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Boletim Epidemiológico revela alta nos casos de dengue, chikungunya e zika vírus em Parauapebas

Os casos de dengue, chikungunya e zika vírus foram identificados em todos os bairros de Parauapebas. Como o número de bairros é elevado, foram destacados os que apresentaram maior proporção de casos em 2017, quando foram notificados 1.453 casos suspeitos de dengue, sendo 1.085 (74,67%) confirmados, três casos destes foram de dengue com sinal de alarme. Esse número de casos indica aumento três vezes maior ao que foi registrado no ano de 2016, quando foram notificados 595 casos e confirmados 313. A taxa de incidência é de 536 casos para cada 100 mil habitantes.
O agravo teve maior prevalência em mulheres no ano de 2017, sendo o mesmo perfil apresentado em 2016.

No mesmo ano, foram notificados 1.805 casos suspeitos de chikungunya, sendo 1.452 (80,44%) confirmados. Em 2016, foi registrada quantidade extremamente inferior, com confirmação de apenas 64 casos. A taxa de incidência é de 718 casos para cada 100 mil habitantes. Assim como a dengue, em 2017 o agravo teve maior prevalência no sexo feminino com registro de 57,02% dos casos. A doença é verificada em todas as faixas etárias, com predominância em jovens de 20 a 29 anos.

Também em 2017, foram notificados 106 casos suspeitos de zika, sendo 38 (35,85%) confirmados. Em 2016, esses dados são bem menores, sendo 30 notificações e 15 casos confirmados. A taxa de incidência é de 19 casos para cada 100 mil habitantes. Seguindo a mesma tendência das outras duas doenças, o sexo feminino e a faixa etária de 20 a 29 anos são os parâmetros com maior registro naquele ano.

O bairro Cidade Jardim lidera o número de casos confirmados, 500 no total; seguido pelos bairros da Paz e Tropical com, 288 e 191 casos, respectivamente.
Bairros considerados periféricos como, por exemplo, Altamira, Residencial dos Minérios, Novo Horizonte, Casas Populares I e Vila Rica, foram os que menos apresentaram casos de dengue, chikungunya e zika vírus.

O registro da circulação dos vírus da zika e febre chikungunya foi identificado no município em meados de 2016, quando os primeiros casos foram confirmados por critério laboratorial. A sazonalidade caracteriza o aumento e diminuição de notificação dos casos das arboviroses. No período chuvoso há aumento do número de casos suspeitos, com picos máximos em fevereiro, março e abril, havendo significativa diminuição de casos no restante do ano.

Controle Vetorial

Parauapebas realiza seis vezes por ano o Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), que consiste em demonstrar o percentual de imóveis com presença de criadouros positivos para larvas de Aedes aegypti.
No último levantamento de 2017 e no primeiro de 2018, foram visitados 33 bairros, sendo o bairro Cidade Jardim dividido em duas partes devido ao seu tamanho, totalizando 34.
No 1º ciclo de 2018, foi identificado que 44,12% (15/34) dos bairros apresentaram alto índice de infestação para Aedes aegypti; 32,35% (11/34) estão em situação média de infestação e 23,53% (8/34) apresentam índice satisfatório. Os bairros com maiores índices de infestação foram: Beira Rio, Jardim América, Liberdade I, Rio Verde, Chácaras (Sol, Lua e Estrelas), Casas Populares I, Primavera, Maranhão, Palmares II, Minérios, Guanabara, Betânia, Nova Vida, Bela Vista e Morada Nova.

Já no 6º ciclo de 2017, realizado na primeira quinzena de novembro, indicou os bairros Vale Carajás, Altamira, Novo Brasil, Morada Nova, Liberdade I, Vila Rica, Da Paz, Nova Vida e Bela Vista com a maior presença dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

O combate aos vetores transmissores de dengue, febre da zika e febre chikungunya está sendo realizado com ações educativas e mecânicas nos bairros de maiores a menores índices, com palestras, mutirões em parceria com outras secretarias e associações de moradores, com visitas aos domicílios e remoção de lixo. Os Agentes de Combate às Endemias (ACE) também fazem visitas de rotina, tendo sempre como foco a instrução de como acondicionar depósitos de água e fazer o descarte correto do lixo.

Atitudes simples ajudam a eliminar criadouros

De acordo com especialistas, medidas simples, porém importantes, são eficazes para auxiliar no controle das doenças. Entre elas estão: Encher os pratinhos de plantas com areia; colocar tudo que possa acumular água em um saco plástico, feche bem e jogue no lixo; manter as lixeiras tampadas e secas; nunca jogue lixo em terrenos baldios; guardar pneus em local coberto; lavar com bucha e sabão as paredes internas dos depósitos de água; tampar com telas aqueles que não tenham tampa própria; retirar a água acumulada sobre a laje, e mantenha as calhas d’água limpas; guardar as garrafas de cabeça para baixo; deixe a tampa de vasos sanitários sempre fechada; e em banheiro pouco usados dê descarga uma vez por semana.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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