Os pais das crianças encontradas dentro de um motel em Parauapebas, no sudeste do estado, no último final de semana podem ser responsabilizados, segundo o delegado do municipio.
“Foi instaurado inquérito para apurar a situação de delito de abandono material, abandono intelectual e até mesmo crime previsto no código de trânsito, que seria entrega de veículo a condutor não habilitado, uma vez que menores estava dirigindo veículo automotor”, disse o delegado Rodrigo Paggi.
O motel está interditado, mas na tarde desta segunda-feira (9), ainda havia movimentação de carros no estabelecimento. A gerente e o porteiro do motel foram detidos, mas liberados após prestarem depoimento. De acordo com a polícia, não houve flagrante. Os pais também poderão ser responsabilizados por negligência e por deixar que alguns deles dirigissem sem habilitação.
Na madrugada de domingo (8), meninos e meninas com idade entre 11 e 16 anos foram encontrados pela polícia dentro do motel, nove deles estavam em um mesmo quarto, e outros dois casais estavam em quartos separados. A mãe de um deles quem denunciou o caso ao Conselho Tutelar de Parauapebas.
“Para surpresa tanto da polícia quanto do Conselho Tutelar foram encontrados 12 menores e um maior de idade com outra menor.
A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar as circunstancias do fato, mas estamos tentando identificar algum crime. O dono no motel já está respondendo uma infração administrativa por ter permitido essa entrada, apesar de ter lembretes proibindo a entrada de menores de 18 anos. Vamos apurar a conduta do porteiro, que permitiu essa entrada e não consultou os documentos”, disse o delegado Tiago Carneiro.
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai acompanhar o caso de crianças e adolescentes econtrados em um motel de Parauapebas, no sudeste do estado, no último final de semana. Nesta segunda-feira (9), em Belém, o presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB disse que uma comissão em Parauapebas vai verificar de perto o caso.
“A gente sabe que em todo o município acabam acontecendo situações como essa. Os adolescentes chegam a participar de festas, mas cabe inicialmente à família essa proteção, e o órgãos públicos darem a devida proteção. E nós, enquanto OAB, podemos orientar os pais e estar junto aos órgãos de defesa para melhor apurar essas situações”, disse Ricardo Melo, presidente da comissão.
Fonte: G1