Cidade ocupa o 2º lugar no ranking estadual de criação de postos de trabalho e reforça sua importância para a economia paraense
Parauapebas reafirma sua posição como uma das maiores potências econômicas do Pará. De acordo com levantamento do Dieese/PA, com base em dados do Novo Caged, o município é o segundo que mais gerou empregos formais no estado em 2025 (jan-jul), atrás apenas da capital Belém.
Foram 25.768 admissões contra 22.304 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 3.464 postos de trabalho, à frente de municípios como Marabá (2.602), Santarém (2.223), Barcarena (1.395) e Canaã dos Carajás (1.249).

Ranking dos 10 municípios que mais geraram empregos (jan-jul/2025)
- Belém: +7.629
- Parauapebas: +3.464
- Marabá: +2.602
- Santarém: +2.223
- Barcarena: +1.395
- Canaã dos Carajás: +1.249
- Santana do Araguaia: +1.190
- Marituba: +1.090
- Altamira: +1.003
- Abaetetuba: +892

Setores que impulsionaram o crescimento
O saldo positivo de Parauapebas foi impulsionado pela construção civil (+1.454 vagas), seguida de serviços (+648), comércio (+600), indústria (+573) e agropecuária (+189). Todos os setores da economia registraram saldos positivos, evidenciando a diversidade e dinamismo do mercado local.
Nos últimos 12 meses (ago/2024 a jul/2025), o destaque ficou para o comércio, responsável por 1.077 novas vagas, o equivalente a 56% do saldo total do período.
Além do desempenho no emprego, Parauapebas exibe indicadores econômicos expressivos:
- PIB: R$ 49,8 bilhões
- PIB per capita: R$ 227,5 mil (muito acima da média estadual)
- Salário médio formal: R$ 4.038 (contra R$ 2.769 no Pará)
- Exportações em 2023: US$ 6,7 bilhões, representando 30,2% de todo o Pará
- População estimada: 305.771 habitantes em 2025
- Estoque de empregos formais: mais de 70 mil vínculos ativos
- Área total: 6.886 km², dos quais 5.533 km² de floresta
- Taxa de extrema pobreza (2023): 14,2% (bem abaixo da média estadual de 45,5%)

Raízes e vocação
Emancipado em 10 de maio de 1988, após plebiscito que o desmembrou de Marabá, o município de Parauapebas tem nome de origem tupi, que significa “rio de águas rasas”. Sua formação populacional é resultado de intenso fluxo migratório, impulsionado pela descoberta e exploração de minérios na Serra dos Carajás a partir da década de 1960.
Hoje, a mineração responde por boa parte da economia, com destaque para o minério de ferro, mas também cobre, manganês, níquel e ouro. Grandes investimentos, como os R$ 70 bilhões anunciados pela Vale até 2030, reforçam o protagonismo do município no cenário nacional.
Palavras das lideranças
O prefeito Aurélio Goiano celebrou o resultado e destacou o protagonismo do município: “Estar entre os municípios que mais geram empregos no Pará é motivo de orgulho para todos nós. Parauapebas é uma terra de oportunidades, que cresce, gera renda e atrai investimentos. Mas o que mais nos motiva é saber que esse crescimento representa dignidade para milhares de famílias. Vamos continuar trabalhando para diversificar nossa economia e garantir que o progresso seja cada vez mais inclusivo e sustentável”, afirmou o gestor.
Por sua vez, o coordenador do Sine Parauapebas, Rosiel da Costa Assunção, reforçou a importância da política pública de intermediação de mão de obra: “Temos buscado ampliar o diálogo com empresas e trabalhadores, garantindo que as oportunidades cheguem a quem mais precisa. O Sine tem sido uma ferramenta fundamental nessa gestão para conectar a força de trabalho local às vagas disponíveis”, disse.
Já o secretário de Desenvolvimento, Max Alves, destacou o papel da Seden no fortalecimento da economia: “O Sine está dentro da estrutura da secretaria e temos trabalhado para que ele seja cada vez mais eficiente. Esses números positivos não são apenas estatísticas, mas refletem a confiança das empresas em Parauapebas e o empenho da gestão em criar um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico e social”, ressaltou.