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Hemopa celebra 47 anos com aumento de doações e expansão da hemorrede no Pará

A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) completou, no último sábado (2), 47 anos de atuação como referência na captação, processamento e distribuição de sangue no estado. Vinculada ao Governo do Pará, a instituição celebra a data com resultados positivos nas coletas, ampliação da infraestrutura e fortalecimento das ações de atendimento e mobilização da sociedade paraense.

De janeiro a julho de 2025, segundo a Diretoria Técnica (Ditec) do Hemopa, foram coletadas 55.401 bolsas de sangue na hemorrede estadual, o que representa um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 53.112 coletas. O crescimento reforça o engajamento da população com a causa da doação voluntária e o impacto direto das campanhas realizadas ao longo do ano.

Nos últimos anos, a Fundação Hemopa intensificou a descentralização dos serviços de hemoterapia. Em 2024, sete novas agências transfusionais foram inauguradas nos municípios de Ourilândia do Norte, Bragança, Portel, Salinópolis e Santana do Araguaia. Em Belém, duas unidades foram implantadas no Pronto‑Socorro da Augusto Montenegro, no Hospital Beneficente Portuguesa, e Hospital da Mulher, fortalecendo a capilaridade da hemorrede e garantindo respostas mais ágeis às demandas hospitalares.

Na capital, o Posto de Coleta no Pórtico Castanheira também passou por ampliação, com reforço estrutural e aumento da capacidade instalada, com expectativa de elevar em até 20% o número de doações em 2025. A medida contribui para o abastecimento da rede hospitalar e para a fidelização de novos doadores.

Novo prédio – Em julho deste ano, o governo estadual entregou o novo prédio do Hemonúcleo de Tucuruí, completamente modernizado para fortalecer o atendimento transfusional na região sudeste. A unidade atende sete municípios da região, com capacidade de coleta média de 250 a 300 bolsas por mês e fluxo mais eficiente para emergências hospitalares.

Além da captação de sangue, a Fundação Hemopa também se destaca pelo atendimento ambulatorial. De janeiro a julho de 2025, foram realizados 13.635 atendimentos médicos nas unidades da instituição, segundo dados da Coordenação de Ambulatórios (Coamb). O serviço é voltado ao acompanhamento de pacientes com doenças hematológicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro destaque é o investimento na qualificação dos servidores. A Assessoria de Gestão de Pessoas (Agesp) registrou a capacitação de 948 colaboradores em 2024; até julho de 2025, mais 655 profissionais já participaram de treinamentos realizados em parceria com instituições como Faci, Unama, Sest/Senat e a Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA).

A instituição também formalizou adesão ao programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), iniciativa do Ministério do Meio Ambiente que estimula a adoção de práticas sustentáveis na gestão pública, com foco em eficiência, gestão de resíduos e capacitação de servidores.

Missão estratégica – O presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra, destacou o papel estratégico da instituição para a saúde pública estadual: “A Fundação Hemopa, nestes 47 anos, tem uma participação muito importante na saúde pública do Estado do Pará. Somos uma instituição com a missão de atender todas as demandas transfusionais do Pará, oferecer atendimento ambulatorial aos pacientes hematológicos e prestar todo o apoio à rede de transplantes do Estado”, afirmou.

Ele acrescentou que, nos últimos sete anos, a cobertura transfusional foi ampliada com a implantação de 24 agências transfusionais em todas as regiões do estado, atendendo hospitais estratégicos em municípios como Itaituba, Altamira, Jacareacanga, Parauapebas, Portel, Ourilândia do Norte, Bragança, Salinópolis e diversas áreas da Região Metropolitana de Belém. “Nesta comemoração de 47 anos, também agradecemos aos milhares de doadores que doaram sangue e levaram esperança e vida para tantas pessoas”, concluiu.

Entre as histórias que refletem o compromisso com a solidariedade, está a do engenheiro civil Raimundo Lourinho, de 70 anos, que soma mais de quatro décadas como doador voluntário. A primeira doação surgiu em razão de uma urgência familiar e se transformou em compromisso contínuo. Agora, prestes a encerrar sua trajetória como doador, Raimundo escolheu o vizinho Daniel Leal, 34 anos, enfermeiro e professor de física, para continuar sua missão: “Sei que ele vai cumprir o que promete, por isso o escolhi”, contou. Daniel, por sua vez, reafirmou: “Ele foi doador antes de mim e agora está passando essa missão. Quero honrar esse legado”.

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