Pesquisar
Close this search box.

Poeira, velocidade e emoção: GP Curionópolis abre Campeonato Paraense de Motocross 2025

Evento realizado pela Prefeitura de Curionópolis e pelo deputado Chamonzinho reuniu centenas de pessoas, distribuiu mais de R$ 100 mil em premiação e colocou o município no mapa do motociclismo nacional

Um fim de semana de pura adrenalina

O Bairro Coofapac, em Curionópolis, foi o palco de um espetáculo de velocidade e emoção no último fim de semana (27 e 28), durante a realização do GP Curionópolis de Motocross, que abriu oficialmente o Campeonato Paraense de Motocross 2025.

Com arquibancadas cheias e o ronco dos motores ecoando pela cidade, o evento consolidou-se como um dos maiores da modalidade no Pará, atraindo competidores de diferentes estados e fortalecendo a cena esportiva da região.

R$ 100 mil em premiação e talentos revelados

O GP distribuiu mais de R$ 100 mil em prêmios, atraindo pilotos consagrados e revelando novos talentos locais. As disputas envolveram diversas categorias, incluindo a infantil, que encantou o público pela habilidade das crianças e pela emoção que tomou conta da arena.

 

Para a prefeita de Curionópolis, Mariana Chamon, o evento é um marco para o município: “O GP Curionópolis mostra que nosso município tem força para sediar grandes eventos esportivos. O motocross não é apenas adrenalina, é também integração, turismo e desenvolvimento para a nossa cidade. Estamos muito felizes em ver o público lotando e a cidade respirando esse clima de festa e esporte”.

Esporte como motor de desenvolvimento

O deputado Chamonzinho, parceiro na realização do evento, ressaltou a importância do motocross para o desenvolvimento regional: “É gratificante ver Curionópolis se tornar referência no motocross paraense. Nosso objetivo é incentivar o esporte, apoiar os atletas locais e trazer grandes competições para cá, movimentando a economia e gerando lazer para a população”.

 

Um novo capítulo para o motociclismo paraense

Com clima de celebração, o GP Curionópolis de Motocross encerrou deixando a certeza de que o motociclismo paraense começou 2025 acelerando forte.

A vibração do público, o empenho dos pilotos e o apoio do poder público mostram que Curionópolis está preparada para se consolidar como berço de grandes eventos esportivos no Estado.

Formatura histórica celebra 66 novos tecnólogos em Gestão Pública em Parauapebas

Cerimônia no plenário da Câmara Municipal marcou a conclusão do curso promovido em parceria com a Alepa e a Felepa; emoção, simbolismo e anúncio de pós-graduação marcaram o evento

Na tarde da última quarta-feira (24 de setembro), o plenário da Câmara Municipal de Parauapebas se transformou em palco de emoção e conquistas. Ao todo, 66 concluintes do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública receberam a outorga de grau em uma solenidade que ficará marcada na história do Legislativo local.

O curso foi fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) e a Fundação Escola do Poder Legislativo (Felepa), reforçando o papel da Casa Legislativa não apenas como espaço de debate político, mas também de formação e transformação social.

Um ritual de conquistas

O evento começou com a execução do Hino Nacional Brasileiro, seguido do juramento coletivo conduzido pela formanda Leidiane Oliveira, que representou os colegas no compromisso ético com a gestão pública.

O momento mais aguardado foi a outorga de grau, concedida pelo presidente da Alepa, deputado Chicão, que declarou oficialmente os formandos como tecnólogos em Gestão Pública.

Emoção

A entrega dos canudos emocionou o público e levou muitos às lágrimas. Os formandos, chamados individualmente, receberam o símbolo da conquista das mãos das autoridades presentes. Em seguida, viveram outro momento simbólico: a colocação do anel de formatura feita pelos paraninfos.

Entre as autoridades que participaram das entregas estavam o presidente da Câmara, vereador Anderson Moratorio, a reitora da Felepa, professora Maria Betânia de Carvalho, e a prefeita de Curionópolis, Mariana Chamon.

