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Acidente no VS-10 deixa região sem energia; incêndio em área próxima mobiliza bombeiros

Veículo colidiu contra poste de iluminação nas proximidades do presídio; chamas em vegetação surgiram, mas causas ainda não foram confirmadas

Na tarde deste domingo (5), um acidente de trânsito foi registrado no Complexo VS-10, em Parauapebas, sudeste do Pará, próximo à unidade carcerária do município. Um veículo colidiu violentamente contra um poste, que caiu e deixou grande parte da região sem energia elétrica.

Pouco depois do acidente, um incêndio em área de vegetação próxima chamou a atenção e se espalhou rapidamente. Até o momento, não há confirmação de que as chamas tenham sido provocadas pela queda do poste ou pelo rompimento da fiação elétrica. Uma outra hipótese pode ser que a fumaça do fogo possa ter atrapalhado a visão do condutor do veículo. As causas ainda estão sob investigação.

Bombeiros acionados

Equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Parauapebas foram mobilizadas para conter o fogo e prestar socorro ao motorista do veículo. Ainda não há informações oficiais sobre o estado de saúde do condutor.

As autoridades irão apurar as circunstâncias do acidente. Não se sabe se o motorista teria passado mal ao volante, ou se a fumaça teria ofuscado sua visão, ou até mesmo se estaria sob efeito de álcool. Apenas as autoridades terão essa resposta com o andamento das investigações.

Registros exclusivos

Imagens aéreas captadas pelo drone do repórter cinematográfico Weidy Graciano e cedidas ao Portal Pebinha de Açúcar mostram a dimensão do acidente e do incêndio que ocorreu nas proximidades. O material pode ser conferido em nossas redes sociais.

O episódio reforça a importância da prudência no trânsito e da atenção redobrada para evitar acidentes que colocam vidas em risco e causam grandes transtornos à comunidade.

Show de Viviane Batidão leva multidão ao aniversário de 40 anos da Vale em Parauapebas

Evento reuniu cerca de 7 mil pessoas na Praça de Eventos com música, cultura, atrações interativas e valorização da comunidade local

A noite do último sábado (4) foi marcada por festa e emoção em Parauapebas. Mais de 7 mil pessoas ocuparam a Praça de Eventos do Bairro Cidade Nova para celebrar os 40 anos da Vale na região, em um evento que combinou cultura, tecnologia, diversão e, claro, muita música.

Cultura local e tecnomelody no palco

A programação começou às 18h com apresentações culturais em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, seguidas pelo show do cantor Tom Ferreira, que aqueceu o público para a atração mais esperada da noite.

Por volta das 21h, a cantora Viviane Batidão subiu ao palco trazendo toda a energia contagiante do tecnomelody. O show foi um dos pontos altos da comemoração, colocando a multidão para dançar e celebrar os 40 anos da presença da mineradora em Parauapebas.

Experiências interativas e lazer para toda a família

O evento foi muito além da música. Entre os destaques estava a Estação de Imersão na Amazônia, um túnel sensorial que permitiu aos visitantes conhecer sons, aromas e imagens da floresta, além de informações sobre a biodiversidade e ações ambientais da Vale.

As crianças tiveram espaço garantido com brinquedos, pintura facial e álbum de figurinhas. Já os adultos puderam se divertir com jogos e dinâmicas, além de levar mudas para casa em ações de conscientização ambiental.

Empreendedores sociais também participaram, expondo e comercializando alimentos, biojoias e artesanatos, fortalecendo a economia local e dando visibilidade à produção comunitária.

Parceria com o município e investimentos

O Vale + Comunidade na Praça contou com o apoio da Prefeitura de Parauapebas, por meio das secretarias de Cultura, Serviços Urbanos e Segurança Institucional.

Além da celebração, o evento destacou os investimentos da mineradora na cidade: somente entre 2020 e agosto de 2025, foram mais de R$ 5 bilhões recolhidos em ISS e CFEM. No primeiro semestre deste ano, a empresa investiu R$ 4,5 bilhões em compras com fornecedores locais.

Outro marco recente foi o termo de compromisso de R$ 100 milhões assinado com a Prefeitura, para investimentos em áreas como saúde, infraestrutura e diversificação econômica.

No Pará, a Vale ainda mantém parceria com o ICMBio para proteger cerca de 800 mil hectares de floresta amazônica, reforçando a importância da preservação ambiental.

Celebração histórica

O aniversário de 40 anos da Vale em Parauapebas entrou para a história como um momento de encontro entre comunidade, cultura e desenvolvimento. E a noite terminou em clima de festa, ao som da voz marcante de Viviane Batidão, que coroou a celebração com muita música e emoção.

Curionópolis conquista Prêmio de Boas Práticas do TCMPA com projeto das Bordadeiras de Serra Pelada

Município é o único da região de Carajás a ser premiado na primeira edição da iniciativa que reconhece inovação e impacto social na gestão pública

Curionópolis alcançou um feito histórico ao se tornar o único município da região de Carajás premiado na 1ª edição do Prêmio de Boas Práticas do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCMPA). A cerimônia de entrega ocorreu na última quinta-feira (3), em Belém, e celebrou iniciativas de gestão pública que se destacam pela inovação, sustentabilidade e relevância social.

A prefeita Mariana Chamon recebeu o prêmio acompanhada do secretário de Cultura e Turismo, Saulo Ramos, e da secretária de Comunicação, Camila Ferreira. O reconhecimento estadual destacou Curionópolis como referência em inovação administrativa e valorização cultural.

Projeto vencedor: Bordadeiras de Serra Pelada

O projeto premiado foi o que fortaleceu e deu visibilidade ao trabalho das Bordadeiras de Serra Pelada, grupo formado por cerca de 80 mulheres que resgatam a memória local por meio da arte do bordado.

A iniciativa ganhou repercussão nacional com exposições em cidades como Parauapebas e Marabá, além do documentário Nas Linhas da História, exibido nos cinemas, que conta a trajetória dessas mulheres e sua contribuição cultural.

Mais do que preservar tradições, o projeto promove geração de renda, autoestima e reconhecimento para as bordadeiras, transformando suas histórias em inspiração para toda a região.

Palavra da prefeita

Durante a cerimônia, a prefeita Mariana Chamon ressaltou que a conquista vai além da gestão municipal: “Esse prêmio não é apenas uma conquista da gestão, mas de toda a população de Curionópolis. É o reflexo do nosso esforço contínuo por uma gestão mais eficiente, transparente e voltada para o bem-estar da comunidade. E principalmente, um marco para as bordadeiras de Serra Pelada, que vivem hoje um novo tempo”, afirmou.

