Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Campanha de conscientização alerta comerciantes sobre pratica ilícita no Pará

Estado registra R$ 117 milhões de evasão fiscal com o mercado ilegal de cigarros

Em tempos de discussões acirradas sobre ética na política, o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) realiza campanha na região Norte do país para conscientizar donos de mercados, padarias e bares sobre as consequências de vender cigarros com valor diferente do preço tabelado. Cerca de 3800 mil comerciantes serão impactados com o alerta sobre as punições para este crime, como multa de até R$ 5 mil por mês de descumprimento da Lei e prisão de até 5 anos.

A campanha reforça outra grave consequência da mudança dos valores do produto: o favorecimento do mercado ilegal, pois os consumidores passam a buscar opções mais baratas, abaixo do preço mínimo, provenientes do contrabando. Somente no ano passado, R$ 146 bilhões deixaram de ser arrecadados pelos cofres públicos do nosso país, em setores como tabaco, vestuário e combustível.

Para ter uma ideia do tamanho do problema, nos últimos três anos, o Pará apresentou tanto um aumento no volume e na participação quanto na evasão fiscal. A participação do mercado ilegal de cigarros aumentou de 60% para 66%. Durante o mesmo período, o volume apresentou um crescimento de 6% (passando de 662 milhões para 699 milhões de unidades de cigarros) e o rombo na arrecadação subiu 25% – saindo de R$ 93 milhões e chegando aos R$ 117 milhões na arrecadação em 2017.

O maior volume de contrabando de cigarro vem do Suriname por via fluvial; de eletrônicos, pelo canal do Panamá; e de cocaína, procedente da Bolívia, do Peru e da Colômbia, entrando pelo rio Amazonas.

As principais cidades afetadas por este fluxo são: Redenção; Santarém; Marabá, Belém e Jacareacanga. Por via terrestre são utilizadas as rodovias BR-163; BR-320; BR-153; BR- 010; BR-210; e BR-230. (Fonte: Rotas do Crime – Encruzilhadas do Contrabando – IDESF).

CASE PARAIBA E PIAUÍ

Em dois estados da região, Paraíba e Piauí, os governos locais aumentaram o ICMS incidente no cigarro no intuito de ampliar a arrecadação, mas os efeitos foram contrários aos esperados – o que levou inclusive à revisão da medida e das alíquotas.

Na Paraíba, o aumento deste tributo foi de 27%, em 2015, para 37%, em 2016, e a arrecadação caiu 56%. O mercado ilegal cresceu 26%, passando de 701 milhões para 883 milhões de unidades de cigarros.

Diante dos prejuízos para os cofres públicos e para toda a sociedade, em janeiro de 2017, o Estado voltou atrás e reduziu a alíquota de 37% para 31%. Com isso, a arrecadação manteve-se estável.

Já no Piauí, o estado aumentou o ICMS de 29% para 35% em fevereiro deste ano. E já se notam as consequências negativas: a arrecadação está caindo 10%.

Qual sua reação para esta matéria?
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
Leia também no Portal Pebinha de Açúcar:

Deixe seu comentário