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COLUNA DO ALÍPIO RIBEIRO: O que é o amor?

Alípio Ribeiro - Colunista

Já disse e repito que deverei publicar, a pedidos de vários amigos, um livro neste ano. Digo isto porque me exponho nas redes sociais com a intenção de divulgar meus escritos, poemas, poesias, crônicas. Poesia é uma coisa, poema é outra. Claro, nenhum escritor possui só leitores que o amam. Muitos leem para poder criticar.

Quando passamos por momentos que afetam nossos sentimentos, seja da maneira que for, ficamos sensíveis e mais inspirados a escrever. No entanto, nem tudo o que o “eu-lírico” escreve é aquilo que o poeta sente.

Hoje, estou sendo afetado pelo amor. É possível, para quem ama, deixar a pessoa amada? Claro que sim. As circunstâncias nos obrigam a tomar decisões, mesmo afetando quem amamos. A mãe que ama o filho, acima de tudo, pode decidir entregá-lo para a justiça se souber de um crime cometido por ele. E as pessoas amam de formas diferentes, com intensidades diferentes. Sim! Temos um amor maior por uns que por outros! Já assistiram àquele filme “O anjo malvado”, com Macaulay Culkin? Nele, os filhos amados ficam pendurados em um precipício. Surge a mãe, muito devotada, e tenta segurá-los. Ela sabe que só conseguirá salvar um. Pensa até em se jogar com eles no precipício. No entanto, escolhe quem salvar.

Numa história de amor entre duas pessoas, quando uma decide partir, ainda mais dizendo amar quem fica, o que pode ser pensado deste amor? E quem ama intensamente, em nome deste amor, deve deixar a pessoa amada partir? Será o amor algo que incomoda? No começo, e este começo pode durar anos, é muito ruim. É péssimo amar demais, se dar, se oferecer, saber-se o esteio de uma pessoa que sabe disto também, e, mesmo assim, ter que aceitar a partida. Ainda mais quando parte sem brigas, ofertando uma amizade. Penso ser a pior das separações! Fica um vazio e um sentimento de impotência muito grande.

Então, o que é o amor? O amor é um sentimento muito bom quando existe a reciprocidade. Se não, não é perfeito, mas não deixa de ser amor. Não se inclui aqui o amor de Jesus por nós, incondicional! Falo do amor dos mortais comuns. Aquela conversa: “Estou te deixando, porque te amo demais, e não quero que você sofra!” Ahn? Alô! Produção! Dá uma ajuda aqui! E o pior é que já fiz isto! Já amei muito uma pessoa e tive que acabar o relacionamento porque eu sabia não ser o melhor para ela. Resultado: hoje ela me agradece! O que aconteceu?

Namorei uma mulher e a amava. Surgiu a oportunidade de ela ir para o exterior. Ela não queria, pois dizia me amar! Mas era o futuro dela em jogo. Ela não poderia perder aquela chance! Então a convenci a aceitar a bolsa. Vá! Ela foi. Ficamos uns 06 meses nos correspondendo, não tinha whatsapp na época. Aí, comecei a namorar outra pessoa. Depois, ela também se envolveu com outro. E tudo ficou bem. Ficou?

Amor é um sentimento bom. Traz só coisas boas. No entanto, produz, inconscientemente, muitas coisas ruins! Como assim? Ora, se você ama muito alguém e este alguém está doente ou distante, você sofre também. Aí você retruca: “mas não sofro por amor, sofro pela doença, pela distância!” Ok! Concordo! Mas quem produziu o sofrimento? Se não houvesse amor, você estaria sofrendo?

Então, o amor é um sentimento próprio. Se for recíproco, será completo. Se não, não deixa de ser amor. Eu amo aquela música, amo as estrelas, a natureza, eu amo você, meu amor!
Já tem gente que ama cachaça, maconha, fazer mal a outros. Que ama bandido, assassino, pessoas ruins… Talvez seja melhor não amar!

E você? O que você ama? Já sofreu por amor?

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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