Voz da turma

Em discurso emocionado, a oradora da turma, Joyce, agradeceu o apoio das famílias, professores e instituições envolvidas. Ela destacou a superação dos desafios enfrentados ao longo dos quatro semestres e reafirmou o compromisso coletivo de contribuir para uma gestão pública eficiente e humana.

Prestígio e presença política

A solenidade contou com a presença de diversos vereadores de Parauapebas, entre eles Zé do Bode, Érica Ribeiro, Sargento Nogueira, Michel Carteiro, Sadisvan Pereira, Fred Sanção, Maquivalda Barros, Leandro do Chiquito e Elias da Construforte, que acompanharam de perto esse marco na história da Casa.

Um marco para o Legislativo

Em sua fala, o presidente da Câmara, Anderson Moratorio, celebrou o momento como uma vitória coletiva: “Chegar a este momento, após dois anos e mais de 1.600 horas de estudo, é uma verdadeira vitória. É um orgulho para nós ver esta turma se formar aqui dentro desta Casa, reafirmando o compromisso do Legislativo com a qualificação dos seus servidores e com o futuro da gestão pública”.

O encerramento foi marcado por aplausos, fotos e o anúncio feito pelo deputado Chicão, presidente da Alepa, de que já está previsto para 2026 o início de um curso de pós-graduação em Gestão Pública, ampliando ainda mais as oportunidades de formação para servidores e gestores da região.

Nove atrações da música instrumental brasileira animaram o público no 3º Marabá Jazz Festival

De homenagens a grandes nomes do jazz, como Jonh Scofield, a improvisações cheias de brasilidade, misturando ritmos e gêneros, com músicas autorais e inéditas no palco do Teatro Eduardo Abdelnor, a terceira edição do Marabá Jazz Festival foi surpreendentemente um grande difusor da música instrumental do país, bem como do que é produzido no Pará. Durante os dias 26, 27 e 28 de setembro, foram nove atrações, sempre com casa cheia e plateia animada. Na primeira noite, apresentaram-se Marlene Souza Lima, Morgana Moreno e Esdras Nogueira. Já no sábado, o público prestigiou o grupo Pandora Jazz, o projeto Boca Seca e o MG Calibre Quarteto. O evento encerrou com Curimbó Tropeiro de Iracema, Ricardo Smith Quarteto e Celso Pixinga.

Consagrando-se como pioneiro e maior festival de música instrumental do Sul e Sudeste do Pará, o Marabá Jazz Festival é produzido pela TheRoque Produções, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e apoio da Prefeitura de Marabá, via Secretaria de Cultura.

O produtor Jackson Gouveia, idealizador do evento, ressalta que o festival, além de trazer nomes de expressão nacional e internacional, tem conseguido atrair mais pessoas interessadas na música instrumental e, ao mesmo tempo, oferecer uma plataforma para os artistas locais. Esses músicos, que ansiavam por essa oportunidade, agora podem se apresentar com sua própria linguagem instrumental, de forma autoral. “Eu acredito que o Marabá Jazz tem cumprido a sua missão social, o seu objetivo cultural na região, e isso é gratificante para todo mundo”, declarou.

O Marabá Jazz Festival é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale desde a sua primeira edição. Segundo Luciana Gondim, diretora executiva do Instituto, “iniciativas como essa contribuem para a democratização da cultura, fortalecem a economia criativa e reforçam o poder transformador da música”.

Comprometido com a acessibilidade, o festival contou com intérpretes de Libras e audiodescrição, garantindo à Maria Francisca dos Santos, que tem deficiência visual, aproveitar as apresentações. “Foi maravilhoso, toda a organização está de parabéns. A gente teve a audiodescrição de toda a estrutura de palco, iluminação, de todo o aspecto do show. Essa sensibilidade torna ainda muito mais agradável e alegre o momento do show, onde recebemos as informações de tudo que estava acontecendo”, destacou.

Quem também elogiou o festival foi o sociólogo Van Camelo, que participou pela primeira vez do evento. “Nossa! Foi uma grata surpresa e muito bem organizado. Ter atrações nacionais de nome, em Marabá, nos alegra muito: escutar jazz, música de boa qualidade, de forma gratuita, no espaço maravilhoso, o teatro”, pontuou.

