Emoção. Choro. Alegria e felicidade. Tudo isto aconteceu na manhã da última quarta-feira, 7 de outubro, na Rua Jardim das Oliveiras, no Bairro Betânia, em Parauapebas (PA), durante o reencontro da filha Maria Helena da Silva com os pais Afonso Profírio Gonzaga e Maria Francisca Helena da Silva. Ela veio de São Paulo, onde mora e trabalha como camareira, em companhia de três filhas: Helenilda Maria da Silva, Malena Maria da Silva e Mayara Maria da Silva; do genro Wellington dos Santos e das netas Bryenda, de 10 anos e Nicolly, de 9 anos, e do neto Renan, de 3 anos.
“Graças a Deus ela apareceu. Estou muito emocionado. Meu sonho era ver minha filha. Achei que nunca mais ia ver ela”, disse o aposentado Afonso Aprizio, de 74 anos, ao lado da filha Maria Helena e da esposa, Maria Francisca da Silva, que também estava bastante emocionada. “Ave Maria, moço, estou muito satisfeita e feliz por reencontrar minha filha. Nós não esperava mais encontrar ela. Achava que ela estava morta. Agora, estamos todos felizes e emocionados por ver minha filha, as netas e as bisnetas. Ainda bem que ela está aqui agora com a gente”, afirmou dona Maria.
A neta Helenilda Maria da Silva, que tomou a iniciativa de procurar os avós, destacou que estava muito contente pelo reencontro da família. “Corri atrás através das redes sociais e muita gente ajudou nessa busca. Agradeço a Deus e a todos vocês que colaboraram para este reencontro. Estou muito feliz. Muito obrigado”.
Malena Maria, que mora em Parauapebas, disse que “a emoção era muito grande e que estava bastante feliz por ter reencontrada a irmã Maria Helena”.
O esposo da Malena, Wellington dos Santos, ressaltou que “foi muito bom conhecer os avós de sua mulher e vê sua sogra (Maria Helena) muito feliz”, acrescentando que “esse reencontro é muito gratificante para todos da família”.
E chorando, a irmã de dona Maria Helena, Maria Lucimar da Silva, a “Lucinha”, também demonstrou estar muito emocionada e feliz por ter reencontrado a irmã. “A emoção é muito grande. Era um sonho dos meus pais, que não tinham mais esperança em reencontrá-la. Agradeço muito a Deus e a vocês por terem localizado minha irmã em São Paulo. Agora, vamos aproveitar bastante e matar a saudade”.
Tímidas, as crianças Mayara, Bryenda e Nicolly só disseram que estavam muito felizes em conhecer os parentes em Parauapebas.
A história
O pedreiro Afonso Profírio, que faz 74 anos, nasceu em Juazeiro do Norte (CE), a 530 km de Fortaleza, mas foi criado em Exu (PE), onde se casou com a dona Maria Francisca Helena. O casal deixou Pernambuco em 1977 e foi morar em Imperatriz (MA). De lá, seguiu para Rondon do Pará, onde morou de 1984 a 1993. Em 1992 a filha Maria Helena foi para São Paulo com o marido e as duas filhas. Depois, ela teve mais quatro filhas. A última vez que ela havia falado com uma das irmãs foi 2004. (Mas não com os pais).
De Rondon do Pará o casal Afonso e Maria Francisca decidiu morar em Parauapebas (PA) com 5 filhos. Hoje, três filhos moram em Santana do Araguaia (PA) e três ficaram em Rondon. O casal teve 13 filhos. Apenas um morreu, ainda em Pernambuco, com 15 dias de vida.
Mudança para São Paulo
Maria Helena da Silva morou com a família em Rondon do Pará até 1992, mas resolveu ir embora para São Paulo com o marido, o mecânico Manoel João da Silva, e as duas filhas, Malena Maria da Silva (criança) e Helenilda Maria da Silva (bebê). Em São Paulo, o casal teve mais duas filhas: Eliana Maria da Silva e Viviane Maria da Silva. Aí o casal foi morar na Bahia e nasceu Aline Maria da Silva. Depois, a família retornou para São Paulo e nasceu a sexta filha do casal: Mayara Maria da Silva, a caçula, que tem hoje 11 anos. Em 2010 o casal se separou. Em 2004 dona Maria Helena perdeu o contato com a família no Pará. (Mas já estava desde 1992 sem falar com o pai).
Para que esta história terminasse bem muita gente contribuiu, com destaque para o casal Cristiano e Fernanda Nery, de Parauapebas. O casal viu nas redes sociais o apelo da Helenilda, que e estava em busca dos avós. Ela já havia recebido informação de uma pessoa de Rondon do Pará (Deyse) que os avós moravam em Parauapebas, de acordo com o cadastro eleitoral de 2018. Aí, o Cristiano, namorado da Fernanda, conseguiu obter o endereço e o contato dos avós dela em Parauapebas. Foi tudo muito rápido, graças às redes sociais. Agora, é só felicidade para a Família Silva.