Com capacidade para 306 novas vagas, a obra da Cadeia Pública de Parauapebas, está bastante atrasada e só chega a 50% de execução. Depois de finalizar a estrutura do primeiro bloco de celas, bloco administrativo e cercamento da unidade prisional com um muro de concreto, para a contenção, em todo o perímetro, agora cerca de 35 homens trabalham fazendo rejuntes, construindo camas, prateleiras, escadas e banheiros nos interiores das celas.
A obra é executada pela Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) com recursos do governo do Estado de mais de R$ 4,5 milhões. A construção foi iniciada em 2013, porém houveram paralizações que atrasaram a obra. Agora a previsão é que até dezembro deste ano a nova cadeia pública seja entregue.
Coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), a construção é da empresa terceirizada Arteplan Projetos e Construções Ltda. O projeto estrutural foi executado por engenheiros e arquitetos da secretaria, a partir de um plano de necessidades levantado pela Susipe.
“A obra está em pleno andamento. Atualmente, temos 35 homens trabalhando, entre pedreiros, carpinteiros, ferreiros, soldadores e mestres de obras, mas a expectativa é que, no ápice da edificação, esse número chegue a pelo menos 100 trabalhadores”, afirma o coordenador de Planejamento e Controle de Obras da Sedop e fiscal responsável pela construção, Sérgio Paixão.
Estrutura
O novo centro de detenção, com área de 2.448 metros quadrados, contará com salas de aula e informática, biblioteca, consultório médico e odontológico, enfermaria, além de um bloco exclusivo para visitas íntimas com espaço de convivência. A unidade também vai dispor de dormitórios para agentes prisionais, quatro guaritas de vigilância e gerador próprio. Serão entregues, ainda, duas celas reservadas para portadores de necessidades especiais.
Na nova casa penal, os agentes penitenciários vão fazer o monitoramento dos internos a partir de um andar superior, de onde poderão abrir e fechar celas e eclusas sem o contato direto com o preso. Isso garante maior segurança contra possíveis tentativas de fuga ou motins. Para ajudar na vigilância também está prevista uma sala de monitoramento eletrônico. O modelo já é adotado em outros presídios estaduais e segue as diretrizes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
“Uma das principais melhorias, dentre tantas que vamos ter com a inauguração dessa nova unidade prisional é a localização. Acredito que, por ser mais afastada do centro da cidade, com certeza vai nos dar melhores condições de trabalho e aumentar o nível de segurança, tanto para quem está dentro quanto para quem está fora da cadeia”, garante o diretor da Carceragem de Parauapebas, José Williams Cordeiro.
Atualmente, 15 novas unidades prisionais já têm obras em andamento, nos municípios de Bragança, Marabá, Paragominas, Santarém, Santa Izabel do Pará, São Felix do Xingu, Tomé-Açu e Vitória do Xingu. Até o fim de 2016, cerca de seis mil novas vagas serão geradas no sistema prisional. Este é o maior investimento estrutural para o sistema penitenciário já feito no Pará.
Reportagem: Timoteo Lopes
Fotos: Agência Pará