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Ambulantes do Mercado Municipal se dizem abandonados

Os ambulantes que comercializam confecções em barracas montadas pela Prefeitura de Parauapebas na calçada do Mercado Municipal do Rio Verde denunciam o completo abandono em que estão vivendo, sem qualquer infraestrutura para trabalhar e a mercê da bandidagem. Os ambulantes foram remanejados pela prefeitura da Praça dos Metais paro o local com a promessa de que teriam todo aporte para trabalhar, incluindo a instalação de terminais bancários e um centro lotérico, entre outras melhorias no mercado, mas, até agora, segundo ele, nada disso foi feito e eles estão completamente abandonados, sendo alvo de assaltos quase diariamente. Uma rápida visita ao local constata que o mercado continua em péssimas condições, com banheiros precários e sujeira para todos os lados.

Antes, quando ocupavam a Praça dos Metais, eles contam que tinham muitos clientes, porque a área fica no centro do Bairro Cidade Nova, além de ter casa bancária e lotérica às proximidades. “Aqui estamos completamente isolados. Não passa linha de ônibus, não tem banco e essa feira, honestamente, não atrai ninguém”, desabafa Sebastião Amorim.

Ele conta que hoje não vende nem 70% do que comercializava antes na feira da Praça dos Metais. A queda nas vendas, segundo o feirante, fez muitos colegas desistirem do ramo e procurarem outra forma de sobreviver. “Gente que tinha anos sobrevivendo de venda de confecções, hoje vende espetinho ou montou outro negócio para não passar fome”, declara.

Sebastião conta que o local é muito quente, porque o sol bate direto no espaço e a cobertura de lona deixa o clima ainda mais quente dentro das barracas. “É um inferno de quente, principalmente à tarde. Agora me diga, quem é que vai vir aqui comprar roupa, depois de ter outras lojas com mais conforto próximo de onde moram”, lamenta.

Também em situação difícil, porque não há clientes no local, Maria Gerlane conta que tem mês que não consegue faturar nem para pagar os boletos das compras que fez, para tentar revender. “É difícil. A gente chega ao final do mês e não sabe como vai honrar os compromissos, porque não conseguiu vender. Ninguém aparece aqui. Isso aqui é um inferno”, define Gerlane.

Ela diz que não sabe como vai ficar a vida deles depois que terminar a ajuda de custo que estão recebendo da prefeitura, como parte do acordo de transferência deles para o mercado, que termina no mês que vem. “Quando terminar, não sei o que vai ser da nossa vida, porque a gente não vende nada aqui”, diz ela, observando que como estão isolados, a qualquer hora são alvo fácil da bandidagem. “Poderiam colocar pelo menos um desses guardas municipais para fazer ronda no mercado”, ressalta.

Reportagem: Tina Santos

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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