Autor: Portal Pebinha de Açúcar

A iniciativa representa um salto transformacional: os caminhões autônomos retiram trabalhadores da exposição ao risco, criando ambientes mais seguros e inclusivos, e elevando a eficiência operacional – conforme resultados obtidos em outras operações da Vale com uso de autônomos –, com ganhos de até 15% no rendimento operacional e redução de até 7,5% no consumo de combustível, contribuindo para a redução das emissões de carbono da empresa.

Desde o início da implantação dos autônomos no Sistema Norte, em 2019, mais de 260 profissionais já foram capacitados nas novas funções criadas e na interação com os sistemas digitais, seguindo as melhores práticas internacionais e a evolução da indústria mundial.

“A utilização de tecnologias de transporte autônomo nas nossas operações no Corredor Norte é uma estratégia fundamental para fortalecermos a cultura de excelência operacional, e prepararmos nossas equipes para liderarem os desafios de uma mineração cada vez mais eficiente, competitiva e sustentável”, afirma Carlos Medeiros, vice-presidente de Operações da Vale.

Com essa expansão, a Vale reafirma seu papel de ser protagonista na mineração do futuro — mais inovadora, segura, eficiente e sustentável — e no desenvolvimento de profissionais preparados para liderar essa transformação.

“Ao integrarmos sistemas autônomos, inteligência artificial e análise avançada de dados, modernizamos nossas operações de mina no Corredor Norte e avançamos em nossos objetivos de ser referência em mineração inteligente, promover a transformação digital da indústria e estar conectado às melhores práticas internacionais”, afirma Rafael Bittar, vice-presidente Técnico da Vale.

“Temos orgulho de apresentar o Cat Command para transporte na mina da Vale em Carajás”, afirma Marc Cameron, vice-presidente sênior da Caterpillar. “Ao equipar os caminhões de transporte da Vale com nossa tecnologia autônoma, ofereceremos soluções escaláveis que atendem às necessidades de uma frota mista”.

Em Serra Sul, os caminhões envolvidos no projeto irão conviver com outra tecnologia consolidada na Vale: o sistema truckless, que por meio de uma rede de transportadores de correias de longa distância transporta o minério de um ponto ao outro sem gasto de combustível e com redução significativa de emissões de carbono.

Tecnologia autônoma impulsiona novas carreiras
Edinardo Lima iniciou sua trajetória profissional na construção civil, atuando como Apontador de campo e assistente administrativo. Em 2019, migrou para o setor de mineração, onde operou dois gigantes da indústria: o caminhão fora de estrada e a escavadeira de grande porte . Essa experiência como operador foi fundamental para que, após três anos, ele pudesse aproveitar a oportunidade de atuar na mina autônoma. Começou como operador, fez parte da equipe de apoio de mina exercendo a função de auxiliar técnico e, atualmente, ocupa o cargo de Controlador de Operação Autônoma.

A trajetória de crescimento profissional de Edinardo reflete a transformação que a tecnologia tem promovido na mineração e em Carajás. A inovação tecnológica tem criado novas funções e exigido habilidades diferenciadas. Além do Controlador, outras profissões surgiram com a operação autônoma, como o Técnico de Sistema e o Projetista de Pista de Rolamento, responsável por desenvolver rotas seguras e eficientes para os caminhões autônomos dentro da mina.

Há também o Pit Patroller, profissional que realiza inspeções de campo para garantir que o ambiente esteja adequado à operação autônoma, e o operador de máquinas pesadas com interação tecnológica. Outra função é a de Monitor de Códigos de Equipamento, que acompanha os códigos operacionais das máquinas e atua como ponto focal para correções e ajustes em tempo real.

O programa de autônomos da Vale teve início em 2018, com a implantação de caminhões autônomos da Caterpillar na mina de Brucutu, em Minas Gerais. Atualmente há mais de 70 equipamentos autônomos em operação na empresa no Brasil, incluindo caminhões, perfuratrizes e máquinas de pátio.