Do direito ao voto à liderança global: a trajetória de lutas e conquistas das mulheres ao longo da história
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é um marco na história da luta por direitos e igualdade de gênero. Mais do que uma data comemorativa, esse dia representa a resistência e as conquistas das mulheres ao longo dos séculos, desde o direito ao voto até a ocupação de espaços antes dominados pelos homens.
A origem do 8 de março
A história do Dia Internacional da Mulher remonta ao início do século XX, quando trabalhadoras lutavam por melhores condições de trabalho e igualdade de direitos. Um dos eventos mais marcantes ocorreu em 1911, com o trágico incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, que resultou na morte de 146 pessoas, a maioria mulheres. O episódio evidenciou as condições precárias enfrentadas pelas operárias e impulsionou movimentos sindicais femininos.
A oficialização da data veio em 1977, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, consolidando-o como um símbolo da luta por equidade.
Conquistas ao longo dos anos
Desde então, as mulheres alcançaram vitórias históricas em diversas áreas. O direito ao voto, conquistado ao longo do século XX em diferentes países, foi um dos primeiros passos rumo à participação política. Hoje, lideranças femininas ocupam cargos de chefia em governos e empresas, provando sua competência e capacidade de gestão.
No mercado de trabalho, avanços significativos foram conquistados, ainda que a desigualdade salarial e a dupla jornada sejam desafios persistentes. Além disso, o acesso à educação abriu portas para que as mulheres pudessem ingressar em profissões antes consideradas exclusivamente masculinas, como engenharia, tecnologia e ciências.
O combate à violência de gênero também tem ganhado força, com leis e políticas públicas voltadas à proteção das mulheres. No Brasil, a Lei Maria da Penha (2006) e a Lei do Feminicídio (2015) são exemplos de avanços na luta contra a violência doméstica e os assassinatos motivados por questões de gênero.
O que ainda falta conquistar?
Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito. A equidade salarial, a representação feminina em cargos de poder e a erradicação da violência de gênero continuam sendo pautas urgentes. Além disso, a luta por respeito e liberdade de escolha segue sendo um desafio diário para muitas mulheres ao redor do mundo.
O 8 de março não é apenas uma data para homenagens, mas um chamado à reflexão e à ação. A história prova que a força das mulheres transforma sociedades e abre caminhos para futuras gerações. Celebrar essa data é reconhecer o passado, valorizar o presente e lutar por um futuro ainda mais igualitário.
Que cada dia seja um passo a mais na construção de um mundo onde todas as mulheres possam viver com dignidade, respeito e oportunidades justas.
Reportagem: Hilda Barros | Da redação do Portal Pebinha de Açúcar
