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Carajás Instrumental leva espetáculos para Parauapebas e Marabá

Em meio ao cenário de expansão cultural e de novas oportunidades na Região de Integração Carajás, o Projeto Carajás Instrumental nasce com a proposta de promover espetáculos de música instrumental ao vivo com artistas convidados, sem deixar de abrir espaço para a música instrumental produzida na região. Formatado para receber shows intimistas, o projeto estreia nos próximos dias 04 e 05 de outubro, em Marabá e Parauapebas, com participação do músico Ricardo Smith, que apresenta espetáculo em Duo, com violão e piano.

Alinhado à ideia de valorizar a música instrumental produzida no Brasil, sem deixar de dar destaque às produções locais, o projeto pretende oportunizar que o público possa conhecer mais de perto esse nicho que tem uma cena forte no país, mas que nem sempre chega a todas as regiões. Proprietária da Laje Produções, realizadora do Carajás Instrumental, Nayara Castro destaca que o projeto tem o objetivo não apenas de entreter, mas também de dialogar com novas formas de expressão artística. “O Carajás Instrumental surgiu com a carência desse tipo de evento na região. A gente vive a expansão cultural, o enriquecimento do cenário cultural na cidade também, um cenário de oportunidades até educativas mesmo para o público. Então, a gente busca fomentar o gosto pela música instrumental, que muitas vezes não recebe o devido destaque aqui na região”.

A partir da conexão entre artistas locais e de fora, o público poderá vivenciar shows cuidadosamente planejados, acolhedores, envolventes e que, sobretudo, irão promover o contato do público com o melhor da música instrumental. “Esta é a primeira edição do projeto, é um desafio, mas que só tem a agregar à nossa região”.

Idealizador do projeto e responsável pela curadoria dos shows, Jackson Gouveia destaca que mesmo que incialmente em pequeno formato, visto que os shows serão em duo, a plateia que se fizer presente poderá conferir um pouco do melhor da música instrumental paraense e suas conexões com o improviso tipicamente jazzístico. “Para Marabá, os concertos serão de sax e violão, na abertura do espetáculo, e em seguida, violão e piano. Por sua vez, em Parauapebas, os shows serão com guitarra, rabeca e banjo amazônico e a atração principal, violão e piano”.

Jackson considera que, hoje, já vem se notando algumas experiências de promoção e fomento da música instrumental executada ao vivo na região, porém, com pouca ou quase nenhuma projeção do artista local. Exatamente por isso, o Carajás Instrumental já nasce com a proposta de valorizar a cena da música instrumental produzida na região. “A nossa curadoria reside na importante oportunidade que deve ser construída para que o artista local possa se expressar”, pontua. “Eu acredito que o artista local precisa estar no palco, não somente, na plateia”.

LANÇAMENTO
E os shows que marcam o lançamento do Carajás Instrumental já têm data para ocorrer. No dia 04 de outubro, o público de Marabá poderá conferir a apresentação em Duo do violonista e compositor belenense Ricardo Smith e do pianista Daniel Zharbo. O show de abertura ficará a cago dos músicos Dauro Remor e Walkimar Guedes, num duo inédito de violão e sax, e flauta.

Já no dia 05 de outubro, as apresentações ocorrerão em Parauapebas, com show de Ricardo Smith e Daniel Zharbo, e abertura de Cabrali, que vai transitar entre a guitarra e a rabeca durante o repertório que será apresentado, e Aline Lobo, do Coletivo Jamburanas, vai acompanhar com um banjo amazônico. “Com isso, a curadoria pretende apresentar trabalhos de artistas locais fora do comum. É um trabalho de ligar, incentivar e instigar que músicos locais possam se expressar de forma genuína e inédita”, destaca Jackson Gouveia.

Já na expectativa para se apresentar nas duas noites de show, o músico Ricardo Smith adianta o que o público poderá esperar. “Sempre fico bastante animado em apresentar meu trabalho para novos públicos. Ainda mais, se tratando de uma região que faz parte da minha trajetória pessoal. Apesar de já ter feito show em Marabá com outros projetos, o formato atual é muito mais pessoal”, considera. “Nesses shows estarei acompanhado do poderosíssimo piano do Daniel Zharbo, um músico sensacional, que agrega muito de sua experiência de concertista clássico na execução da proposta predominante do meu trabalho, que é a música instrumental baseada nos ritmos tradicionais brasileiros, sobretudo do Norte e Nordeste”.

Ricardo Smith é natural de Belém e iniciou sua trajetória musical integrando bandas de rock a grupos folclóricos. Estudou violão clássico, graduou-se em música e, atualmente, divide a atividade artística com a docência e a pesquisa em música. A sua produção apresenta uma interação entre a música amazônica e elementos de jazz, rock, música clássica. “Considero que as minhas composições são música da Amazônia, com todo o significado diverso que esse termo possa carregar. Há momentos que me aproximo do violão tradicional brasileiro, influenciado por Baden Powell e Sebastião Tapajós. Em outros posso estar mais conectado com o violão clássico ou mesmo ao blues americano. Nesse formato com o piano, que considero uma espécie de música popular de câmara, há muito espaço para improvisações, como no jazz”, apresenta o músico.

E quem quiser conferir essa sinergia musical em cima do palco, já tem compromisso agendado nos próximos dias 04 e 05 de outubro, no Carajás Instrumental.

 

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