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Carimbó pode se tornar patrimônio imaterial dia 11

O carimbó, mais forte manifestação musical da cultura paraense, poderá receber registro como patrimônio imaterial da cultura brasileira. O processo, que está sob análise do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2008, pode culminar com parecer favorável em reunião do próximo dia 11 de setembro, em Brasília, quando o conselho do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI) do Iphan vai deliberar sobre o registro, anunciou a Agência Pará.

Em 2009, a dança do carimbó foi declarada Patrimônio Cultural e Artístico do Estado, por meio da Lei nº 7.345, porque representa as tradições e os costumes locais, passando a ser incluída nos calendários histórico, cultural, artístico e turístico do Pará. O pedido de registro junto ao Iphan foi apresentado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito e associações culturais Japiim, Raízes da Terra e Uirapuru. Desde então, formou-se a campanha “Carimbó: Patrimônio Cultural Brasileira”. Até 2013, o Iphan no Pará acompanhou as pesquisas para identificação do carimbó em diversas regiões do Estado.

Na reunião, não será votado apenas o registro do carimbó: será levado em conta se os bens culturais em questão são referências dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, e se são recriados pelas comunidades e grupos em função do ambiente e da interação com a natureza e a história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

Segundo a superintendente do Iphan no Pará, Maria Dorotéa de Lima, a repercussão na imprensa e nas redes sociais é muito positiva e o reconhecimento do carimbó como patrimônio imaterial brasileiro é de grande importância para a cultura paraense. Após o registro, será estabelecida uma política federal de reconhecimento e valorização do carimbó, além da implementação de um plano de salvaguarda que lhe assegure condições de transmissão e reprodução. “O registro traz também a possibilidade de acesso a recursos por meio de editais específicos de fomento às iniciativas de fortalecimento e divulgação dessa forma de expressão, dando maior visibilidade àqueles para os quais a vida cotidiana é indissociável do carimbó”, explica Maria Dorotéa.

O movimento que coordena a campanha “Carimbó: Patrimônio Cultural Brasileiro” está organizando uma grande festa com a participação de mais de 300 mestres e grupos de todas as regiões do Estado, caso o parecer seja favorável, provavelmente na Praça da República. O pesquisador Isaac Loureiro lembra que a luta começou em 2005, em Santarém Novo, no nordeste paraense, e aglutinou muitas pessoas, culminando com o inventário realizado em várias regiões do Pará. Segundo ele, o apoio da Rede Cultura de Comunicação foi de fundamental importância para a conscientização sobre a importância do registro.

Reportagem: ORM News
Foto: Divulgação

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