Reconhecimento estadual

O concurso contou com 337 projetos inscritos em oito categorias, dos quais 244 foram habilitados. Curionópolis venceu na categoria Equidade de Gênero, avaliada por uma comissão formada por instituições de destaque nacional, como Atricon, Instituto Rui Barbosa, Sebrae, FAMEP, TCE-PA, TJPA e Ministério Público Estadual.

Para o presidente do TCMPA, conselheiro Lúcio Vale, a grande adesão mostra o empenho dos gestores municipais: “Os números demonstram o engajamento e a preocupação com o aprimoramento da gestão pública em todas as regiões do Estado”.

Marco para a região de Carajás

Com a conquista, Curionópolis reafirma seu papel de liderança regional, mostrando que é possível aliar desenvolvimento, valorização cultural e inovação. A gestão da prefeita Mariana Chamon segue sendo reconhecida por práticas que unem responsabilidade social, inclusão e criatividade, servindo de exemplo para outros municípios do Pará.

Brasil faz história e termina Mundial de Atletismo Paralímpico em 1º

O esporte paralímpico do Brasil viveu, neste domingo (5), um dia histórico. O país encerrou, pela primeira vez, o Campeonato Mundial de Atletismo na ponta do quadro de medalhas. A campanha verde e amarela em Nova Déli, na Índia, chegou ao fim com 44 pódios, sendo 15 ouros (dois a mais que a China, segunda colocada geral), 20 pratas e nove bronzes.

Para ter dimensão do feito brasileiro, esta é somente a segunda vez que a China não fica no topo do quadro de medalhas do Mundial de Atletismo Paralímpico. A última ocasião foi há 12 anos, quando a Rússia ficou em primeiro na edição de Lyon, na França.

O Brasil vinha batendo na trave nas últimas três edições, ficando em segundo lugar no quadro. Em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, há seis anos, foram 39 medalhas e 14 ouros, contra 59 pódios (25 no topo) da China. No Mundial de 2023, disputado em Paris, na França, os brasileiros conquistaram 47 medalhas e repetiram os 14 ouros, ficando a dois dos chineses. Já no do ano passado, em Kobe, no Japão, apesar do recorde de 19 láureas douradas (42 pódios no total), a delegação sul-americana ficou bem distante dos chineses (87 medalhas, 33 ouros).

O domingo começou dourado para o Brasil graças a Zileide Cassiano, que conquistou ouro no salto em distância da classe T20 (deficiência intelectual). A campeã repetiu o resultado do Mundial de Kobe e retomou o posto de protagonista da prova, superando Karolina Kucharczyk, ouro na Paralimpíada de Paris – a polonesa, desta vez, foi bronze.

O segundo topo de pódio do Brasil no dia veio acompanhado de uma marca histórica de Jerusa Geber. Ao vencer os 200 metros da classe T11 (cego total), a velocista chegou à 13ª medalha dela em Mundiais, isolando-se como brasileira mais laureada no evento, superando outro ícone do atletismo paralímpico do país, Terezinha Guilhermina. Na mesma prova, Thalita Simplício foi bronze.

“Dois objetivos concluídos com sucesso: o tetra nos 100 metros e sair daqui como a atleta com maior número de medalhas em Mundiais. Cheguei e estou saindo sem dor, sem lesão. É claro que quero [ir para a Paralimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028]. Quero o penta, [depois] o hexa [nos Mundiais], quero tudo. Até onde aguentar, eu quero ir”, disse Jerusa, de 43 anos, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Nos 200 metros da classe T2 (baixa visão), Clara Daniele, estreante em Mundiais, inicialmente foi prata. No entanto, o CPB entrou com protesto contra a venezuelana Alejandra Lopez, ganhadora da prova, alegando que o atleta-guia a teria puxado antes de cruzar a linha de chegada – o que é proibido. A arbitragem acatou a reclamação do Brasil, e Clara herdou o ouro, terceiro do país no dia.

O Brasil ainda obteve mais duas medalhas no último dia em Nova Déli. Nos 200 metros da classe T47 (amputação em um dos braços, abaixo ou ao nível do cotovelo ou punho), Maria Clara Augusto foi prata e chegou ao terceiro pódio dela na Índia, um recorde entre os brasileiros neste Mundial. Já no arremesso de peso para atletas com deficiência de membros inferiores, que reuniu as classes F42 (sem prótese) e F63 (com prótese), Edenilson Floriani levou o bronze e quebrou seu próprio recorde das Américas.

Também neste domingo, Thiago Paulino teve confirmada a medalha de prata do arremesso de peso da classe F57 (atletas com deficiência de membro inferior, que competem sentados), disputada no sábado (4). O brasileiro teve a tentativa que lhe garantiu o pódio considerada irregular por um dos adversários, o finlandês Teijo Koopikka. Após protesto do CPB, o resultado foi mantido.

Grand Prix Parauapebas de Judô reúne 400 atletas e destaca inclusão social no esporte

Competição movimentou o Ginásio Islander Souza e consolidou a cidade como referência regional na modalidade

Parauapebas viveu um sábado de grandes emoções com a realização da 14ª edição do Grand Prix Parauapebas de Judô, considerado um dos maiores eventos de artes marciais da região Norte. A competição, realizada no dia 4, levou cerca de 400 atletas ao Ginásio Poliesportivo Islander Souza, no bairro Beira Rio, e contou com a presença de delegações vindas de municípios do Pará, Maranhão e Amapá.

O evento é uma iniciativa da Associação Esportiva e Paradesportiva do Sul e Sudeste do Pará (AEPA) e promoveu disputas nas categorias de Judô Olímpico e Paralímpico, reforçando o caráter inclusivo da modalidade e a valorização da diversidade no esporte.

Emoção dentro e fora do tatame

As arquibancadas foram tomadas por familiares e apoiadores, que acompanharam cada luta com entusiasmo. Um exemplo foi o de Roseane Sampaio, que viajou 15 horas de trem, de São Luís (MA) até Parauapebas, para prestigiar o filho Arthur, de apenas 6 anos. “O judô mudou a vida do Arthur. Ele se desenvolveu na fala, nas brincadeiras e na socialização. Essa competição era um sonho para ele. Nós, mães, nos vemos como uma família unida pelo esporte, e ver essa união aqui é emocionante”, contou Roseane.

Outro destaque foi o paratleta Caio Cavalcante, de 18 anos, que pratica judô desde os 10. Ele reforçou o papel transformador da modalidade: “O judô inclusivo dá visibilidade à causa das pessoas com deficiência. É importante mostrar para a cidade e para o estado o valor da inclusão no esporte e na educação”.

