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Abandonada, Estação de Tratamento de Esgoto do Bairro União prejudica moradores

A cada reclamação, paliativos foram implantados: aeradores para oxigenar e reduzir o odor, muro para conter a poluição visual, mas nada disso resolveu de fato o problema que ressurge principalmente no período de chuva quando o nível da água invade as ruas em seu entorno propagando doenças e mau cheiro.

A moradora Vanessa Mendes, conta que o alagamento acontece na esquina das Ruas G com a 19, deixando metade da rua 19 intransitável com a água do esgoto chegando a pelo menos 40 centímetros de profundidade. “No período da seca a ETE fica no nível baixo e o odor é insuportável, além de muitos mosquitos. Na época das chuvas a ETE enche e transborda misturando água do esgoto com a água da enxurrada que desce da rua G. E aparecem bichos como aranhas, cobras e ratos nas casas próximas”, reclama Vanessa, contando que os moradores da Rua 19 até quebraram o muro da ETE para melhorar o escoamento o que, em sua avaliação, piorou. Ela conta que um morador identificado como Expedito abandonou sua casa grande e confortável, que fica em frente aonde alaga por causa de um problema de pele ocasionado pela ETE ou pelos mosquitos de lá.

Outro lado
Entrevistado, via WhatsApp, o chefe de gabinete do SAAEP (Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Parauapebas), Sérgio Ferreira Barbosa Neto, o Sergel, informou que aquela ETE já está desativada, e o nível do material sobe em períodos chuvosos com a água de enxurrada.

Ele conta ainda que há um projeto de esgotamento, com a transferência do material para a ETE do bairro Rio Verde. “Vamos construir uma elevatória para enviar parte do esgoto do bairro União paro a ETE do Rio Verde, fazendo assim o desassoreamento da lagoa”, conta Sergio, detalhando ter duas opções para a área depois de aterrada: transformar numa praça ou um prédio público, podendo ser em sua opinião o prédio administrativo do SAAEP.

Perguntado se há um paliativo para o problema ele diz que não, tendo que esperar o período de estiagem. Ele conta ainda que já tem o projeto, mas não tem o dinheiro previsto no orçamento. “Recuperar esgoto não é barato”, conforme avaliou ele, mensurando que, dos gastos com saneamento, 80% representa o esgoto e apenas o restante é com captação, tratamento e distribuição de água; motivo que ele apresenta como alegação para a eficiência no tratamento de esgoto.

Parauapebas conta atualmente com quatro ETE’s (Estações de Tratamento de Esgotos), nos bairros Primavera, Rio Verde e União, atendendo juntas menos de 10% da população. No último bairro citado existem duas, nas ruas 10 e 16.

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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