Com mais de 30 anos de carreira, Marlene Souza Lima e Trio, de Brasília, abriu o festival, na sexta-feira (26), com um repertório autoral que misturou nas improvisações ritmos como baião e bossa. A guitarrista estava encantada por tocar na região Norte pela primeira vez.

“É muito bacana porque eu trouxe minha música para o Norte do Brasil e nem sempre as pessoas têm essa oportunidade. Foi uma experiência muito maravilhosa, público aplaudindo, curtindo. A estrutura do festival está maravilhosa. Estou maravilhada com o público, a energia no palco estava a mil. Vida longa ao Marabá Jazz”, completou.

A flautista baiana, Morgana Moreno, que atualmente mora em São Paulo, também agradeceu a oportunidade de se apresentar, de forma inédita, no Norte do país e destacou o papel sociocultural do Marabá Jazz. “Festivais como esse são muito importantes para fazer com que as pessoas tenham acesso à música instrumental”, enfatizou.

A primeira noite terminou com a performance do saxofonista de Brasília, Esdras Nogueira, que apresentou composições dos álbuns “Lá em Casa Sessions” e “Transe”, uma reinterpretação do álbum “Transa”, de Caetano Veloso, encerrando com músicas de Gilberto Gil.

“O festival está de parabéns, com uma qualidade incrível de som. Primeira vez que venho a Marabá e gostei muito. Viajar tocando música instrumental é um privilégio e chegar aqui e ter um público querendo escutar a gente, é maravilhoso”, elogiou.

Já na segunda noite, a plateia prestigiou muita regionalidade no palco, com os músicos do Pandora Jazz, de Belém, do projeto Boca Seca, de Marabá, e MG Calibre, também da capital do estado. Com uma longa estrada na cena musical, desde 1999, o Pandora Jazz trouxe um instrumental mais amazônico.

“A gente tem essa música improvisada, com alguns elementos do jazz, mas com prioridade nas composições autorais que têm vínculo com a nossa cultura, com a música amazônica. É muito bom estar aqui de volta no Marabá Jazz Festival. Queremos voltar outras vezes. Temos a oportunidade de fazer um show com uma plateia maravilhosa e super receptiva!”, destacou Adelbert Carneiro.

Passeando do blues ao rock progressivo, com todas as músicas autorais, o projeto Boca Seca, de Marabá, idealizado em 2023, busca fortalecer a cena da música instrumental na região, como destacou o guitarrista Herberth Braz.

“A gente está dando um start no Boca Seca, um projeto que foi idealizado. Saiu um álbum nos streams e, agora, a gente segue uma caminhada, de juntar amigos, parceiros, justamente para difundir a música instrumental na região de Carajás, que vem ganhando um grande espaço. E, trabalhos como esse, como o Marabá Jazz, vêm se consagrando com essa marca registrada”, concluiu.

A noite terminou com a empolgação e irreverência de MG Calibre, de Belém, que montou um quarteto para a apresentação no festival, apresentando músicas inéditas e do álbum “Brazzonia”, com improvisações jazzísticas permeadas de influências da cultura amazônida.

“Eu acredito que esse festival é algo tão grandioso, que vai seguir por gerações, porque essa música é muito especial. A gente faz a mistura da música contemporânea. Eu toco jazz, mas eu busco muito a minha raiz, a minha história de vida dentro de uma realidade”, expressou MG Calibre.

Com muita interação entre artistas e plateia, a noite de encerramento do festival começou com o grupo Curimbó Tropeiro de Iracema, de Marabá, que mistura instrumentos e faz o que o guitarrista Tiago Barcelos chama de desconstrução musical. “Pra gente está sendo uma experiência fantástica. A equipe técnica é muito boa, o pessoal é muito solícito, deixaram a gente muito tranquilo pra poder fazer essa apresentação. E as nossas músicas, a gente gosta de rock’n’roll, puxa um carimbó, um reggae, um brega, pra fazer esse tipo de desconstrução musical, pra gente poder se divertir, fazer um som autoral diferente”, pontuou.

