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Casos de mortalidade materna têm redução de 24% no Pará

Para Hélio Franco, coordenador do Comitê, vários fatores implicam nesta questão, entre eles, os sociais, os políticos e, principalmente, os geográficos. “Muitas mulheres não levam o pré-natal a sério ou então encontram dificuldades de acesso e burocracias na hora do atendimento básico”, pontua o coordenador. A maioria dos óbitos acontece na faixa etária entre 20 e 29 anos.

Desde 2012, o Comitê Estadual de Prevenção à Morte Materna vem realizando o Fórum Perinatal da Região Metropolitana de Belém. O evento serve de espaço para a discussão de assuntos que envolvem a mortalidade materna. Todas as secretarias de saúde, os conselhos municipais de saúde, o Ministério da Saúde e as maternidades (privadas e públicas) se reúnem, pelo menos uma vez ao mês, para apresentar programas de conscientização e os resultados do Comitê de Vigilância do Óbito.

O principal objetivo deste trabalho é investigar os motivos destas mortes e buscar soluções para diminuir estas estatísticas. Há uma cobrança do estado em relação aos municípios quanto ao registro correto dos obituários, pois é desta forma que se consegue planejar ações em cima de dados concretos e motivos reais. “A mortalidade materna deve ser vista como um problema social também. Ao perder a mãe, as crianças órfãs ficam mais vulneráveis à sociedade, ficam mais expostas ao abandono dos estudos, da família”, acredita Franco.

Prevenção

O pré-natal é a parte mais importante de uma gravidez. É através dele que a mulher tem o acompanhamento correto da sua gestação. Os exames oferecidos nesta etapa ajudam a prevenir e cuidar de doenças, aparentemente simples, mas que podem matar. Durante as consultas, os médicos verificam a pressão, índices de infecção, possíveis anormalidades nas crianças, problemas cardíacos, dentre outros fatores.

No Brasil, a principal causa de morte materna está ligada à falta de cuidado com a mulher no pós-parto, havendo inúmeros registros de hemorragias. Já no Pará, é a infecção que mais mata gestantes, tanto no pré quanto no pós-natal. “Poucas mulheres sabem, mas é preciso continuar o acompanhamento médico, pelo menos até os 40 dias após o nascimento da criança. Esta fase também é crítica e pode trazer muitas complicações. É preciso fazer a chamada revisão puerperal”, explica a médica obstetra da Santa Casa, Belinete Cruz Fontes.

O acompanhamento pré-natal deve começar a partir do momento em que a mulher descobre a gravidez, mesmo que isso aconteça com a gestação já bastante desenvolvida. De acordo com Hélio Franco, 95% dos óbitos maternos são evitáveis, pois para realizar o pré-natal não é necessária muita tecnologia. “Basta uma balança, um aparelho de ultrassom, um aparelho de pressão”, explica.

Experiente no quesito maternidade, a dona de casa Layse Miranda, 22 anos, está à espera do seu quarto filho. Aos sete meses de gravidez, ela garante que vai, desde os três meses, para as consultas do pré-natal todos os meses. “Se a gente não for, a gente corre um risco muito grande, não só a mãe, como o filho também”, opina.

Joelza Fernandes, 19 anos, já está na contagem regressiva para a chegada do primeiro filho. Com nove meses e dez dias, ela diz estar bem segura para este grande momento. “Estou feliz em ver que está tudo bem e que o bebê pode chegar tranquilo”, comemora.

Reportagem: Bianca Teixeira

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