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Arquiteta cria projeto para o Mercado Municipal do Rio Verde

Quem tem seu clube do coração, sabe bem como é no início de campeonato. O torcedor se sente técnico, monta o próprio time e faz sua própria escalação para cada partida.

Com o morador de um município, não é diferente. Pergunte a uma pessoa em Parauapebas como ela imagina as praças, as ruas e os espaços púbicos; como ela faria as escolas, os espaços públicos, os investimentos em saúde etc., e todas terão um planejamento, um plano de governo pronto.

Pena que, praticamente, todos não divulgam essas ideias, ou, sequer, se aventuram em apresenta-las. Com exceção da arquiteta Lívia Ferraz, que elaborou um projeto que ela qualifica como “a cara de Parauapebas”, já que se identifica com a principal vocação econômica do município: a mineração.

Lívia é arquiteta e urbanista formada no Centro Universitário UNA de Belo Horizonte (MG). Ela elaborou uma proposta de revitalização e ampliação do Mercado Municipal do Bairro Rio Verde, espaço público que vem sendo alvo de críticas, devido às condições nada boas em que aquele prédio se encontra e ainda pela falta de saneamento naquelas proximidades, o que causa constantes alagamentos, trazendo prejuízos aos feirantes. “Desenvolvi esse projeto com objetivo de valorizar as raízes culturais da nossa cidade requalificando-o como uma nova centralidade comercial e gastronômica de Parauapebas”, explica Lívia Ferraz, detalhando que a proposta é revitalizar e ampliar aquele mercado municipal a condições arquitetônicas funcionais dentro dos padrões sanitários, requalificando-o como uma nova centralidade comercial e gastronômica.

O projeto arquitetado mantém os vínculos existentes e a representatividade cultural, através de uma arquitetura simples e funcional, proporcionando maior conforto aos usuários através de técnicas construtivas e o uso de materiais que condizem com o clima da região, permitindo maior visibilidade, permeabilidade e identidade própria ao prédio público.

 

A idealização do projeto, conforme explicado pela arquiteta, se deu através de um dos principais equipamentos utilizado na a extração mineral, mais conhecido como o rei das minas, o caminhão Raiopac; um veículo que se aproxima da altura de um edifício de dois andares e possui pneus que medem mais de três metros de altura. Assim, o volume rígido do edifício foi trabalhado de modo a expressar semelhança com o caminhão fora de estrada, onde o envoltório se torna o elemento principal na composição arquitetônica. “O segundo passo foi procurar o equilíbrio entre o edifício e o entorno por meio de uma altimetria que se correlacionasse com o exterior e através de diferentes formas geométricas que configuram a riqueza mineral bruta”, lembra Lívia Ferraz, dizendo ter sido possível dar leveza à forma arquitetônica do edifício, proporcionar ventilação cruzada, permeabilidade visual e física ao edifício.

Além desse traço, foi incluso no projeto de Lívia o grafismo indígena, que possui papel importante na sociedade por memorar a linhagem étnica através da arte gráfica. Habitualmente desenvolvida pelas mulheres, os traçados geométricos possuem simetria e harmonia e são associados a elementos da natureza, sobrenaturais ou atividades desenvolvidas do dia a dia. “Essa inserção tem como objetivo valorizar as raízes culturais do estado do Pará”, explica Lívia Ferraz, dizendo ter sido adotada uma padronização geométrica no piso da praça, através de uma mistura de tons acinzentados e áreas verdes; e que, alguns elementos geométricos do piso se elevam a altura de um banco se transcurando em mobiliários que permitem várias possibilidades de uso, fazendo um circuito ao decorrer de toda a praça de playgrounds e bancos.

De acordo com Lívia Ferraz, o projeto está à disposição do Poder Executivo Municipal e diz esperar vê-lo realizado. “Entendo que esse seja o momento de Parauapebas investir, além de obras resolutivas, em estruturas que embelezem nossa cidade. Essa obra, com certeza, será ponto turístico e alvo de registros fotográficos dos que venham visitar”, vislumbra.

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