Pesquisar
Close this search box.

Jornalistas do Sudeste do Pará participam de workshop sobre cobertura climática e uso de ferramentas digitais

Evento promovido pela Vale na Serra dos Carajás reuniu comunicadores de Parauapebas, Canaã e Marabá e trouxe debates sobre a emergência climática e a inovação no jornalismo

Na tarde desta quinta-feira (21), jornalistas de Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá participaram de um workshop realizado pela Vale, na Serra dos Carajás, que trouxe à pauta dois temas fundamentais para o jornalismo contemporâneo: a cobertura climática e o uso de ferramentas digitais para a produção de conteúdo.

O encontro, realizado no auditório do viveiro de mudas da empresa, fez parte de uma agenda de preparação para a COP 30, que será realizada em Belém em 2025, e teve como palestrantes o jornalista Daniel Nardin, do Amazônia Vox, e Denise Salomão, representante do Instituto Fala e da Google News Initiative.

Emergência climática em foco

Em conversa com a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar, Daniel Nardin destacou a necessidade de fortalecer a cobertura climática, aproximando a ciência e o conhecimento tradicional da vida cotidiana das pessoas. “É muito importante que profissionais da comunicação consigam traduzir essas questões de forma clara e acessível. A emergência climática já está presente no nosso dia a dia: no calor intenso, nas secas, nas enchentes mais graves. Esses fenômenos sempre existiram, mas hoje acontecem com maior intensidade e frequência, e a ciência comprova isso”, afirmou.

Segundo Nardin, cabe ao jornalismo regional ajudar a população a compreender o impacto real das mudanças climáticas e cobrar de empresas e governos medidas concretas de adaptação e mitigação. “O compromisso da imprensa deve ser com a credibilidade, com informações íntegras e baseadas em ciência. Isso é tão importante quanto as negociações que acontecem em eventos globais, como a COP”, reforçou.

Inovação e tecnologia no jornalismo

Denise Salomão apresentou ferramentas oferecidas pelo Google para otimizar o trabalho jornalístico, como o Gemini, Notebook LM e PinPoint, que podem apoiar na apuração, checagem de dados e produção de conteúdos. “A ideia é mostrar como essas ferramentas podem agilizar o trabalho rotineiro e dar mais tempo ao jornalista para se dedicar a pautas mais profundas. O Google News Initiative, em parceria com o Instituto Fala, busca justamente oferecer funcionalidades que nem sempre são óbvias, mas que podem transformar a rotina de redações e comunicadores independentes”, explicou.

Ela ressaltou que a tecnologia não substitui a apuração, mas ajuda a qualificar o trabalho e ampliar o alcance da informação: “O objetivo é que o jornalista consiga incorporar essas ferramentas no seu dia a dia, aprimorando sua produção e entregando informação de qualidade ao público”.

Importância regional

Para os profissionais presentes, o evento reforçou a relevância da preparação para a COP 30 e destacou o papel estratégico do jornalismo do sudeste do Pará no debate climático e na inovação em comunicação.

Mineradora LIGGA lança nova edição do programa que conecta formação, renda e protagonismo feminino

A mineradora LIGGA segue fortalecendo sua relação com as comunidades vizinhas e, nesta semana, abriu mais uma edição do RevELLA, seu programa de impacto social voltado ao empoderamento feminino.

O destaque desta vez é o curso gratuito de Manipulação de Alimentos, que está formando 18 mulheres das comunidades de Palmares Sul, Palmares II, Vicinal Rio Novo e Comunidade Renascer.

A aula inaugural contou com a presença do gerente de Operações da Ligga Cássio Noronha, e da equipe de responsabilidade social da companhia, representada por Fábio Queiroga e Elcilene Nascimento.

Formação que gera oportunidades

O curso acontece no Sítio Bela Vista, e une teoria e prática para preparar as participantes a atuar com qualidade e segurança na área de alimentação. Mais do que uma capacitação, a proposta é abrir portas para novas fontes de renda, reforçar a autoestima e ampliar a independência financeira das mulheres da região.

A iniciativa é realizada em parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), com apoio do SIPRODUZ e da AMAPALS, e ministrada pela instrutora Janai Martins Azevedo.

Mais que aprendizado, um propósito

Ao longo da formação, as participantes aprendem sobre higiene, boas práticas de fabricação, controle de qualidade, legislação sanitária e técnicas de preparo e armazenamento de alimentos. Tudo isso com foco em um único objetivo: transformar conhecimento em oportunidade concreta de trabalho e renda.

No encerramento, marcado para 26 de agosto, além da certificação do SENAR, cada mulher receberá um multiprocessador oferecido pela mineradora LIGGA, como incentivo inicial para transformar a teoria em prática e empreender.

“O RevELLA é mais que um curso. É um espaço de transformação, que planta sementes de autonomia e renda onde o protagonismo feminino floresce”, destaca Fábio Queiroga, coordenador de Responsabilidade Social da Ligga.

Escuta ativa, impacto real

Os cursos do RevELLA são definidos a partir de um diálogo próximo com as comunidades, respeitando vocações locais e necessidades reais. Desde sua criação, há três anos, o programa vem se consolidando como uma plataforma de inclusão produtiva, onde cada participante formada representa não apenas uma nova profissional, mas também um elo de transformação em sua família e comunidade.

Com o RevELLA, a mineradora LIGGA reafirma seu compromisso de caminhar lado a lado com as comunidades, investindo em iniciativas que unem respeito, valorização e impacto social duradouro.

Levantamento mostra perfil do emprego formal nos três maiores exportadores de minérios do Pará em 2024

Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá concentraram mais de US$ 15 bilhões em exportações minerais e juntos somaram mais de 150 mil empregos formais

Um levantamento feito pelo economista Wesley Costa revela a importância econômica e social de Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá, os três maiores municípios exportadores de minérios do Pará em 2024.

No ano passado, o Pará exportou US$ 23 bilhões, sendo US$ 16 bilhões provenientes de minérios — o equivalente a 70% de toda a pauta exportadora do estado. Desse montante, os três municípios foram responsáveis por US$ 15,3 bilhões.

Exportações minerais em 2024

• Canaã dos Carajás: US$ 6,7 bilhões
• Parauapebas: US$ 6,2 bilhões
• Marabá: US$ 2,4 bilhões

Estrutura do emprego formal

Canaã dos Carajás
O município registrou 29.521 empregos com carteira assinada, com destaque para a construção (10.901) e serviços (9.344). Na mineração, foram 5.191 postos formais, o que representa 17,6% do total local.

Parauapebas
Lidera entre os três em quantidade de empregos formais, com 68.379 trabalhadores, distribuídos principalmente em serviços (26.310), construção (14.254), indústria (13.935) e comércio (13.662). A mineração respondeu por 8.384 empregos, equivalentes a 12,3% do total.

Marabá
A cidade contabilizou 55.097 empregos com carteira assinada, concentrados em serviços (20.471), comércio (16.219) e indústria (11.263). O setor mineral empregou 3.588 trabalhadores, o que representa 6,5% do total do município.

Análise
O estudo demonstra que, apesar da força da mineração nas exportações, a maior parte dos empregos formais nos três municípios ainda está concentrada em setores como serviços, construção civil, comércio e indústria, reforçando o desafio de diversificar as bases produtivas e reduzir a dependência exclusiva do setor mineral.

Fonte: ComexStat (MDIC) e Novo Caged – Ministério do Trabalho e Emprego.
Elaboração: Wesley Costa, economista.

Deixe seu comentário