Trazendo muitas surpresas ao palco, Ricardo Smith Quarteto apresentou entre as músicas, a canção inédita “Marabá”, e dividiu o palco com um convidado especial. “É bom saber que Marabá tem esse público, que gosta e consome essa música. A importância do festival é enorme para formação de plateia, levar conteúdo diferenciado para as pessoas que estão dispostas a ouvir. Nós tocamos pela primeira vez uma música inédita, ‘Marabá’, que homenageia a cidade e o povo, e eu acho que a recepção foi muito boa. E trouxemos um super convidado, um artista tarimbado da terra, que é o Neviton Ferreira, que cantou uma canção clássica de Marabá, com letra do Pagão, que é Varandais, então foi festa”, ressaltou.

A última noite encerrou com o produtor musical e contrabaixista Celso Pixinga, de São Paulo, que arrancou muitos aplausos do público, já que mesmo diante das dificuldades por conta de um acidente, fez questão de participar da terceira edição do Marabá Jazz Festival, que aliou música boa com cinema, divulgando todas as noites, a 9ª Mostra de Cinema da Amazônia, com videoclipes de artistas paraenses, e a Mostra Audiovisual Vidas Indígenas, do Museu da Pessoa.

MPF recomenda a não emissão de licença para petróleo na Foz do Amazonas

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu, nesta sexta-feira (26), duas recomendações ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que não seja concedida qualquer licença para a perfuração exploratória de petróleo no Bloco FZA-M-59, localizado na Bacia Sedimentar da Foz do Amazonas.

As recomendações, assinadas por procuradores da República do Grupo de Apoio ao Núcleo Povos da Floresta, do Campo e das Águas (Gapovos) do MPF no Pará, detalham uma série de inconsistências críticas nos estudos apresentados, que vão desde a subestimação de riscos climáticos até a ausência de planos para reduzir os impactos diretos sobre as comunidades pesqueiras e tradicionais da região.

Os procuradores da República recomendam que o processo de licenciamento seja suspenso até que os estudos sejam integralmente revisados e adequados, sob pena de violação de normas nacionais e acordos internacionais.

Incoerência com compromissos climáticos – O MPF aponta o que considera uma grave incoerência entre o avanço do licenciamento e os compromissos climáticos internacionais assumidos pelo Brasil.

As recomendações citam o discurso do presidente da República na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na última terça-feira (23). No discurso, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 59% e 67% e o presidente afirmou que “é chegado o momento de passar da fase de negociação para a etapa de implementação” de medidas de combate às mudanças climáticas.

Para o MPF, a efetivação de uma licença ambiental para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, sem a realização dos estudos adequados e a participação efetiva das comunidades tradicionais, seria uma ação contrária a esse compromisso, minando os esforços por um desenvolvimento sustentável.

Falhas técnicas graves – O MPF identificou falhas técnicas graves no processo:

• Omissão de toda a logística: as estimativas de emissões ignoraram completamente as múltiplas fontes de poluição da logística de apoio, como o consumo de combustível de embarcações, viagens aéreas e transporte terrestre de resíduos, o que subestima drasticamente o impacto climático real do empreendimento.

• Medidas mitigadoras insuficientes: as propostas para reduzir a poluição, como a “adequada operação e manutenção dos equipamentos”, são consideradas pelo MPF como deveres inerentes à atividade, e não como medidas mitigadoras eficazes.

• Cálculo de emissões defasado: o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) quantificou as emissões com base nas características do navio-sonda DS-9, que não será mais utilizado. A troca da embarcação para o navio-sonda ODN-II invalida os cálculos de poluição atmosférica, exigindo uma atualização.

Diante disso, o MPF recomenda que o Ibama exija a elaboração de um inventário prévio e completo de emissões de gases de efeito estufa, a criação de um Plano de Mitigação com metas claras de redução e um Plano de Compensação para os impactos inevitáveis.

