A Polícia Civil do Pará segue avançando nas investigações da “Operação Pirâmide na Areia”, que apura um suposto esquema de estelionato em Parauapebas envolvendo o que ficou conhecido popularmente como o “Governo do Rafa”. Nesta segunda-feira (14), mais um desdobramento veio à tona: foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra Yaslinne Lima de Sousa, apontada como uma das envolvidas no esquema.
A prisão foi realizada por volta das 11h20min na 20ª Seccional Urbana da Polícia Civil de Parauapebas. Yaslinne se apresentou voluntariamente, acompanhada por seu advogado, após ter sido decretada sua prisão pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas, conforme o mandado nº 0804952-28.2025.8.14.0040.01.0007-23.
A ação faz parte da “Operação Pirâmide na Areia”, coordenada pelo Delegado Gabriel Henrique Alves Costa, que investiga um possível esquema de pirâmide financeira disfarçado sob a promessa de benefícios “dobrados” ligados ao fictício “Governo do Rafa”.
Filas de vítimas e novos boletins de ocorrência
Após a confirmação das prisões, a 20ª Seccional foi palco de uma movimentação intensa. Diversas pessoas formaram filas para registrar boletins de ocorrência, alegando terem sido vítimas do golpe nesta segunda-feira (14).
No último sábado (12), o principal investigado da operação “Pirâmide na Areia”, Rafael Silva Pereira, se apresentou voluntariamente à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, acompanhado por advogado. Ele é apontado como líder da organização criminosa popularmente conhecida como “Governo do Rafa”, responsável por um esquema milionário de pirâmide financeira que lesou mais de 5 mil pessoas na região.
Rafael teve a prisão preventiva decretada pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas na última sexta-feira (11), junto com outros oito investigados. A decisão judicial foi fundamentada nos riscos de continuidade delitiva, possível coação de testemunhas, ocultação de provas e no elevado volume de recursos movimentados.
A estimativa inicial era de 5 mil vítimas, mas a nova onda de denúncias indica que o número pode ser muito maior, ampliando o prejuízo para cifras consideravelmente superiores às imaginadas no início das investigações.
Investigação segue em ritmo acelerado
Segundo a Polícia Civil, os trabalhos investigativos seguem em ritmo acelerado e novas prisões não estão descartadas. O delegado responsável pelo caso, Gabriel Henrique, reforça a importância de as vítimas formalizarem suas denúncias.
“É fundamental que todas as pessoas que tenham se sentido lesadas venham até a delegacia registrar o boletim de ocorrência. A colaboração das vítimas é essencial para a robustez do inquérito e responsabilização dos envolvidos”, afirmou o delegado.
Com a prisão de Yaslinne, a polícia espera avançar ainda mais na identificação da rede por trás do esquema, que teria feito centenas de vítimas em Parauapebas e até em municípios vizinhos.
A Polícia Civil já havia efetuado a prisão de outros membros do grupo, incluindo Gleyce Martins Feitosa, atual namorada de Rafael, em Parauapebas, e João Paulo da Silva, preso em Eldorado do Carajás. Os demais integrantes seguem sendo monitorados pelas autoridades.
A operação “Pirâmide na Areia” segue em andamento, com o bloqueio de contas bancárias vinculadas aos envolvidos e rastreamento de ativos. O objetivo, segundo o delegado, é recuperar os valores e devolvê-los às vítimas.
Crimes investigados
O grupo responde por:
• Crimes contra a economia popular
• Lavagem de dinheiro
• Associação criminosa
O Portal Pebinha de Açúcar seguirá acompanhando o caso e trará novas informações assim que houver atualizações.