A Polícia Civil do Piauí prendeu nesta segunda-feira (14) o paraense João Marcos da Silva Menezes no Bairro Promorar, Zona Sul de Teresina-PI. Ele era considerado foragido da Justiça do Pará e estava com mandado de prisão preventiva em aberto por envolvimento no esquema criminoso investigado pela “Operação Pirâmide de Areia”, desencadeada pela Polícia Civil de Parauapebas, através do Delegado Gabriel Henrique e equipe.
A prisão foi realizada com apoio da Diretoria de Operações de Trânsito (DOT) do Piauí. De acordo com o diretor da DOT, Fernando Aragão, João Marcos foi localizado escondido na casa de um tio-avô. Ele é apontado como atendente do grupo, sendo responsável por cooptar vítimas para o suposto investimento, que prometia dobrar os valores aplicados.
A “Pirâmide de Areia” é uma megaoperação deflagrada pela Polícia Civil do Pará, com foco em desarticular um esquema de pirâmide financeira disfarçado de investimento seguro. Segundo a investigação, o grupo já causou prejuízos a mais de 5 mil pessoas, a maioria residente de Parauapebas e cidades vizinhas.
“Essa é a segunda fase da operação. O grupo prometia multiplicar o dinheiro dos investidores, mas muitos acabaram com prejuízos. As delegacias estão lotadas de pessoas registrando boletins de ocorrência”, explicou o delegado responsável pelo caso.
João Marcos é natural de Parauapebas e conforme o processo judicial nº 0804952-28.2025.8.14.0040, a prisão foi decretada pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas. O mandado tem validade até abril de 2045 e determina sua prisão por crimes contra a economia popular (Lei 1.521/51, art. 2º), lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98, art. 1º) e associação criminosa (CPB, art. 288).
Além de João Marcos, outros oito integrantes do grupo também tiveram a prisão decretada, incluindo o líder Rafael Silva Pereira, que se entregou no final de semana na 20ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas. Ao todo, cinco acusados já estão presos e à disposição da Justiça. A expectativa é que ainda nesta semana todos estejam atrás das grades.
Agora, João Marcos está à disposição da Justiça e deve ser recambiado ao Pará nos próximos dias para audiência de custódia e prosseguimento das investigações.