Apoio e fortalecimento do evento

O Grand Prix contou com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPDP) e da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), além do financiamento público garantido pelo Termo de Fomento nº 006/2025, firmado entre a Prefeitura de Parauapebas, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) e a AEPA.

O coordenador geral da competição, professor Antônio Sérgio, destacou o impacto desse suporte: “Começamos pequenos, em 2010, e hoje oferecemos hospedagem, alimentação e até uniformes para atletas que não têm condições. Esse investimento público é essencial para manter a qualidade e ampliar o alcance do evento. Nosso compromisso é que no próximo ano ele seja ainda maior”.

Ele também lembrou a revelação de talentos locais, como o paratleta Thiego Marques, que já se consolidou como destaque nacional.

Celebração e união

Ao final do dia, o pódio foi tomado por atletas de diferentes idades e categorias que receberam medalhas de ouro, prata e bronze. Mais do que premiações, o momento simbolizou o espírito de união, superação e inclusão que o judô carrega.

Com sua 14ª edição consolidada, o Grand Prix Parauapebas de Judô reforça a cidade como referência no esporte e na promoção de políticas inclusivas, inspirando jovens atletas e fortalecendo a identidade esportiva regional.

Projeto social entrega geladeiras para mulheres em situação de vulnerabilidade em Parauapebas

Parceria entre primeira-dama, representantes locais e a Equatorial garante mais conforto e dignidade às famílias atendidas pela Secretaria da Mulher

Nesta semana, mulheres em situação de vulnerabilidade social em Parauapebas receberam um importante apoio para o dia a dia de suas famílias. A ação foi articulada por Beatriz Ramos, primeira-dama do município, e Ketlyn Mendes, esposa do vereador Leandro do Chiquito, em parceria com a Equatorial Energia, e resultou na entrega de geladeiras a beneficiárias da Secretaria Municipal da Mulher (Semmu).

A iniciativa busca promover dignidade, conforto e melhores condições de vida para mulheres atendidas pelo programa, que enfrentam dificuldades econômicas e sociais.

De acordo com os organizadores, o objetivo da entrega vai além do bem material: trata-se de garantir que essas famílias tenham acesso a recursos básicos que influenciam diretamente na saúde, alimentação e bem-estar.

“Cada geladeira entregue representa mais do que um eletrodoméstico. É a possibilidade de armazenar alimentos com segurança, de organizar a rotina da casa e de proporcionar mais qualidade de vida às famílias”, destacaram os responsáveis pela iniciativa.

Com o apoio da Equatorial, a ação fortalece a rede de parcerias em Parauapebas voltada para reduzir desigualdades e assegurar políticas públicas de inclusão e cidadania.

A expectativa é que novas ações sejam realizadas ao longo do ano, beneficiando ainda mais mulheres e famílias do município.

Inspeção no Pedral do Lourenção (PA) confirma falhas do licenciamento e falta de consulta a comunidades

A inspeção judicial realizada esta semana pela Justiça Federal em comunidades ribeirinhas na área do Pedral do Lourenção, no sudeste do Pará, consolidou as críticas levantadas pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre as fragilidades e ilegalidades dos estudos socioambientais e a violação do direito à Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI) aos povos e comunidades tradicionais no processo de licenciamento das obras para explosão das rochas e retirada de bancos de areia desse trecho do rio Tocantins.

Para o MPF, a iniciativa da Justiça Federal, que na segunda-feira (29) incluiu uma audiência pública na Vila Tauiry, e visita à comunidade de Praia Alta, em Itupiranga, e na terça-feira contou com visita à Vila Saúde, também em Itupiranga, e à comunidade Pimenteira, em Novo Repartimento, teve como principal resultado a possibilidade de que integrantes de comunidades tradicionais pudessem, enfim, ser ouvidos. As falas de pescadores, quebradeiras de coco, quilombolas e ribeirinhos evidenciaram que a obra está sendo conduzida sem o conhecimento necessário sobre os impactos locais e sem a devida participação das populações afetadas.

Por exemplo: o licenciamento prevê que, antes da explosão de rochas, serão emitidas vibrações sonoras na água para afugentar os peixes. No entanto, o presidente da Associação da Comunidade Ribeirinha Extrativista da Vila Tauiry (Acrevita), Ronaldo Barros Macena, ensinou que na região há muitas espécies de peixes que têm um comportamento contrário ao que o licenciamento prevê: há espécies que se escondem nas fendas do pedral quando há barulho, e outras espécies nadam em direção ao barulho.

O pescador Josias Pereira de Sousa confrontou diretamente a proposta de compensação de um salário mínimo apresentada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com base em sua própria realidade. “Dias atrás aí, esse mês atrás agora de setembro, eu tava pescando, eu tenho como comprovar: eu produzi 3 mil e 300 e poucos quilos de mapará. Vendendo ele a R$ 4, fiz R$ 12 mil e poucos. Como é que eu vou me conformar hoje que a pessoa vem me dar uma migalha de um salário mínimo?”, questionou Josias, sob aplausos, na audiência em Tauiry.

A complexidade e a riqueza do conhecimento tradicional sobre a pesca e a preocupação de perdê-la foram detalhadas pela pescadora e liderança comunitária Maria Eunice Silva, da comunidade Pimenteira. Ela explicou as diferentes técnicas utilizadas, como a “linha boiada” e a “linha quibada”, e os peixes-alvo de cada uma, demonstrando um conhecimento profundo que, segundo os comunitários, não foi captado pelos estudos oficiais. “Olha, a gente pesca no canal do rio. Quando passa uma balsa, passa três dias, quatro dias, cinco dias, você pode botar ali que você não pega um peixe. (…) Vai tirar o alimento dos nossos filhos. Porque da onde a gente tira o nosso sustento é do canal do rio, gente. É a nossa pescaria do mapará, a nossa pescaria que a gente pesca, gente, é na caceia, a gente pesca com a nossa linha boiada. Se as balsa passar, elas levam, como já fez isso aqui”, lamentou.

Cientistas confirmam erros – As professoras Cristiane Vieira da Cunha, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), e Rosália Furtado Cutrim Souza, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), reforçaram tecnicamente a crítica à falta de estudos adequados. “Metodologicamente – e eu trabalho com monitoramento de pesca há mais de dez anos –, metodologicamente a gente não consegue ter um marco zero com quatro meses de monitoramento. É impossível”, afirmou Cristiane Cunha. O chamado marco zero é a caracterização detalhada do cenário existente antes da implantação do empreendimento. É essencialmente uma “fotografia” das condições ambientais e socioeconômicas da área antes que as obras comecem.