Impactos ignorados – O MPF também foca nos impactos diretos sobre as populações tradicionais de 24 municípios do Pará (Soure, Chaves, Afuá, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Abaetetuba, Barcarena, Belém, Ananindeua, Santo Antônio do Tauá, Colares, Vigia, São Caetano de Odivelas, Curuçá, Marapanim, Magalhães Barata, Maracanã, Salinópolis, São João de Pirabas, Quatipuru, Bragança, Augusto Corrêa e Viseu) e seis do Amapá (Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana).

Uma das recomendações aponta que o EIA não previu um Plano de Compensação da Atividade Pesqueira (PCAP), apesar de identificar múltiplos riscos, como o afugentamento de espécies, a contaminação de pescado e a perturbação da atividade pesqueira pelo tráfego de embarcações de apoio.

A falha central, segundo o MPF, está no critério do licenciamento, que condicionou a exigência do Plano de Compensação da Atividade Pesqueira (PCAP) apenas à sobreposição direta da área do poço com as áreas de pesca. O MPF argumenta que o critério é inadequado, pois os conflitos ocorrem também ao longo das rotas das embarcações de apoio, que se sobrepõem aos maretórios (territórios de pesca tradicionalmente utilizados pelas comunidades).

Como prova do risco, a recomendação cita um incidente real ocorrido em 26 de agosto deste ano, durante a simulação pré-operacional, quando uma embarcação de apoio danificou redes de pesca da Colônia de Pescadores Z-03 de Oiapoque.

Adicionalmente, o Plano de Comunicação Social (PCS) foi considerado falho por não estabelecer um diálogo intercultural. Reuniões públicas revelaram que as preocupações das comunidades não foram devidamente respondidas e que houve forte crítica pela ausência de Consulta Prévia, Livre e Informada, nos moldes da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Por esses motivos, o MPF recomenda que o Ibama:

• Exija a elaboração imediata de um Plano de Compensação da Atividade Pesqueira (PCAP) abrangente, que considere todo o território pesqueiro afetado.

• Garanta que as medidas compensatórias sejam proporcionais aos impactos.

• Determine a readequação do Plano de Comunicação Social (PCS) para que promova um diálogo efetivo com as comunidades.

• Corrija o critério inadequado que levou à ausência inicial do PCAP.

O Ibama tem prazo de 48 horas úteis para comunicar ao MPF a decisão sobre o acatamento das medidas.

Saiba mais – Recomendações são instrumentos por meio dos quais o Ministério Público expõe, em ato formal, os fatos e razões jurídicas sobre determinada questão. O objetivo é persuadir o destinatário a praticar ou deixar de praticar determinados atos em benefício da melhoria dos serviços públicos e de relevância pública ou do respeito aos interesses, direitos e bens defendidos pela instituição. Dessa forma, as recomendações permitem a prevenção de responsabilidades ou correção de condutas.

Recomendação nº 113/2025

Recomendação nº 114/2025

Parauapebas define futuro ouvindo a população em nove audiências públicas inéditas

Debates vão definir prioridades para o Plano Plurianual (2026-2029) e a Lei Orçamentária Anual de 2026; qualquer cidadão poderá usar a tribuna para apresentar propostas

Pela primeira vez em sua história, a Câmara Municipal de Parauapebas vai realizar um ciclo de nove audiências públicas temáticas, colocando os cidadãos no centro das discussões sobre o futuro da cidade. A iniciativa é inédita e tem como objetivo ouvir a população antes da definição das emendas ao Plano Plurianual (PPA 2026-2029) e à Lei Orçamentária Anual (LOA 2026).

Essas duas leis são consideradas o “coração” da gestão pública municipal, pois determinam onde e como serão aplicados os recursos de Parauapebas nos próximos anos. Desta vez, a voz inicial será a da comunidade.

Tribuna aberta ao povo

Durante as audiências, qualquer morador poderá utilizar a tribuna da Casa Legislativa para apresentar críticas, propor soluções e defender prioridades de investimento. O objetivo é construir, de forma coletiva, participativa e democrática, a destinação do orçamento municipal.

