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CASO DAYSE DYANA: Delegado Gabriel dá detalhes sobre a prisão do agente de trânsito acusado de feminicídio

Dayse Dayana deixou órfão um filho

“Pelas circunstancias notadas e fotografadas, pela altura e pelo jeito do corpo caído ao chão, entendemos que seria necessária uma perícia de local de crime, uma vez que havia sido noticiado o caso como um suicídio”. Ao afirmar isso, o delegado Gabriel Henrique Costa, Diretor da 20ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas, falava do caso da morte de Dayse Dyana Sousa e Silva, de 35 anos, que teria sido empurrada por seu companheiro, o agente de trânsito Diógenes Samaritano, do segundo andar da casa onde eles moravam no município de Parauapebas, sudeste paraense, fato ocorrido na manhã de domingo (31).

Assim, segundo o delegado, foi requisitado junto ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves uma equipe de perícia. O próximo passo, também de acordo com Gabriel Henrique, foi ligar para o advogado do acusado do possível feminicídio para saber do paradeiro do mesmo; tendo ouvido que não sabia de seu paradeiro e que este havia desaparecido. “Assim, diante da necessidade de encontra-lo para prestar esclarecimentos a respeito do caso, motivo que nos levou a fazer algumas buscas pela cidade. E diante da avaliação das fotos que nos levou ao entendimento que havia sim um crime, o colocamos como foragido da justiça”, detalha Gabriel Henrique, contando que pôs nas ruas vários investigadores, além de pedir apoio da Polícia Militar.

Ainda falando dos detalhes, o delegado conta que notou que os veículos dos advogados estavam, apesar de ser domingo, estacionados no escritório, e que, bem perto dali, havia um veículo que se assemelhava ao de seu alvo. A movimentação no escritório comprova que ali estava acontecendo algo excepcional e um telefonema para um dos advogados regulou como seria feita a prisão e a condução de Diógenes Samaritano, por tratar-se de um servidor público estadual. “Todo este trâmite não significa que foi uma apresentação espontânea, pois, segundo a legislação brasileira, na apresentação espontânea a pessoa não vai presa. Por isso ele foi colocado em audiência de custódia ficando a cargo do Poder Judiciário onde ele seria mantido preso”, explica Gabriel, dando por detalhes que o pedido de manter o preso no Quartel do 23º Batalhão da Polícia Militar foi indeferido pelo comandante, como também não foi transferido para o bloco carcerário do Bairro Rio Verde.

Delegado Gabriel – Titular da 20ª Seccional de Polícia Civil

 

O passo seguinte foi a Audiência de Custódia, foi feito o Auto de Prisão em Flagrante, quando o Poder Judiciário homologou a prisão, o que prova, segundo o delegado, que em nenhum momento houve irregularidades na atuação da polícia civil. Atualmente Diógenes Samaritano está no bloco carcerário do Bairro Rio Verde. “Ressaltamos que em nenhum momento o advogado entrou em contato com a autoridade policial informando que queria entregar seu cliente, ele foi descoberto dentro de seu escritório. E conforme diz a lei, não trata-se de um consulado, podendo ser revistado com mandato de busca e apreensão ou ser invadido para fazer uma prisão; e é o que a gente faria se não tivesse sido entregue”, resume Gabriel Henrique, detalhando que o inquérito está em trâmite e junto a este, o estudo para saber se os advogados também serão indiciados por favorecimento do cliente já que foi um deles quem buscou Samaritano no local onde ele deixou o veículo particular, levando-o para seu escritório, crime previsto no Código Penal, se tem como objetivo esconder a pessoa depois de ter cometido um crime.

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