“Realmente, em quatro meses não se faz monitoramento. Porque a pesca tem a safra, tem a migração dos peixes e nada é pontual. Nem o peixe, nem o pescador. Os municípios têm limite, mas a pesca não tem limite. O peixe ele fica aqui, ele fica ali, ele é de toda área e o pescador também: onde tem peixe é que vai o pescador (…) E eu já falei isso para o Dnit: que não vai impactar somente lá em cima. Todos os pescadores que fazem uso desse local vão ser impactados”, complementou Rosália Furtado Cutrim Souza.

A professora Cristiane Vieira da Cunha também apontou que o Diagnóstico Socioambiental Participativo (DSAP) foi realizado de maneira incorreta. Das 651 pessoas entrevistadas, 69% eram da zona urbana de Itupiranga. “Ou seja: as comunidades, os pescadores que realmente estavam no território e estão no território não foram entrevistados por essa metodologia. Essa metodologia ela trouxe um viés na pesquisa”, ressaltou.

Segundo a pesquisadora, o estudo de impacto ambiental não respondeu a nenhum dos seguintes pontos que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tinha requisitado: informações básicas sobre número de pescadores de cada grupo, caracterização das comunidades, existência de pesqueiro, rota de pesca, quantidade e qualidade das embarcações, os métodos empregados na pescaria, peixes-alvo, o desembarque médio, quantos vivem exclusivamente da pesca, e outras formas de vida, entre outras questões não respondidas.

Apesar de o Dnit alegar que faria o cadastramento de pescadores que pescam na área de influência, independentemente de onde moram, as comunidades expressaram grande preocupação, pois todos os programas de compensação, educação ambiental e quelônios estão sendo baseados pelo diagnóstico.

Falta inclusão e consulta – As reivindicações mais frequentes durante toda a inspeção foram pela inclusão, nos estudos socioambientais, de comunidades até agora esquecidas pelo licenciamento, e a exigência da realização da Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI). Representantes de diversas comunidades, como Cajazeiras, Porto Novo e Pimenteira, afirmaram nunca terem sido oficialmente comunicados sobre o projeto, e muito menos consultados de acordo com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e sim apenas informados em reuniões pontuais ou simplesmente ignorados.

“Nós não tivemos, pelo menos nós, a consulta prévia. E aí nós queremos saber o porquê que isso aconteceu, porque nós também fazemos parte dessas comunidades”, questionou Raimunda dos Santos, da comunidade de Cajazeiras, durante a audiência pública em Vila Tauiry. Mariclea  Gomes, moradora da Vila Porto Novo, reforçou a queixa de exclusão: “Nós estamos aqui para dizer ‘por que que nós não estamos inclusos?’. Nós requeremos que seja feita a consulta prévia, livre e formada, para que nós sejamos ouvidos, porque nós existimos.”

A distinção entre uma simples entrevista e uma consulta genuína foi um ponto crucial levantado pelas comunidades e pelo MPF. Em sua fala, o procurador da República Sadi Machado indicou um dos prováveis motivos de a consulta não ter ocorrido: “A consulta presume que a comunidade possa dizer não. Então é por isso que a comunidade não está sendo consultada. Ela está sendo pesquisada, entrevistada. O Dnit chegou a afirmar numa audiência pública no Senado Federal que bateu um papo com as comunidades. Bater um papo não é consultar”.

Essa percepção foi confirmada pelo pescador Erlan Moraes, da Comunidade Agroextrativista Ribeirinha Praia Alta, que relatou ter participado de reuniões isoladas. “Foi basicamente para mostrar as coisas que a gente sempre vê”. O procurador da República Rafael Martins da Silva perguntou: “Mas foi só você?”. “Da comunidade só eu”, respondeu Moraes, evidenciando a falta de um processo mínimo de diálogo com a comunidade.

Balanço do MPF – Ao final da inspeção judicial, membros do MPF que acompanharam a diligência avaliaram o resultado como um marco fundamental para o processo. O sentimento unânime é de que a visita às comunidades validou, na prática, os argumentos que o MPF vem sustentando desde o início da ação civil pública.

Para o procurador da República Rafael Martins da Silva, a inspeção foi essencial para que o Judiciário pudesse constatar a realidade local. “O MPF solicitou para que o Juízo viesse a essas comunidades (…) para que enxergasse aquilo que o MPF já vinha observando desde 2023. Porque o MPF viu que essas comunidades foram apagadas por esse empreendimento, ou seja, elas não foram ouvidas, e as poucas que foram ouvidas não estão tendo o seu modo de vida completamente considerado. Elas vão ser impactadas por esse empreendimento de forma muito grave”, frisou. Ele conclui que, com as provas colhidas, o MPF espera que o Judiciário acate o pedido de nulidade das licenças do projeto.

O procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, destacou que a inspeção confirmou as teses centrais da ação. “A inspeção judicial demonstrou o que o Ministério Público já vinha afirmando há muito tempo: a importância da consulta prévia livre e informada, inclusive para se saber qual seria a dimensão dos impactos nas comunidades. Ficou evidente, a partir das falas das comunidades, que os estudos sobre a pesca, sobre as rotas de pesca, sobre as espécies de peixe, o comportamento dessa atividade, sequer foram realizados”, pontuou.

Ele reforçou, ainda, como o conhecimento tradicional se sobrepõe à fragilidade dos estudos oficiais: “As comunidades demonstraram, através do seu conhecimento tradicional, todos os impactos que elas já anteveem que essa obra ocasionará. Por isso, o MPF reafirma a importância do Juízo vir até o local da obra, para evidenciar que existem comunidades tradicionais ao redor do Pedral do Lourenção, que estão subdimensionadas nos estudos do Dnit e que os impactos, principalmente na principal atividade delas, que é a pesca, sequer foram estudados devidamente.”

A importância processual e humana da diligência foi ressaltada pelo procurador regional da República Felício Pontes Jr. “É muito importante que em um processo coletivo o juiz possa ouvir a comunidade que é titular do direito violado. O processo coletivo tem um problema insuperável que é nós do Ministério Público fazemos a ação em nome dessas pessoas, mas elas não estão no processo. Uma forma de fazer com que o juiz possa conhecer essas pessoas é através da inspeção judicial. Isso facilita muito a compreensão do juiz do tamanho do problema que ele tem para julgar e, principalmente, os impactos que as suas decisões podem causar”, explicou.

