Depois de cinco dias de uma intensa programação no Pavilhão do Pará, Parauapebas se despediu da COP30 na última sexta-feira, 21, deixando uma marca de encantamento, reflexão e compromisso com a Amazônia.
Milhares de pessoas passaram pelo estande do município, conheceram de perto suas riquezas naturais, culturais e econômicas e entenderam, por meio de experiências sensoriais e narrativas envolventes, a necessidade de manter a floresta em pé.
Entre os destaques, o trabalho do Centro Mulheres de Barro chamou atenção do público pelo compromisso com a sustentabilidade em cada etapa da produção. A presidente da Cooperativa, Sandra Santos explicou que o cuidado começa desde a escolha dos materiais.
“Nós reutilizamos papelão descartado pelo comércio da cidade para fabricar a caixa e também para substituir o plástico bolha. É um material biodegradável e isso é uma novidade aqui na COP30, complementando as questões sustentáveis que Mulheres de Barro trabalham”, contou.
A preocupação ambiental também está presente na origem da cerâmica produzida pelo grupo, que transforma resíduos em arte com identidade amazônica.
“Primeiro, nós começamos, em vez de extrair argila, a coletar argila descartada por obras licenciadas. Então, todo o material que a gente produz, a nossa cerâmica, é reciclagem de matéria-prima, uso sustentável dos resíduos naturais, além da pintura que nós fazemos com minérios, esse minério é descartado pelos laboratórios após a análise. Então, o nosso produto tem muito essa pegada da sustentabilidade”, explica Sandra.
Mais do que ecologicamente responsável, a cerâmica de Parauapebas carrega história e memória da região. Os grafismos presentes nas peças são inspirados em achados arqueológicos estudados por instituições de pesquisa.
“Essas peças, o grafismo delas também é de peças que foram encontradas na região de Parauapebas. Foi um trabalho do Museu Paraense Emílio Goeldi, uma pesquisa arqueológica, e isso, realmente, Mulheres de Barro estão utilizando para dar identidade regional para o produto feito lá em Parauapebas”, complementa.
Para o secretário de Desenvolvimento, Max Alves, a participação na COP30 reforça o protagonismo de Parauapebas na agenda ambiental e também projeta o município para além dos debates climáticos, convidando o público a viver novas experiências na cidade.
“A COP30 da Amazônia reuniu os povos amazônidas de todo o Brasil e do mundo inteiro para discutir a sustentabilidade, mas agora está chegando dezembro e nos faz lembrar de uma data muito importante, que é o Natal. E Parauapebas traz o Natal Amazônia Iluminada, o melhor e maior Natal da Amazônia, lançado com muito carinho pela gestão municipal e que promete ser o mais encantador da região. Venha fazer parte: nós contamos a história de como começou o Natal na Amazônia, é uma história encantadora, a música é bonita, os povos são bonitos e mostramos para o mundo inteiro que, sim, o povo amazônida, Parauapebas, sabe fazer Natal, sabe fazer COP, sabe fazer festa”, ressalta Max.
Ao encerrar sua participação no Pavilhão do Pará, Parauapebas deixa na COP30 a imagem de um município que valoriza sua cultura e cuida da floresta. Ele inova na forma de produzir e fortalece o orgulho amazônida, abrindo caminhos para que o mundo conheça ainda mais suas histórias, seus talentos e seu futuro sustentável.
