Uma obra que trará benefícios para a população, e também para os animais que vivem, muitos deles, em situação de abandono, sendo vistos pelas ruas da cidade enquanto proliferam doenças. Prova disso a epidemia de leishmanioses e um conjunto de doenças causadas por protozoários. Além de que, só no primeiro quadrimestre deste ano, 2021, oito pessoas deram entrada em unidades de saúdes por conta de acidentes envolvendo animais, o que somam, aproximadamente duas ocorrências por mês. Já em 2020, os números de internações pelas mesmas causas somaram uma por mês.
Mas, breve, os mais de 300 mil habitantes de Parauapebas serão beneficiados com a construção do maior centro de zoonoses do interior do Pará, podendo, a partir de então, resgatar animais errantes, abandonados e doentes, além de contribuir para o controle da propagação de doenças transmissíveis de animais para humanos, as chamadas zoonoses.
“Teremos um centro conforme o porte de Parauapebas. Nem só em tamanho e equipamentos, mas, também na qualidade do atendimento”, explica Gilberto Laranjeiras, secretário municipal de Saúde de Parauapebas, detalhando que a licitação já foi aberta, devendo a obra ser iniciada ainda neste ano, 2021, que terá o megainvestimento de R$ 8,036 milhões, que compreende a construção de um prédio composto por nove blocos, três dos quais com acesso ao público (laboratório de vacinas, o ambiente de adoção e a administração do centro), além de laboratórios (de entomologia e leishmaniose); salas de exames, análises clínicas e análise da qualidade da água; canis individuais e solário dos canis coletivos; gatil e solário do gatil; ambulatório, sala de necropsia e sala de eutanásia; baia de cavalos; ambientes para reuniões e capacitações; e será localizado na VS-10, em frente ao presídio de Parauapebas, a 460 metros da PA-160.
“A gente recebe essa notícia com muita alegria e com a esperança que seja construído o mais rápido possível, pois, esse é um anseio da população e um sonho dos protetores dos animais”, comemora Byancka D’Lavor, presidente da Associação dos Amigos e Protetores dos Animais e Meio Ambiente de Parauapebas e Região ( APAMA), lembrando que a entidade já se reuniu com o governo solicitando a implantação do centro e agora vê, estar mais perto, essa realização graças a empenho incansável do prefeito Darci Lermen e do secretário de saúde Gilberto Laranjeiras veem essa obra finalmente sair do papel.
De acordo com dados da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), atualmente, há em Parauapebas 40.579 animais domésticos, sendo 24.807 cães e 15.772 gatos.
Ainda conforme dados da UVZ, a maior concentração de animais domésticos está na zona urbana, onde há 21.408 cães e 13.915 gatos, o que totaliza 35.323 animais.
Na zona rural, conforme números da UVZ, existem 3.399 cães e 1.857 gatos, somando 5.256 animais domésticos.
Quanto aos animais que vivem nas ruas, aparentemente, sem dono, não há números conseguidos em censo.
