Município minerador figura entre os principais polos empregadores do Pará, com 259 novas vagas em julho; indústria estadual mantém crescimento no acumulado do ano, apesar de retração pontual
A indústria paraense segue apresentando resultados consistentes em 2025 e reafirmando sua importância para o desenvolvimento econômico do Estado. Dados divulgados pelo Observatório da Indústria da FIEPA revelam que, entre janeiro e julho deste ano, o setor cresceu 4,9% em relação ao mesmo período de 2024. Nos últimos 12 meses, a expansão foi ainda maior, chegando a 6,9%, impulsionada por segmentos como fabricação de produtos de madeira (+16,9%), bebidas (+12,9%) e metalurgia (+9,4%).
Mesmo diante de uma retração pontual em julho, quando a produção caiu 2,1% em relação a junho e 4,2% na comparação anual, a indústria do Pará mostra resiliência e capacidade de geração de empregos em diferentes regiões.
Canaã dos Carajás entre os líderes na geração de vagas
No mercado de trabalho, o Estado registrou saldo positivo de 1.842 novos postos formais em julho, somando 10.651 vagas criadas em 2025. Entre os municípios que mais se destacaram está Canaã dos Carajás, com 259 novas contratações, consolidando-se como um dos principais polos empregadores do Pará ao lado de Marabá (216 vagas) e da Região Metropolitana de Belém, que sozinha abriu 349 vagas.
O desempenho de Canaã reforça o papel estratégico do município na economia estadual, especialmente pela influência da mineração e das cadeias industriais associadas. Essa movimentação confirma que a cidade continua sendo um dos motores de geração de renda e oportunidades no sudeste do Pará.
Dinâmica diversificada da indústria
Além dos polos mineradores, outras cadeias também contribuíram para o saldo positivo de empregos. Tomé-Açu, por exemplo, criou 231 vagas, impulsionado pelo agronegócio do dendê. Somente a ocupação de Trabalhador na Cultura de Dendê respondeu por 156 contratações no município.
Em contrapartida, algumas atividades registraram retração. A área de Obras de Montagem Industrial perdeu 411 postos em julho, impactando diretamente funções como a de montador de andaimes (-79).
Oscilações e comparativos
O desempenho negativo de julho acompanhou uma desaceleração observada em outros polos industriais do Brasil, como Minas Gerais (-2,4%) e Paraná (-2,7%), embora em contraste com os resultados positivos de estados como Espírito Santo (+3,1%), Rio Grande do Sul (+1,4%) e São Paulo (+0,9%).
Ainda assim, a trajetória da indústria paraense no acumulado do ano mostra que o setor segue forte, diversificado e com capacidade de criar novas oportunidades, especialmente em municípios estratégicos como Canaã dos Carajás, que se consolida cada vez mais como um dos protagonistas no desenvolvimento econômico da região de Carajás e de todo o Estado.