Agenda de audiências

O ciclo de debates foi dividido em diferentes áreas sociais, econômicas e culturais, abrangendo temas que impactam diretamente a vida da população:

  • 01/10 às 18h: Desafios do Comércio Local
  • 02/10 às 9h: Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes
  • 09/10 às 8h: Políticas Públicas Indigenistas para Terra Indígena Xikrin do Katetê
  • 23/10 às 18h: Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM): Transparência, gestão e desenvolvimento municipal
  • 30/10 às 15h: Segurança Pública: Desafios e soluções para uma cidade segura
  • 06/11 às 18h: Direitos Humanos: Questões raciais e políticas de inclusão
  • 12/11 às 18h: Políticas Públicas para o Setor Cultural
  • 13/11 às 18h: Políticas Públicas para o Desporto e Lazer
  • 14/11 às 18h: Educação: Fundo Municipal de Apoio ao Ensino Superior

Um marco de participação popular

Com essa iniciativa, a Câmara de Parauapebas reforça seu papel como mediadora entre a população e as políticas públicas, garantindo que as decisões sobre investimentos tenham como base os anseios reais da sociedade.

Toda a comunidade está convidada a participar, dialogar com autoridades, entidades e organizações civis, e contribuir para decidir quais ações devem receber prioridade no orçamento municipal.

Projeto que proíbe saída de alunos menores de 16 anos sem responsável divide opiniões em Parauapebas

Apesar de aprovado pela maioria dos vereadores, proposta da vereadora Graciele Brito (União) recebeu críticas de internautas, que questionam viabilidade e impacto da medida

Na sessão ordinária da última segunda-feira (22), a Câmara Municipal de Parauapebas aprovou o Projeto de Lei nº 44/2025, de autoria da vereadora Graciele Brito (União), que proíbe a saída de alunos menores de 16 anos das dependências das escolas da rede pública municipal sem o acompanhamento de um responsável legal ou sem autorização expressa.

O projeto, que originalmente previa a restrição para estudantes de até 18 anos, foi ajustado após emenda modificativa apresentada pela própria vereadora, adequando-se a pareceres técnicos.

A proposta

Segundo Graciele Brito, a medida busca garantir mais segurança e proteção aos estudantes. “Tal medida é fundamental para prevenir situações de risco, como desaparecimentos, abordagens indevidas, acidentes e outras ocorrências que podem comprometer a integridade física e emocional dos alunos”, justificou.

Graciele Brito (União)

O texto aprovado também contou com outras emendas: uma supressiva, que retirou o artigo sobre despesas; e uma distributiva, que ajustou a numeração de artigos.

Atualmente, a rede municipal conta com 76 escolas, 31 anexos e mais de 48 mil alunos. Para a vereadora, o projeto representa um avanço na política de proteção à infância e adolescência no município.

Repercussão nas redes sociais

Se dentro do Legislativo o projeto foi aprovado sem resistência, fora dele a repercussão foi diferente. Nas redes sociais do Portal Pebinha de Açúcar, onde a notícia foi publicada em primeira mão, diversos internautas manifestaram críticas e dúvidas sobre a viabilidade da proposta.

A leitora Flávia Amorim comentou: “Deveriam aprovar escolas em tempo integral. Existem mães solo que têm que se virar para sustentar as crianças, pagar aluguel”.

Tallys Paiva questionou de forma irônica: “Os responsáveis que não forem buscar as crianças, as mesmas poderão acampar na escola?”.

O internauta Sávio Silva avaliou que a prática pode ser mais difícil do que o texto sugere: “No papel tudo é bonito, se na prática fosse fácil seria ótimo”.

Para Francivaldo Sousa, a aprovação reflete um distanciamento da realidade da maioria da população: “Quem aprovou isso, seus filhos estudam em escolas particulares e têm alguns funcionários para buscar”.

Próximos passos

O Projeto de Lei nº 44/2025 segue agora para a sanção do prefeito Aurélio Goiano. Caso seja sancionado, entrará em vigor como política pública de proteção aos estudantes menores de 16 anos nas escolas municipais.

Enquanto isso, a medida segue gerando debates na cidade, dividindo opiniões entre aqueles que enxergam mais segurança para os alunos e os que consideram que a proposta não atende às dificuldades reais de muitas famílias parauapebenses.

Deixe seu comentário