Em viagem ao Maranhão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que o estado será “libertado da praga” do comunismo. O governador do estado, Flávio Dino, é filiado ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil). O mandatário também comentou sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esta semana admitiu a possibilidade de ser candidato à Presidência em 2022.
Em um ataque direto ao governador do Maranhão e crítico do governo federal, Bolsonaro disse que o comunismo “não deu certo em lugar nenhum do mundo” e que a população do estado “será libertado dessa praga”.
“Dizer a todos do Maranhão que perderam seus empregos, não foi obra do governo federal. Quem fechou o comércio, obrigou vocês a ficarem em casa e destruíram milhares de empregos foi o governador do seu estado”, disse. Em um ataque direto a Dino, o presidente comparou a gestão no local do evento com a de ditadores “conhecidos no mundo”.
“Lá na Coreia do Sul [quis dizer do Norte] é uma ditadura e o ditador não é um gordinho? Na Venezuela também é uma ditadura e não é gordinho o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui no Maranhão?”, declarou em meio a gritos de apoiadores. Dino tem sobrepeso. Ao confundir o nome da Coreia do Norte, regime comandado por Kim Jong-un, Bolsonaro chegou a ser corrigido pelo presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, que estava ao lado, mas ignorou o alerta feito.
Bolsonaro ataca Lula Bolsonaro também voltou a atacar Lula. Recentemente o petista concedeu uma entrevista à revista francesa Paris Match e disse que não hesitará em disputar as eleições presidenciais de 2022 “se estiver na melhor posição” e gozando de boa saúde. “Falando em política, para o ano que vêm, já tem uma chapa formada. O ladrão candidato a presidente e um vagabundo como vice”, disparou. Ao falar do isolamento social, medida adotada por governadores e prefeitos para diminuir a proliferação da covid-19, o presidente disse que “o homem ou a mulher sem liberdade não vive sem liberdade”.
A cerimônia dizia respeito à entrega de ‘títulos de propriedade rural’ pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Também estiveram presentes os ministros da Infraestrutura, Tacísio de Freitas, e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno.