionais atrações, como a Fazendinha e o concurso de chefs.

Grijó também ressaltou a importância das parcerias para o sucesso do festival, agradecendo a todos os apoiadores, incluindo a Vale, o Ministério da Cultura, a Prefeitura de Parauapebas e a rede hoteleira Maper Bistrô, assim como o vereador Anderson Moratório, que aprovou emenda para o festival. O presidente da ABF destacou, em especial, o caráter familiar do evento, que sempre foi projetado para ser um espaço seguro e acolhedor para crianças e adultos, incluindo as pessoas com deficiência. “O evento foi projetado para a família, esse sempre foi o nosso objetivo, a contrapartida social”, disse Grijó, para observar que, a cada ano, a “família está mais presente” se mostra mais presente no festival.

O reconhecimento do trabalho realizado em Parauapebas já extrapola as fronteiras do Pará. Grijó revelou a “grata surpresa” de ter recebido uma comitiva de São Paulo, incluindo o prefeito e secretários municipais da cidade de Sarapuí, que vieram buscar referências para o festival gastronômico já realizado em sua cidade, e que também usa produtos bubalinos nas receitas. “Estamos muito lisonjeados com isso”, afirmou o presidente da ABF.

Valorização da gastronomia e da cultura locais

A alta qualidade dos participantes foi outro ponto de destaque. A chef Gabriela Magalhães Ramos, vencedora do concurso profissional com o prato “kafta com recheio de coalhada de búfala e tabule”, compartilhou a emoção da vitória. “A gente vem, fica nervoso, entrega o melhor”, disse, acrescentando que, apesar de sua experiência de nove anos na profissão, o nervosismo é constante, especialmente diante de tantos outros chefs talentosos. “Estou muito feliz porque é a minha primeira vez e a gente sempre fica nervoso, não acredita, né? Mas a gente deu o melhor e levamos o prêmio. Graças a Deus!”, comemorou.

Além de Gabriela Magalhães, os grandes vencedores da sexta edição, na categoria profissional, foram Ana Paula Mont Dan, com a receita “Ossobuco Murakami (in Memorian), em 2º lugar; e João Pedro Bicheri, em 3º lugar, com o “Bombom de cheesecake amazônica”. Na categoria amadora, o 1º lugar foi conquistado por Cleidiane Paz Leal, de Canaã dos Carajás, com a receita “Dadinho de tacacá”, seguida por Luiz Guilherme Oliveira Dan, com “Quiche de carne de sol de búfalo com mozzarella de búfala”, e Francidalva da Conceição Ferreira, com “Banana da terra recheada com carne de sol e queijo de búfala”.

Integrando o júri do festival, a jornalista Tainá Aires elogiou a valorização da cultura local. Ela considerou o evento “incrível” por celebrar tanto a criatividade em Parauapebas quanto o trabalho com bubalinos. A jornalista expressou sua satisfação com a qualidade dos participantes, tanto profissionais quanto amadores, e a valorização da culinária da região. “Vou sair daqui muito realizada por isso e também pela valorização da cultura amazônica”, ressaltou.

Neste domingo, no encerramento, a programação do Cozinha Show contou com a participação da chef Tanya Sleyne com “Comida Remosa” e do chef Arturo Báez, que encantou com a receita “Aligot de abóbora com puxuri”. Já os shows ficaram por conta da Banda Pai D’Égua, de Parauapebas, e Lambada Social Club, de Belém, que divertiram desde crianças até idosos, com apresentações que deixaram aquele gostinho de “quero mais”.

 

MARABÁ: MPF pede suspensão da licença da obra de duplicação da ponte rodoferroviária da Vale

Ação aponta falta de consulta prévia a comunidades tradicionais, danos socioambientais e omissão na fiscalização do projeto

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação contra a mineradora Vale e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por irregularidades e impactos socioambientais causados pela obra de duplicação da ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, em Marabá, no sudeste do Pará.

Segundo o MPF, o empreendimento tem afetado gravemente pescadores artesanais e comunidades ribeirinhas da região, especialmente do núcleo urbano São Félix, em Marabá. O MPF aponta que não foi realizada a Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) a essas populações, um direito garantido pela Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.

Assinada pela procuradora da República Gabriela Puggi Aguiar, a ação destaca a omissão do Ibama em exigir a CPLI como condição para o licenciamento ambiental e de fiscalizar adequadamente os impactos da obra.

Impactos relatados – O MPF detalha uma série de danos sofridos pelas comunidades tradicionais locais desde o início da obra. Entre os principais problemas relatados pelos pescadores e ribeirinhos estão:

  • diminuição do pescado e da renda em 40%, causada pela restrição de acesso a locais de pesca tradicionais e pelo afugentamento dos peixes devido à operação de balsas;
  • dificuldade de navegação, obrigando os pescadores a buscarem peixe em locais mais distantes, aumentando custos com combustível;
  • contaminação da água do Rio Tocantins, que é utilizada para consumo, banho e lavagem de roupas, supostamente por óleo vazado das balsas da obra;
  • perda permanente de pontos de pesca (pesqueiros) tradicionais;
  • exclusão das comunidades ribeirinhas e de vendedores de peixe dos programas de redução de impactos (mitigação) e monitoramento estabelecidos no licenciamento

O MPF aponta, ainda, a falta de transparência da Vale, que se negou a fornecer dados do monitoramento de pesca aos próprios pescadores e a pesquisadores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). A ação critica também o programa de monitoramento do conjunto de espécies de peixes da região (ictiofauna), que, segundo nota técnica da universidade, utiliza metodologia falha e literatura desatualizada.

 Pedidos à Justiça – Na ação, o MPF pede à Justiça a concessão de uma decisão urgente que determine:

  •  a imediata suspensão da licença de instalação da obra até que a Consulta Prévia, Livre e Informada seja realizada com as comunidades afetadas;
  • o pagamento, pela Vale, de uma verba mensal de caráter alimentar em valor não inferior a um salário mínimo para cada pescador atingido, como compensação emergencial e transitória;
  • o fornecimento imediato, pela Vale, de combustível, gelo, isopores, petrechos de pesca e novas embarcações para adequar a atividade pesqueira às novas rotas;
  • que o Ibama exija a correção da avaliação de impactos e fiscalize diretamente a qualidade da água

 Ao final do processo, o MPF pede que a licença de instalação seja declarada nula e que a Vale e o Ibama sejam condenados solidariamente a pagar uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 100 milhões. A ação visa garantir a reparação integral dos danos socioambientais e o respeito aos direitos das comunidades tradicionais afetadas pelo empreendimento.

Processo 1007630-85.2025.4.01.3901

Íntegra da ação

Consulta processual

Parauapebas recebe a 28ª edição do ABCF Fight com disputa de cinturão e show de rock

Evento acontece no dia 23 de agosto, no Ginásio Islander Souza, com 10 combates e apresentação da banda Pilantropia

Parauapebas se prepara para viver uma noite de muita adrenalina e emoção. No dia 23 de agosto de 2025, o Ginásio Poliesportivo Islander Souza será palco da 28ª edição do ABCF Fight, um dos maiores eventos de artes marciais da região, que ao longo de duas décadas vem revelando talentos e consolidando atletas no cenário nacional e internacional.

Duas disputas de cinturão

O destaque da noite ficará por conta das defesas de cinturão, que prometem levantar o público:

  • Samuel Samuca x Escorpião Rei – luta válida pelo cinturão da categoria Peso Pena;
  • Flávio Pina x Lucas Sonic – mais um duelo eletrizante que definirá quem fica no topo.

Além disso, outros grandes nomes do octógono estarão em ação, somando 10 combates que prometem intensidade do início ao fim. Entre eles:

  • Jhonatan Barbosa x Lucas Andrade
  • Alan Abacaxi x Avatar Strike
  • Pelezinho x Madruguinha
  • Perna Longa x Adão Silva
  • Lucas Mexicano x Formigão Alves
  • Ricardo Nogueira x Ruan Carrasco
  • Janaína x Luana
  • Marcelino Carvalho x Erik Silva
  • Azulão x Dudu Super Choque

Muito mais que luta

O ABCF Fight se consagrou como um celeiro de atletas. Em 20 anos de história, o evento abriu portas para inúmeros lutadores que hoje brilham em competições de nível nacional e até internacional. Mais do que combates, o torneio representa oportunidades, disciplina e transformação de vidas por meio do esporte.

Para esquentar ainda mais a noite, o público poderá curtir um show ao vivo da Banda Pilantropia, que vai agitar a arena com muito rock e energia.

Ingressos e solidariedade

A organização do evento preparou um formato acessível e solidário:

  • Arquibancada: entrada gratuita;
  • Pista VIP (cadeiras na parte inferior): acesso mediante doação de 5 kg de arroz.

A iniciativa busca não apenas aproximar o público do espetáculo, mas também fortalecer ações sociais por meio da arrecadação de alimentos.

Serviço

Data: 23 de agosto de 2025
Local: Ginásio Poliesportivo Islander Souza – Parauapebas/PA
Horário: 20h

A luta continua

Mais que um torneio, o ABCF Fight é parte da identidade esportiva de Parauapebas. E neste ano, a promessa é de arquibancadas cheias, adrenalina no octógono e muita emoção para quem acompanhar de perto essa noite que já nasce histórica.

MST apresenta extensa pauta de reivindicações e pede pavimentação completa do Acampamento Terra e Liberdade

Documento entregue em órgãos municipais traz dezenas de demandas em áreas como saúde, educação, agricultura e infraestrutura; Prefeitura afirma que criará comissão para avaliar pontos junto ao movimento

Na manhã desta segunda-feira (18), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) protocolaram em diferentes órgãos da Prefeitura de Parauapebas uma extensa pauta de reivindicações, que inclui desde ações sociais e culturais até grandes obras de infraestrutura.

O Portal Pebinha de Açúcar teve acesso ao documento, que reúne dezenas de solicitações e chama atenção pela abrangência e pelo peso financeiro que muitas delas representam.

Lista extensa de pedidos

A pauta do MST contempla praticamente todas as áreas da gestão pública municipal. Entre os pontos apresentados estão:

  • Educação: criação de escolas do campo, bibliotecas comunitárias, contratação imediata de professores, construção de creches em tempo integral e transporte escolar gratuito para assentamentos;
  • Saúde: reforma e ampliação de unidades de saúde, aquisição de ambulâncias, novas bases do SAMU, além de programas voltados para a saúde da mulher e para comunidades rurais; Agricultura: plano agrícola municipal, hortas comunitárias, fábricas de bioinsumos, feiras cobertas, apoio à piscicultura e crédito para assentados;
  • Obras e Urbanismo: duplicação de trechos viários, revitalização de ruas e praças e, de forma destacada, o pedido pela pavimentação de todas as ruas do Acampamento Terra e Liberdade;
  • Assistência Social: centros de convivência para idosos, CRAS em assentamentos e cozinhas solidárias;
  • Esporte, Cultura e Juventude: construção de quadras, centros poliesportivos e culturais, além de programas de incentivo à juventude, como eleições para o Conselho de Juventude e cursos profissionalizantes.

A dimensão das reivindicações

O documento entregue pelo MST é amplo e detalhado, mas levanta questionamentos: será que a Prefeitura de Parauapebas conseguirá atender a tantas solicitações diante de outras prioridades que já existem na cidade?

Muitos dos pedidos envolvem investimentos milionários em obras de infraestrutura, como a pavimentação de bairros inteiros, construção de unidades de saúde completas, criação de fábricas e até programas permanentes de crédito e logística agrícola.

Para analistas, o desafio da gestão municipal será conciliar as reivindicações do movimento com o orçamento público, sem comprometer projetos que já estão em andamento em áreas como saúde, educação urbana e mobilidade.

Posição da Prefeitura

Em nota oficial, a Prefeitura de Parauapebas informou que todas as reivindicações serão encaminhadas às secretarias competentes para análise e que será criada uma comissão de governo para dialogar com uma comissão do MST, a fim de discutir os pontos apresentados.

O Executivo reforçou que mantém abertura ao diálogo com movimentos sociais, desde que de forma pacífica e respeitosa, e reafirmou o compromisso de trabalhar por políticas públicas que promovam desenvolvimento social, econômico e humano para toda a população.

Próximos passos

Com a pauta oficialmente protocolada, a expectativa é de que as negociações sejam iniciadas nas próximas semanas. Enquanto isso, os integrantes do MST seguem acampados na Praça dos Pioneiros, aguardando retorno às suas demandas.

O Portal Pebinha de Açúcar seguirá acompanhando as movimentações e trará atualizações sobre como a Prefeitura vai lidar com essa extensa lista de reivindicações.

Consumo abusivo de álcool entre mulheres brasileiras quase dobra em 17 anos

Estudo revela que jovens de 25 a 34 anos lideram crescimento; obesidade e hipertensão também aumentaram no período

Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a ACT Promoção da Saúde e o Ministério da Saúde, acendeu um alerta para a saúde pública no Brasil. A pesquisa, publicada na Revista Brasileira de Epidemiologia, analisou dados do sistema Vigitel entre os anos de 2006 e 2023 e revelou que o consumo abusivo de álcool entre mulheres adultas quase dobrou no período, passando de 7,7% para 15,2%.

Mulheres entre 25 e 34 anos lideram aumento

Os números mais recentes, de 2023, mostram que a faixa etária com maior prevalência de consumo abusivo de álcool foi a de 25 a 34 anos (22,2%), seguida pelas mulheres de 35 a 44 anos (18,6%). Já entre as mulheres acima dos 65 anos, a proporção caiu para apenas 2,8%.

Enquanto isso, entre os homens, o percentual foi maior — cerca de 25% — mas se manteve estável ao longo dos 17 anos pesquisados. O critério utilizado para definir o consumo abusivo foi de quatro ou mais doses em uma mesma ocasião para mulheres e cinco ou mais doses para homens, pelo menos uma vez nos últimos 30 dias.

A pesquisadora Deborah Carvalho Malta, da Escola de Enfermagem da UFMG, destacou que os dados apontam para a necessidade de políticas públicas específicas: “Esse cenário reforça a necessidade de estratégias que considerem as particularidades de gênero, não apenas na identificação de riscos, mas também em ações preventivas e educativas que dialoguem com os contextos sociais e culturais das mulheres”.

Possíveis fatores e desafios

Segundo os autores do estudo, o aumento pode estar relacionado a estratégias de marketing direcionadas ao público feminino nas últimas décadas, associando bebidas alcoólicas a glamour, sucesso e empoderamento.

A pesquisadora Deborah lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas para frear o consumo, como:

  • maior controle da publicidade;
  • restrição de horários e locais de venda;
  • proibição da venda a menores;
  • fiscalização de eventos com consumo liberado (“open bar”).

Outros achados do estudo

O levantamento também trouxe dados sobre outros fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT):

  • Excesso de peso: passou de 38,5% para 59,6% entre mulheres, e de 47,6% para 63,4% entre homens;
  • Obesidade: praticamente dobrou, atingindo cerca de 1 em cada 4 brasileiros adultos em 2023;
  • Hipertensão arterial: subiu de 25,2% para 29,3% entre mulheres, e de 19,3% para 26,4% entre homens;
  • Diabetes: cresceu de 6,4% para 11,1% entre mulheres, e de 4,8% para 9,1% entre homens.

Por outro lado, o estudo também apontou avanços importantes:

  • Tabagismo caiu de 12,4% para 7,2% entre mulheres e de 19,3% para 11,7% entre homens;
  • Prática de atividade física no lazer cresceu de 22,1% para 36,2% no sexo feminino, e de 39% para 45,8% no masculino.

Desafio para a saúde pública

Os pesquisadores defendem que os resultados devem servir como guia para a criação de políticas intersetoriais, envolvendo saúde, educação e assistência social, de modo a reduzir riscos e promover hábitos saudáveis.

O estudo reforça que, se por um lado houve conquistas no combate ao tabagismo e no incentivo à prática de atividades físicas, por outro, o crescimento do consumo abusivo de álcool entre mulheres e o avanço da obesidade representam grandes desafios para o sistema de saúde brasileiro nos próximos anos.

Adultização: quando a infância é encurtada e crianças assumem papéis de adultos antes da hora

Especialistas alertam para os riscos emocionais e sociais desse fenômeno cada vez mais presente na sociedade

O termo adultização vem ganhando destaque em debates sociais e educacionais no Brasil. Ele se refere ao fenômeno em que crianças e adolescentes passam a assumir responsabilidades, comportamentos ou pressões do mundo adulto precocemente, deixando de viver integralmente as fases da infância e adolescência.

Esse processo pode acontecer de forma silenciosa, no ambiente familiar, escolar ou até mesmo nas redes sociais, e traz consequências significativas para o desenvolvimento emocional, social e psicológico dos jovens.

Como a adultização acontece

A adultização pode se manifestar de várias formas:

  • Responsabilidades domésticas ou financeiras além do esperado para a idade, quando crianças precisam cuidar da casa ou até mesmo dos irmãos;
  • Exposição à sexualização precoce, por meio de conteúdos em redes sociais, músicas, roupas ou pressões sociais;
  • Cobrança por desempenho em níveis semelhantes aos de adultos, seja nos estudos, no esporte ou em atividades extracurriculares;
  • Falta de vivência lúdica, quando a criança deixa de brincar, explorar e experimentar a infância para assumir posturas “maduras”.

Consequências emocionais e sociais

De acordo com psicólogos e educadores, a adultização pode gerar efeitos duradouros:

  • Ansiedade e estresse: o excesso de responsabilidades cria uma carga emocional que a criança não está preparada para lidar;
  • Comprometimento da autoestima: a comparação com padrões adultos pode levar a frustração;
  • Perda da infância: a ausência do brincar, do tempo livre e da vivência infantil empobrece a experiência de crescimento;
  • Riscos sociais: a sexualização precoce pode expor crianças a situações de violência e exploração.

O papel da sociedade e da família

Especialistas destacam que combater a adultização exige uma rede de apoio que envolva famílias, escolas e instituições públicas. É papel dos adultos proteger e respeitar cada fase da vida, garantindo que crianças tenham espaço para brincar, errar, aprender e amadurecer naturalmente.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura que jovens têm direito a uma infância plena, livre de exploração e pressões indevidas. A violação desse princípio pode caracterizar negligência e até configurar crime, dependendo da situação.

Um fenômeno contemporâneo

Em tempos de redes sociais, reality shows e forte exposição digital, a adultização se torna ainda mais evidente. Meninas e meninos, muitas vezes incentivados por familiares ou influenciadores, são pressionados a adotar comportamentos adultos — desde aparência até linguagem — antes de estarem preparados para isso.

Integrantes do MST fazem marcha em Parauapebas e entregam pautas de reivindicações em órgãos públicos

Após desocupação da Prefeitura, manifestantes seguem acampados na Praça dos Pioneiros e buscam formalizar demandas junto à gestão municipal

Na manhã desta segunda-feira (18), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam uma marcha pelas ruas de Parauapebas, no sudeste do Pará, com o objetivo de entregar pessoalmente suas pautas de reivindicações a órgãos da administração municipal.

O grupo está acampado desde a semana passada na Praça dos Pioneiros, no Bairro Chácara do Sol, após ter sido obrigado a deixar o prédio da Prefeitura de Parauapebas. A desocupação ocorreu por meio de decisão judicial, cumprida com apoio da Tropa de Choque da Polícia Militar, que retirou os manifestantes das dependências do Executivo municipal.

Entrega das pautas

Durante a caminhada desta segunda-feira, os manifestantes passaram por diversos setores da gestão municipal, onde protocolaram suas demandas e buscaram diálogo com autoridades locais.

Até o fechamento desta matéria, os representantes do MST já haviam estado no Gabinete do Prefeito, na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na Secretaria Municipal de Educação (Semed) e também no prédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento (Seden), onde funciona o Sistema Nacional de Emprego (SINE).

A entrega das reivindicações também ocorreu no Centro de Desenvolvimento Cultural de Parauapebas (CDC), local que abriga a estruturas da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e no Departamento Municipal de Arrecadação Municipal (DAM). O objetivo da peregrinação, segundo o movimento, é oficializar sua pauta de reivindicações junto à Prefeitura de Parauapebas.

Contexto e posicionamento da Prefeitura

Na semana passada, logo após a desocupação do prédio da Prefeitura, o prefeito Aurélio Goiano fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais e afirmou que não iria se sentar à mesa de negociação com quem classificou como “baderneiros”, em referência aos integrantes do MST.

O gestor criticou a forma como o movimento ocupou o gabinete do Executivo e ressaltou que só deixaram o local após a chegada da ordem judicial e do reforço da tropa de choque da PM.

Próximos passos

Apesar da postura firme do prefeito, os integrantes do MST buscam agora um caminho institucional, tentando garantir que suas reivindicações sejam recebidas pelas secretarias competentes.

O Portal Pebinha de Açúcar seguirá acompanhando os desdobramentos deste impasse entre o MST e a gestão municipal.

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