De acordo com informações da administração dos dois cemitérios existentes em Parauapebas, em média 20 mil a 25 mil pessoas passaram pelos respectivos locais. O motivo é a tradicional visita no Dia de Finados, celebrado no último sábado, dia 2 de novembro.
A tradição nacional aquece o comércio de insumos específicos, velas, flores (naturais e artificiais), coroas etc., além da mão de obra de pedreiros e zeladores que realizam reformas e limpeza nos túmulos, que já se aproxima de 10 mil, só no Cemitério Jardim da Saudade, localizado na Rodovia Municipal Faruk Salmen. “Costumo fazer uns bicos aqui nos dias que se aproxima e até no Dia de Finados”, contou Amauri dos Santos, pedreiro, visto trabalhando em um túmulo enquanto as pessoas caminhavam de um lado para outro em busca do túmulo do familiar.
A movimentação se concentrou mais neste citado cemitério, por ser mais novo, tendo os familiares dos sepultados mais presentes. Onde foram, inclusive celebradas três missas, sendo respectivamente celebradas às 8 horas, 10 horas e 16 horas.
“É um momento em que nos unimos pela nossa fé para rezarmos por aqueles que nos antecedeu; pedindo para que Deus seja misericordioso para com suas almas e encontrem o descanso”, explica Hudson Rodrigues, pároco da Paróquia Cristo Rei, esclarecendo ser esse um momento mais para os vivos que buscam o conforto de Deus para cujo momento que nunca estamos preparados.
Mas, não foram apenas os mortos que foram lembrados no Dia de Finados. Muitas iniciativas vindas de denominações religiosas foram notadas naquele local, fazendo evangelização através da distribuição de folhetos, com pregação em caixa acústica e ainda com ação social através da oferta de serviços de saúde como, por exemplo, aferição de pressão, teste de glicemia, massoterapia, atendimento psicológico e psiquiátrico.
Os materiais comercializados pelas floristas são feitos de maneira artesanal, tendo a dedicação de longos períodos que antecedem o Dia de Finados, o que envolve várias pessoas aquecendo a renda familiares. “É como uma safra que esperamos todos os anos. Muitas pessoas não deixam para comprar de última hora, já nos procurando com antecedência. Muitos dos clientes até encomendam material específico e a gente trabalha certo da venda”, explica a artesã Maria Aparecida, contando que antes mesmo do dia já tem o faturamento garantido.