Por fim, o procurador da República Sadi Machado enfatizou que a atuação do MPF visa garantir que os erros de grandes projetos do passado não se repitam. “Não há justiça possível nesse processo se não houver consulta prévia, livre e informada às comunidades potencialmente impactadas. Para além da consulta, é preciso que haja também um diagnóstico adequado dos potenciais impactos para que de fato se possa dimensionar quais são os riscos envolvidos”, declarou. “Nós saudamos a posição do Poder Judiciário de se aproximar da comunidade para realizar essa audiência pública e fazer a inspeção judicial, porque de fato é importante que o juiz tenha dimensão clara de quais são os anseios e as demandas da população. Sem isso não há justiça ambiental possível, sem isso não há justiça climática.”

Ação Civil Pública nº 1035924-87.2024.4.01.3900

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Metanol: Brasil confirma 11 casos e investiga sete mortes suspeitas

Ministério da Saúde confirma 11 casos em exames laboratoriais e monitora situação em diversos estados

O Brasil registra atualmente 48 casos em investigação de possível intoxicação por metanol, segundo balanço apresentado na tarde desta quinta-feira (2) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O anúncio foi feito em entrevista coletiva na Sala de Situação, criada para acompanhar os casos e coordenar medidas de resposta em nível nacional.

De acordo com o ministério, 11 casos já foram confirmados após exames laboratoriais que detectaram a presença da substância em amostras analisadas pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs).

Mortes em análise

Até o momento, o governo confirma uma morte em São Paulo diretamente relacionada à intoxicação por metanol. Outras sete mortes estão sob investigação: duas em Pernambuco e cinco também em São Paulo.

No início da coletiva, o ministro havia confirmado um 12º caso em Brasília, envolvendo o rapper Hungria, mas a pasta corrigiu a informação, classificando-o ainda como caso suspeito.

O que é o metanol e por que é perigoso

O metanol é um líquido incolor, inflamável e utilizado em solventes, combustíveis e produtos industriais. Sua presença em bebidas alcoólicas é ilegal e sempre indica adulteração.

Quando ingerido, o fígado o metaboliza em formaldeído e ácido fórmico, substâncias altamente tóxicas que podem provocar falência celular, convulsões, coma, cegueira irreversível e até a morte, mesmo em pequenas doses.

Sintomas de intoxicação

Os sintomas geralmente surgem 12 a 14 horas após a ingestão da bebida adulterada e incluem:

  • Dor de cabeça, náusea, vômito e dor abdominal;
  • Confusão mental, tontura e convulsões;
  • Visão turva, manchas visuais e até cegueira permanente;
  • Em casos graves, pode evoluir para coma ou óbito.

O que fazer em caso de suspeita

O Ministério da Saúde orienta que, diante da suspeita de intoxicação por metanol, a pessoa procure atendimento médico imediato e leve, se possível, a embalagem ou amostra da bebida ingerida.

Além disso, é importante acionar os serviços de urgência:

  • Disque-Intoxicação Anvisa: 0800 722 6001
  • CIATox locais
  • CCI-SP: (11) 5012-5311 / 0800-771-3733

Nos casos graves, o tratamento pode incluir etanol venoso (antídoto) e hemodiálise.

Governo acompanha situação

Segundo Alexandre Padilha, o monitoramento seguirá de forma intensa para garantir que novos casos sejam rapidamente identificados e para orientar a população sobre os riscos da ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas.

Parauapebas cria regras inéditas para ampliar prioridade em filas e serviços

Projeto de autoria da vereadora Graciele Brito inclui pessoas com doenças crônicas invisíveis, TEA, transtornos de ansiedade e outros grupos vulneráveis

A Câmara Municipal de Parauapebas aprovou, na sessão ordinária desta segunda-feira (22), o Projeto de Lei nº 89/2025, de autoria da vereadora Graciele Brito (União), que institui a Lei “Esperar com Respeito”. A proposta amplia o atendimento prioritário em serviços públicos municipais e estabelecimentos privados da cidade, incluindo grupos de pessoas que enfrentam condições de saúde ou vulnerabilidade muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade.

Grupos contemplados

O projeto reconhece que determinadas condições, embora não aparentes, podem impor sérias dificuldades em filas e aglomerações. Além dos grupos já garantidos por legislação federal (como idosos e gestantes), a nova lei contempla:

  • Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA);
  • Pessoas com transtornos de ansiedade e síndrome do pânico;
  • Portadores de doenças crônicas invisíveis, como fibromialgia, lúpus e esclerose múltipla;
  • Gestantes no início da gravidez, mesmo sem sinais físicos visíveis;
  • Cuidadores que acompanhem idosos, pessoas com deficiência ou crianças com necessidades especiais;
  • Idosos com dificuldade de locomoção ou em situação de vulnerabilidade temporária;
  • Pessoas com obesidade grau III (IMC igual ou superior a 40 kg/m²).

Ao defender a proposta, Graciele Brito destacou o caráter social e inclusivo da medida. “A lei respeita os princípios da dignidade da pessoa humana, da inclusão social e da equidade, promovendo conscientização sobre condições que nem sempre são visíveis, mas que impactam profundamente a vida das pessoas”, afirmou.

Como funcionará na prática

A lei prevê que o atendimento prioritário será válido do início ao fim do serviço, incluindo filas virtuais, e deverá ser garantido em:

  • repartições públicas municipais,
  • instituições financeiras,
  • estabelecimentos de saúde,
  • comércios em geral,
  • locais de serviços essenciais.

Para comprovar a condição, o cidadão poderá apresentar laudo médico ou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). Fica proibida qualquer exigência considerada constrangedora.

Emendas garantiram legalidade

O projeto foi aprovado com duas emendas que ajustaram pontos jurídicos e administrativos:

  • Emenda Modificativa nº 41/2025: restringiu a obrigatoriedade às unidades localizadas em Parauapebas, evitando conflito de competência com outras esferas. Também fixou advertência e multa de até R$ 1.000,00 apenas para estabelecimentos privados que descumprirem a lei.
  • Emenda Supressiva nº 42/2025: retirou a previsão de obrigatoriedade de capacitação dos funcionários, por ser competência exclusiva do Executivo.

Próximos passos

Após aprovação no Legislativo, o Projeto de Lei nº 89/2025 seguiu para sanção do prefeito Aurélio Goiano. Caso seja sancionado, entrará em vigor 60 dias após a publicação no Diário Oficial, prazo em que os estabelecimentos deverão providenciar sinalização adequada e organizar os fluxos de atendimento para cumprir a nova lei.

