“Hoje, dia 1º de outubro, quando comemoramos o Dia do Idoso. Além disso, comemoramos também a aprovação do Estatuto do Idoso”, lembra Katiana Cavalcante, Coordenadora do Aconchego do Idoso em Parauapebas, local onde estão acolhidas 16 pessoas, sendo 15 do gênero masculino.
Um deles é seu Francisco de Assis, um piauiense que há dois anos ali chegou. “Ser idoso é ter experiência adquirida nas jornadas percorridas”, interpretação do lavrador, um dos usuários acolhidos depois que se sentiu impossibilitado de trabalhar. Ele conta que com o avançar dos anos a vida fica difícil, pois, as empresas não querem mais contratar e a saída encontrada foi procurar acolhimento.
Fragilizados, desamparados, sem família e com pouca saúde, tanto física quanto mental; é assim que eles chegam no Aconchego do Idoso, onde são acolhidos e amparados pelo Estatuto do Idoso. “Chega um momento que a gente vem para o Aconchego do Idoso e é acolhido, bem cuidado pelos funcionários e tem área de convivência e quartos aconchegantes, alimentação na hora certa. Aqui não falta nada para a gente”, conta Francisco de Assis.

Este dia 1º de outubro, data em que se dedica a comemorar o Dia do Idoso, foi especial no Aconchego do Idoso, órgão ligado à Prefeitura Municipal de Parauapebas, com música ao vivo e confraternização para os acolhidos naquela unidade.
Mas, não é apenas no Dia do Idoso que o atendimento é especial e diferenciado, mas sim em todos os dias. No Aconchego do Idoso o atendimento é preferencial para aqueles que precisam de assistência para que se sintam em uma nova família. “A gente deve ter todo um carinho, técnica e maneira de lidar, pois, a gente se torna a família deles”, explica Valmir Feitosa, Cuidador Social.

De acordo com Katiana Cavalcante, dentro do Estatuto do Idoso, se encontra o rol de direitos que contempla esse segmento populacional. “Aqui no Aconchego do Idoso a gente trabalha para fortalecer e garantir esses direitos já elencados na lei que vigora desde 2003”, lembra Katiana Cavalcante, listando que entre os serviços oferecidos estão: atendimento à saúde, moradia, alimentação adequada, acolhimento e interação entre os idosos e com os servidores de diversas idades; o que, em sua opinião, torna o lugar como de encontro intergeracional que contribui para a qualidade do serviço.

O psicólogo do Aconchego do Idoso, Daniel Farias, diz entender que, se tudo der certo, envelhecer é o destino de todos nós. Detalhando que no Aconchego do Idoso, a equipe não lida com idosos comuns, mas, sim, com aqueles que, de alguma forma fizeram escolhas difíceis, e por consequência de tais escolhas terminaram vindo parar no acolhimento. “Alguns que foram negligenciados por suas famílias, outros que negligenciaram suas famílias e ainda outros que escolheram viver e envelhecer sozinhos vindo a cair na vulnerabilidade social e sem condições próprias de se cuidar. É aí que a gente entra com a parte do conforto, do apoio material e também com o cuidado, o carinho que, na maioria dos casos, é mais fundamenta até do que a questão material”, sintetiza Daniel Farias.
