Neste sábado (2), feriado nacional onde é celebrado o Dia de Finados, é tradição que milhares de pessoas se desloquem até os cemitérios de Parauapebas para visitar familiares e amigos que já morreram.
De acordo com dados da Prefeitura Municipal de Parauapebas, a expectativa é que pelo menos 30 mil pessoas possam passar pelo Cemitério Jardim Eterno, localizado no Bairro Rio Verde, que se encontra desativado e só realiza sepultamentos em sepulturas de familiares ali enterrados, e o Jardim da Saudade, localizado às margens da Rodovia Municipal Faruk Salmen, em funcionamento.
Como o fluxo de pessoas será bastante intenso, vendedores ambulantes que comercializam flores e outros tipos de produtos como lanches e velas, já estão devidamente instalados nos cemitérios, como é o caso do ambulante Glerisnaldo Vieira Barbosa. Ele afirma que irá comercializar flores que variam de R$ 15 a R$ 45,00. “Depende do gosto do cliente. Vendemos flores aqui há quatro anos e a gente vem mantendo o preço devido à crise e para que possamos faturar também”, relatou.
Os ambulantes estão montando suas barracas na parte interna do Cemitério Jardim da Saudade. “Antigamente eles montavam na parte de fora, mas ficou proibido por conta do estacionamento que estava sendo afetado, aí conseguimos um espaço para que eles comercializassem seus produtos dentro do cemitério”, relatou o administrador do Jardim da Saudade, Juvenal de Lima Freire.
Dia de finados
Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade Odilo de Cluny, em 998, pedia aos monges que orassem pelos mortos.
Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.