Com a iniciativa, Parauapebas dá um passo importante na garantia de respeito e acessibilidade para milhares de cidadãos que convivem com condições de saúde ou vulnerabilidades muitas vezes invisíveis, mas que exigem atenção diferenciada.

Atlético Paraense transforma vidas e revela talento da zona rural de Parauapebas

Jovem Carlos Eduardo, da Vila Valentim Serra, realiza sonho e integra elenco profissional do clube

O futebol, mais do que paixão nacional, tem sido uma poderosa ferramenta de transformação social em Parauapebas. Prova disso é a história de Carlos Eduardo, jovem de 18 anos, morador da Vila Valentim Serra, que acaba de conquistar espaço no elenco profissional do Clube Atlético Paraense (CAP).

De campo de terra ao time profissional

Carlos Eduardo começou sua trajetória nos campeonatos regionais e rurais do município. O talento e a dedicação do jovem chamaram a atenção da equipe técnica do Atlético Paraense, que decidiu apostar em sua capacidade.

“Sempre sonhei em jogar em um time profissional. Mesmo com todas as dificuldades, nunca desisti. Essa chance está mudando minha vida”, declarou emocionado o atleta.

Compromisso com os talentos locais

A ascensão de Carlos reflete a filosofia do Atlético Paraense, que há anos vem fortalecendo a presença do esporte nas comunidades mais afastadas. O clube investe em olhar atento para atletas da cidade, valorizando talentos formados em Parauapebas e incentivando seu crescimento.

Dentro dessa visão, o clube apoia o projeto “Raízes de Parauapebas”, que busca ampliar a participação de jogadores locais nas categorias de base e no time principal. Embora não tenha sido o responsável direto pela revelação de Carlos, a iniciativa reforça o caminho trilhado pelo jovem atleta.

Mais que vitórias

Além dos jogadores, a própria comissão técnica do Atlético Paraense é composta por profissionais da cidade. O clube se firma como referência, não apenas na busca por resultados dentro de campo, mas também no compromisso em contribuir para o desenvolvimento social e esportivo de Parauapebas.

Inspiração para outros jovens

Histórias como a de Carlos Eduardo provam que sonhos podem se tornar realidade quando há dedicação e oportunidade. O Atlético Paraense segue firme em sua missão de ser mais que um time de futebol: é um verdadeiro agente de transformação social, que inspira jovens e fortalece a identidade esportiva da cidade.

Polícia prende homem por porte ilegal de arma e violência doméstica em Parauapebas

Na noite da última quarta-feira (1º), uma ação rápida da Polícia Militar resultou na prisão de J.F.L.N., de 27 anos de idade, acusado de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e violência doméstica contra a ex-companheira, em Parauapebas.

Denúncia da vítima

A ocorrência foi registrada por volta das 20h10, no Bairro Cidade Jardim. A vítima, que terá o nome preservado pela reportagem, acionou a PM relatando que o ex-companheiro tentava arrombar o portão de sua residência. Ainda segundo a mulher, ela havia solicitado, no mesmo dia, medida protetiva contra o suspeito por conta de reincidência em agressões.

Ação da PM

No local, os policiais identificaram uma Range Rover preta em frente ao imóvel, conduzida pelo acusado. Durante a abordagem, a equipe localizou dentro do veículo uma pistola Taurus calibre 9mm, além de dois carregadores e 22 munições intactas.

Tentativa de intimidação

De acordo com a guarnição, o suspeito chegou a afirmar possuir “contatos influentes” em uma tentativa de coagir os militares. Diante da resistência, foi necessário o uso de algemas para garantir a segurança da operação.

As informações e fotos são do Portal Parauapebas

Equatorial Pará intensifica obras e moderniza redes elétricas no Sudeste Paraense

As ações beneficiarão diretamente mais de 258 mil clientes, reforçando o compromisso da distribuidora com segurança, qualidade e confiabilidade no fornecimento de energia

A Equatorial Pará avança com um robusto pacote de obras em infraestrutura elétrica no Sudeste do Pará, contemplando os municípios de Marabá, Novo Repartimento, Cumaru do Norte, Parauapebas, São Félix do Xingu, Redenção, Nova Ipixuna, Breu Branco, Tucumã e Bannach. As iniciativas incluem a instalação de equipamentos modernos, reforço operacional e manutenção de redes, além da substituição de postes e da construção de novas estruturas para ampliar a capacidade e a confiabilidade do sistema elétrico.

Marabá: modernização da rede

Em Marabá, as obras contemplam manutenção de redes, reforço operacional e instalação de equipamentos como religadores automáticos, que aumentarão a flexibilidade e a confiabilidade no fornecimento de energia, beneficiando mais de 41 mil clientes.

Uma das etapas já concluídas ocorreu no núcleo São Félix, onde foi construído um ponto de interligação entre alimentadores, possibilitando o alívio de sobrecarga da rede e a melhoria do nível de tensão para cerca de 3.300 clientes.

“Reforçando os alimentadores, conseguimos atender melhor a demanda da região, reduzindo oscilações e melhorando o nível de tensão. É mais conforto e segurança para os nossos clientes”, destaca Ruan Tavares, Executivo de Obras da Equatorial Pará.

Novo Repartimento: ampliação e renovação da rede

Até o final de 2025, Novo Repartimento receberá obras de expansão e modernização, incluindo a construção de 80 quilômetros de rede trifásica, reforço operacional, manutenção de redes e regulação de tensão, beneficiando quase 20 mil clientes.

“Nosso compromisso é garantir energia segura e de qualidade. Por isso, investimos fortemente na modernização da rede e na expansão do atendimento”, afirma Sidney Tavares, Superintendente da Equatorial Pará. O município também conta com uma equipe emergencial primarizada, ou seja, uma equipe própria, disponível 24 horas por dia.

Cumaru do Norte: mais segurança e confiabilidade

Em Cumaru do Norte, cerca de 2.600 clientes terão melhorias significativas no fornecimento de energia com a ampliação da rede, reforço operacional e a instalação de três religadores automáticos.

“O fornecimento precisa acompanhar o crescimento da região. Com essas obras, garantimos um serviço mais eficiente, seguro e confiável”, explica Sidney Tavares.

Parauapebas: obras estruturantes e Luz para Todos

Em Parauapebas, a distribuidora executa obras de manutenção de redes, reforço operacional e ações do Programa Luz para Todos, alcançando mais de 114 mil clientes.

São Félix do Xingu: expansão e reforço operacional

São Félix do Xingu recebe melhorias de rede, reforço operacional e obras do Programa Luz para Todos, beneficiando mais de 15 mil clientes.

