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Jovens aprendizes da primeira turma de operação autônoma do Brasil visitam a mina de Carajás

Jovens são os primeiros preparados pelo Senai no país

A primeira turma de jovens aprendizes em formação para operação autônoma e teleoperada da Vale vivenciou um momento marcante: a visita à Mina de N4E, no Complexo Minerário de Carajás. A formação foi uma iniciativa da Vale e implementada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem industrial (Senai) no Programa Jovem Aprendiz, pela primeira vez no Brasil. São 19 jovens de Parauapebas, representando um passo importante na capacitação local para o futuro do mercado de trabalho nas mais diversas áreas.

A Mina de N4E, que iniciou suas operações na década de 1980, é hoje referência em inovação. A mina abriga uma operação com 14 caminhões autônomos. É a mais antiga em atividade e hoje também exemplo da transformação tecnológica no setor. Foi nesse cenário que a turma conheceu de perto o funcionamento da operação autônoma, como parte da trilha de aprendizado desenvolvida especialmente para eles.

Segundo o diretor do Senai de Parauapebas, Taicí Gamero, a automação é uma tendência irreversível no mercado. “A automação é o futuro dos meios de produção. Com ela, surgem novas formas de trabalho e oportunidades para os profissionais que estão se preparando hoje”, afirma. O curso pioneiro tem duração de cerca de dois anos, com 1800 horas de formação. A turma iniciou a fase teórica em outubro de 2024 e, neste segundo semestre de 2025, começa a etapa prática na Vale.

Durante a visita, os jovens aprendizes conheceram ainda o Centro de Operações Integradas, a unidade de perfuratrizes autônomas e a Central de Controle dos Autônomos. Para Thiago Ferreira, gerente de Aprendizagem Norte da Vale, a experiência prática é essencial. “A visita é muito importante para potencializar o desenvolvimento dos jovens por meio da vivência prática, ver de perto como os conteúdos estudados se aplicam na operação fortalece o engajamento e prepara os alunos para a próxima fase do programa”, afirma.

Gerente de Projetos de Tecnologia da Vale em Carajás, Cecília de Carvalho, destaca o impacto regional da iniciativa. “Desenvolvemos, junto ao Senai, uma trilha de aprendizado diferenciada para formar jovens locais em uma profissão estratégica para o presente e o futuro do mercado de trabalho. É a primeira turma de aprendizes da história a capacitar jovens para trabalhar em uma mina autônoma”, conta.

Lucas Nogueira Fernandes, 19 anos, morador de Parauapebas será um dos pioneiros na formação no município. “Estou gostando bastante do curso, foi algo novo pra mim, ainda mais sabendo que faço parte da primeira turma voltada para área formado pelo Senai no Brasil. Ao longo do curso tivemos muitos módulos com excelentes instrutores e pudemos extrair o máximo de conhecimento sobre mineração, tecnologia e automação. Sempre tive esse desejo de trabalhar com a tecnologia, acho interessante como a inovação pode tornar o processo mais seguro, produtivo e sustentável”, diz.

Em Carajás, maior mina de minério de ferro do mundo, a operação autônoma, por exemplo, de caminhões, teve início em 2021 e conta hoje com 14 caminhões autônomos de uma frota com mais de 100 caminhões fora de estrada . A inovação aumenta a segurança para o trabalhador e traz maior confiabilidade às operações. A implantação foi associada à capacitação interna de mais de 100 profissionais que já atuavam na mina.

Atualmente, além da formação de jovens de aprendizes, nos ambientes de treinamentos da empresa, estão em andamento este ano turmas de capacitação para os empregados. A meta é capacitar até o final do ano mais 150 profissionais da empresa, totalizando 250.

Conheça novas profissões com a tecnologia

A implantação da tecnologia autônoma gera também novas formas de trabalho como Controlador de Operação Autônoma, Técnico de Sistema Autônomo, que atua na manutenção e operação dos sistemas que garantem o funcionamento dos veículos autônomos e o projetista de Pista de Rolamento, que desenvolve rotas seguras e eficientes para os caminhões autônomos dentro da mina.

Outras profissões são o Pit Patroller: profissional que realiza inspeções de campo para garantir que o ambiente esteja adequado para a operação autônoma, o operador de máquinas pesadas com interação com tecnologia autônoma, e o Monitor de Códigos de Equipamentos, que acompanha os códigos operacionais dos equipamentos e atua como ponto focal para correções e ajustes em tempo real. Na operação autônoma, diversos sistemas computacionais, rede de satélites (GNSS), câmeras, sensores e radares permitem o controle e monitoramento dos equipamentos a quilômetros de distância.

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