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Agressão foi a principal causa de mortes em Parauapebas no ano de 2018

Foto: Drone | Anderson Souza

Responsável por 127 óbitos com taxa de aproximadamente 63 mortes para 100 mil habitantes (15,23% de todas as mortes). Comparando-se com 2017, houve um aumento de 32 mortes por homicídio, o que representa 33,68% a mais no risco de morte por esta causa no município de Parauapebas.

No Pará, os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que envolvem dados gerais de homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte, demonstraram uma redução de 27% dos casos, quando comparado ao primeiro semestre dos anos de 2018 e 2019. De 1º de janeiro a 30 de junho de 2018, foram 2.115 ocorrências registradas, enquanto que no mesmo período de 2019, foram 1.549 casos.

Entre as modalidades criminosas, lideram os assaltos, muitos com evolução para latrocínio; outros terminam em confrontos entre polícia e criminosos que, por sua vez, levam a pior.

A mortalidade por agressão é considerada um indicador importante da violência social. Está relacionada às desigualdades sociais e econômicas, à precariedade no desempenho da segurança pública, à privação de oportunidades e à violação dos direitos humanos. O infarto é um evento agudo, que requer atendimento médico e rapidez na confirmação do diagnóstico e instituição do tratamento. Mais da metade dos óbitos ocorre na primeira hora de evolução, e os pacientes tratados dentro desse período de tempo experimentam uma redução significativa da mortalidade hospitalar.

A principal causa específica de mortalidade em Parauapebas no ano de 2018 foi agressão (homicídio), responsável por 127 óbitos com taxa de aproximadamente 63 mortes para 100 mil habitantes (15,23% de todas as mortes). Comparando-se com 2017, houve um aumento de 32 mortes por homicídio, o que representa 33,68% a mais no risco de morte por esta causa no município. Em segundo lugar aparece o infarto agudo do miocárdio, com 52 óbitos (6,24%) e taxa de 25,63 óbitos/100 mil habitantes, apresentando uma pequena redução de 7,14% em relação ao ano anterior. Em seguida, vêm as pneumonias com 43 óbitos (5,16%) e os acidentes de transportes terrestres com 38 óbitos (4,56%). Chama atenção a elevação no índice de mortes por causas mal definidas e suicídio, em 184,62%, e 125%, respectivamente.

 

Em 2018, as principais causas específicas de óbito distribuíram-se de maneira diferenciada de acordo com o sexo. Mais de 90% das mortes por homicídios, mais de 80% dos suicídios e mais de 70% das mortes por afogamento e por acidentes com transportes terrestres ocorreram nos homens. Nas mulheres, as causas mais expressivas foram as doenças cerebrovasculares (exceto AVC) com 23 óbitos, diabetes mellitus com 15 óbitos e acidente vascular cerebral (AVC) também com 20 óbitos, representando respectivamente, 63,89%, 53,57% e 51,72% de todos os óbitos ocorridos por estas causas.

 

O sexo masculino representa mais de 90% dos óbitos por essa causa, sendo que suas taxas são cerca de 11,5 vezes maiores que as femininas. Os autores ainda apontam para uma possível explicação acerca desta tendência. A socialização de homens, desde cedo, costuma ancorar-se em um conjunto de atributos, valores, funções e condutas que se espera que um homem tenha em uma determinada cultura. O poder costuma ser um dos atributos valorizados nessa socialização em determinadas sociedades e isso pode vir associado à violência, uma vez que esta pode ser vista como um instrumento para a obtenção do poder ou para a resistência a ele entre os segmentos masculinos.

MORTES POR HOMICÍDIOS

Em 2018 ocorreram 127 óbitos por homicídios. O sexo masculino foi muito mais atingido que o feminino, em 92,13% dos óbitos por esta causa. Somente ocorreram homicídios nas faixas de idade acima de 10 anos e até 69 anos, sendo a faixa etária mais atingida de 20 a 29 anos, com 48 óbitos, representando 37,8%.

Quanto à causa do homicídio, 67,72% (86/127) ocorreram por meio de arma de fogo, 25,2% (32/127) por arma branca, 1 homicídio ocorreu em decorrência de maus tratos e 1 homicídio por meio de sufocamento/estrangulamento. Os outros 7 óbitos não tiveram a causa determinada.

O bairro de residência que apresentou maior número de óbitos por homicídio foi o Cidade Jardim, com 18 mortes. Em seguida aparece a Zona Rural com 11 homicídios e os bairros da Paz e Liberdade I, com 9 e 8 óbitos, respectivamente.

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