Redenção: tecnologia para reduzir interrupções

Em Redenção, a distribuidora está instalando mais de 15 religadores automáticos, que restabelecem a energia de forma automática em casos de interrupções, aumentando a confiabilidade do sistema. Mais de 51 mil clientes serão diretamente beneficiados.

Nova Ipixuna: reforço e transformação da rede

Nova Ipixuna contará com reforço operacional, manutenção de redes e a instalação de um novo transformador de força, beneficiando cerca de 5 mil clientes.

Breu Branco: tecnologia já em operação

No município, a instalação de três novos religadores automáticos já beneficia mais de 2.400 famílias nas vilas Janary, Placas e Areal. Os novos equipamentos permitem maior agilidade no restabelecimento da energia em casos de interrupções não programadas.

Tucumã: manutenção preventiva e substituição de estruturas

As ações já beneficiaram cerca de 10 mil famílias, com a substituição de componentes como chaves fusíveis, “fly tap” e troca de postes danificados.

“A modernização da rede em Tucumã é o reflexo do nosso compromisso com a qualidade e a segurança no fornecimento de energia. Estamos empenhados em entregar o melhor para Tucumã e toda a região”, destaca Ítalo Xavier, líder de manutenção da Equatorial Pará.

Bannach: modernização para mais estabilidade

Em Bannach, as obras incluem a energização de dois religadores automáticos, dispositivos inteligentes capazes de detectar e isolar falhas temporárias na rede, beneficiando cerca de 2.200 clientes entre residências, comércios e empreendimentos locais.

Compromisso contínuo

A Equatorial Pará reafirma seu compromisso de investir de forma planejada e responsável para atender à crescente demanda e contribuir para o desenvolvimento das regiões onde atua. As obras evidenciam o empenho da distribuidora em garantir energia com mais qualidade, estabilidade e segurança à população paraense.

Canais de atendimento 24h:

  • Assistente Virtual Clara (WhatsApp): (91) 3217-8200
  • Site: www.equatorialenergia.com.br
  • Aplicativo Equatorial Energia: disponível para Android e iOS
  • Central de Atendimento: 0800 091 0196 (ligação gratuita)

 

Parauapebas sanciona lei que institui o Dia Municipal das Tradições das Raízes Africanas e das Nações do Candomblé

Data será celebrada anualmente em 21 de março, em alinhamento ao Dia Nacional e ao Dia Internacional Contra a Discriminação Racial

Foi sancionada e publicada na edição desta quarta-feira (1º) do Diário Oficial do Município a Lei nº 5.586/2025, que institui em Parauapebas o Dia Municipal das Tradições das Raízes Africanas e das Nações do Candomblé. A data será comemorada todos os anos em 21 de março, mesma data do Dia Nacional (Lei Federal nº 14.519/2023) e do Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.

A lei tem como objetivos valorizar a diversidade cultural, combater a intolerância religiosa, promover o respeito às manifestações afro-brasileiras e fortalecer políticas de igualdade racial. Também prevê a realização de atividades culturais, educativas e institucionais que celebrem os saberes e tradições das religiões de matriz africana.

Origem do projeto

A proposta foi apresentada pelo vereador Alex Ohana (PDT) por meio do Projeto de Lei nº 131/2025, aprovado em sessão ordinária da Câmara Municipal no último dia 16 de setembro.

Na ocasião, o parlamentar afirmou que a institucionalização da data é um avanço no fortalecimento de políticas públicas contra o preconceito e na promoção da liberdade religiosa. “As tradições de matriz africana, incluindo o Candomblé, constituem expressões legítimas de religiosidade e cultura, merecendo respeito, visibilidade e proteção contra toda forma de intolerância e racismo religioso”, declarou Alex Ohana.

Reconhecimento histórico

A votação na Câmara contou com a presença de representantes de comunidades de matriz africana. A Regente Mãe Vanessa de Oxum celebrou a aprovação do projeto como uma conquista coletiva. “Esse é um ato histórico em Parauapebas, num momento difícil que estamos vivendo. É uma vitória para todos nós”, destacou.

Sanção e efeitos

Com a sanção do prefeito Aurélio Goiano, a data passa a integrar oficialmente o calendário municipal de eventos, reforçando o compromisso de Parauapebas com a valorização cultural e o combate à intolerância religiosa.

MPPA acompanha transição do sistema de saneamento em Marabá e cobra transparência no processo

Na última quinta-feira (25), o Ministério Público do Estado do Pará, por meio das Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, Registros Públicos, Família, Sucessão, Falência e Recuperação Judicial e de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo de Marabá, realizou reunião na sede local do MPPA para acompanhar a transição no sistema de saneamento do município.

O encontro foi presidido pelas promotoras de Justiça Mayanna Silva de Souza Queiroz e Josélia Leontina de Barros Lopes; e contou com a participação de Felipe Caldeira e Marcela Altale, representantes da empresa Águas do Pará (Aegea), vencedora do processo licitatório para concessão do serviço de saneamento básico em 126 municípios do estado. Também estiveram presentes Mancipor Lopes e Felipe Benedik Jr, representando o Serviço de Saneamento Ambiental de Marabá (SSAM).

Durante a reunião, foram apresentados os cronogramas da fase preparatória para o início da operação da empresa concessionária, incluindo o levantamento de bens e todos os equipamentos da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), que serão repassados para a Aegea. O objetivo é garantir uma transição transparente e eficiente, visando à melhoria dos serviços de saneamento básico oferecidos à população de Marabá.

De acordo com a PJ Mayanna Queiroz, “o Ministério Público acompanha de perto todo o processo de transição, buscando assegurar que os direitos dos consumidores sejam respeitados e que a população de Marabá tenha acesso a serviços de saneamento de qualidade”. A promotora destacou ainda a importância da lisura no processo de transição. “A transparência e o diálogo entre os órgãos públicos, a empresa concessionária e a sociedade são fundamentais para o sucesso dessa nova etapa”.

A promotora Josélia Lopes ressaltou que o processo terá um impacto positivo quanto à preservação do meio ambiente no município. “A transição do serviço de saneamento básico é uma oportunidade para fortalecer a proteção ambiental em Marabá”, pontuou. “O Ministério Público está atento para que as ações da nova concessionária estejam alinhadas com as normas ambientais e promovam a sustentabilidade, garantindo água de qualidade e respeito ao meio ambiente para toda a comunidade”.

Foi definido que outras reuniões de acompanhamento ocorrerão, incluindo a apresentação da empresa às lideranças comunitárias locais. A expectativa é que essa nova fase traga melhorias significativas para o saneamento básico e, consequentemente, para a saúde e bem-estar da população.

História do Legislativo: Câmara de Parauapebas inaugura Galeria dos Vereadores

A história do legislativo de Parauapebas ganhou um importante registro nesta quarta-feira (1): a Galeria dos Vereadores da Câmara Municipal, com fotografias oficiais e biografias padronizadas de todos os parlamentares que já exerceram mandato na Casa de Leis. A inauguração do espaço ocorreu na data em que é celebrado o “Dia do Vereador” e homenageia todos os homens e mulheres que contribuíram com a construção e o desenvolvimento do município, representando a população.

A Câmara de Parauapebas está na 10ª legislatura e desde a primeira, que foi instalada em 1989 até atualmente, já teve 95 vereadores. A solenidade contou com a presença de ex-vereadores e ex-vereadoras da legislatura atual e das anteriores, além de familiares e amigos dos parlamentares e autoridades.

Reconhecimento e registro histórico

O evento de inauguração iniciou no Plenário João Prudêncio de Brito, com discursos emocionados de vereadores e ex-vereadores. O presidente da Câmara, vereador Anderson Moratorio, destacou que este é um momento de celebração e resgate da história de Parauapebas e do parlamento. Ele, que está em seu segundo mandato na Casa, enfatizou ainda que a atividade parlamentar é fundamental e necessária para a democracia. “Deixo registrado o meu imenso respeito as nossas divergências de opiniões, porque é dessa maneira, através deste processo de busca pela democracia que se controí a política pública”.

Dr. Charles Borges, vereador da 7ª legislatura, fez uma análise do papel do vereador, que tem “uma responsabilidade gigantesca” na garantia por direitos dos cidadãos. “A importância do papel de um vereador é imensurável. A gente luta para ver a máquina funcionar. Ve-re-a-dor é ver a dor da nossa sociedade”.

Kelen Adriana, que foi vereadora na 8ª Legislatura, enfatizou a importância da atuação de cada parlamentar. “Ninguém pode apagar a história de cada um aqui exercida. Todos atuaram para que o desenvolvimento da nossa cidade fosse avançando. Todos que estão aqui hoje é porque tiveram seus méritos, tiveram uma parcela de contribuição para que o nosso município fosse enxergado nos quatro cantos desse país e até fora dele”.

Odilon Rocha, que foi vereador em cinco legislaturas e é pai do vereador Fred Sanção, destacou que sente orgulho da sua história e da trajetória do Legislativo de Parauapebas. “Nossa história é uma história de muito orgulho. Parauapebas tem uma história exemplar e não pode morrer por falta de comprometimento do poder público. Parabéns a todos que contribuíram com a história e a cidadania da nossa cidade”.

Joelma Leite, que foi vereadora na 7ª e 8ª legislaturas, enalteceu a contribuição e o trabalho dos parlamentares por uma cidade melhor. “Cada um tem a sua história, o seu legado, mas, o mais importante de tudo é o amor que todos têm por essa cidade, porque escolheram Parauapebas para viver e aqui constroem suas famílias e suas histórias e com certeza querem o melhor para a cidade”.

Michel Carteiro, vereador da legislatura atual e vice-presidente da Mesa Diretora, parabenizou Anderson Moratorio pela iniciativa. “Temos agora a história registrada e materializada, para todos terem acesso, por toda a vida. Vai deixar marcado o que cada um contribuiu com a cidade e com a população. Parabéns, presidente por essa iniciativa”.

Após os discursos, todos se dirigiram para hall de entrada do Memorial e Biblioteca Legislativa Sônia Côrtes, onde foi realizado o descerramento da placa da Galeria do Vereadores.

Institucionalização

A Galeria dos Vereadores foi criada por meio da Resolução nº 9/2025 e integra o acervo permanente do Museu do Legislativo Dr. Faisal Salmen, vinculado ao Instituto Legislativo da Câmara.

O espaço é permanente e aberto ao público para visitação durante o funcionamento da Câmara de Parauapebas, das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira.

Reportagem: Nayara Cristina / Fotos: Renato Resende / AscomLeg 2025

Linicker Pereira Sousa é nomeado novamente coordenador do Procon de Parauapebas

Advogado havia sido afastado após mandado de prisão expedido no Paraná, mas classifica caso como “arbitrariedade jurídica” e volta ao cargo por decreto do prefeito Aurélio Goiano

O prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano, nomeou nesta terça-feira (30) o advogado Linicker Pereira Sousa para reassumir o cargo de coordenador do Procon Municipal. A decisão foi oficializada por meio do Decreto nº 3880/2025, publicado no Diário Oficial do Município.

Nomeação confirmada

Segundo o decreto, Linicker ocupará novamente a função de Coordenador do Procon Municipal (CCE-3), lotado na Procuradoria-Geral do Município (PGM). O cargo é de provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração pelo chefe do Executivo.

Histórico recente

Linicker havia sido exonerado do mesmo posto após a expedição de um mandado de prisão pela Justiça do Paraná, que o acusava de crimes como formação de quadrilha e furto. O advogado chegou a ser alvo de investigações relacionadas à transferência de valores que teriam origem suspeita.

Em entrevista concedida à Rádio Arara Azul FM, antes de ser nomeado novamente, Linicker classificou sua prisão como uma “arbitrariedade jurídica”, afirmando que a decisão foi revogada logo após ser expedida.

“Foi uma ilegalidade da Justiça do Paraná. Bastaria uma simples intimação para resolver o caso. Sempre estive tranquilo quanto à origem dos valores, que foram recebidos de forma legal a título de honorários advocatícios”, declarou.

Ele ainda criticou a condução da investigação, alegando omissões da Polícia Civil paranaense e destacando que nunca esteve no Paraná, sendo sua única ligação o cliente de Tocantins envolvido no processo.

Nota da Prefeitura à época

Quando Linicker foi afastado, a Prefeitura de Parauapebas emitiu nota oficial esclarecendo que os fatos investigados eram anteriores à sua atuação no serviço público, ainda em 2023, quando ele trabalhava como advogado.

“A Prefeitura de Parauapebas reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e o pleno respeito às instituições”, destacou o comunicado na época.

Retorno ao comando do Procon

Agora, com a nova nomeação, Linicker Pereira Sousa volta a liderar o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) Municipal, responsável por intermediar conflitos entre consumidores e empresas e garantir o cumprimento das normas de defesa do consumidor em Parauapebas.

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