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Coluna do Lima Rodrigues – 11 de fevereiro de 2021

A Expozebu 2022 será realizada de 30 abril a 8 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG)

Expedição Brangus visita pecuaristas no Pará e no Maranhão

Com o objetivo de divulgar e fortalecer a raça Brangus na região norte do país, a Expedição Brangus visitou algumas cidades do Pará e Maranhão, no período de 30 de janeiro a 6 de fevereiro.

Em Belém, os integrantes da Expedição Brangus participaram reunião-jantar na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA). “Entre os assuntos que estiveram na pauta, estava o desenvolvimento da pecuária paraense, além do potencial de crescimento do setor primário no estado. Outro tema presente foi a participação da raça Brangus nesse contexto, agregando qualidade na produção de carne. A FAEPA se manifestou totalmente disponível para as ações priorizadas pela ABB”, disse o Executivo da Associação Brasileira de Brangus, Roberto Gracellé.

Lima Rodrigues, Mateus Danda, o presidente do Sinrural, Afonso Danda, o pecuarista Luís Paulo Malmann, e Roberto Gracellé e João Paulo Schneider – “Kaju”, da Associação Brasileira de Brangus

 

A equipe da ABB visitou a Fazenda Paysandu e o Haras Tauari, do pecuarista Mâncio Lima, que “se dedica na pecuária de corte tradicional e está investindo na formação de núcleo Brangus, iniciando um novo rebanho”, destacou Gracellé.

Em seguida, houve visita à Fazenda Rio Branco, no município de São Miguel do Guamá, tradicional selecionadora de Nelore de qualidade na região. A equipe da ABB foi recebida pela produtora Márcia Centeno. Segundo Gracellé, “a propriedade vem investindo no uso da genética Brangus para a produção de carne de qualidade, atendendo diversos canais: mercado premium de Belém e mercados nacional e internacional”.

No dia seguinte, a primeira visita ocorreu na Fazenda Carioca, do pecuarista Altair Burlamaqui, criador de Brangus e produtor de carne de qualidade no município paraense de Castanhal. Depois, a Expedição esteve na fazenda Três Marias, em Ipixuna, do pecuarista Zoroastro Júnior, cuja família é tradicional criadora de Brangus. Em seguida a Expedição Brangus  foi para a Fazenda Mutirão, do agropecuarista Carlos Eduardo Ribeiro do Vale, o “Cadu”, em Paragominas e, posteriormente, para Marabá, também no Pará, onde houve reunião no Sindicato dos Produtores Rurais do município, com a presença do presença de lideranças ruralistas e produtores rurais.

Imperatriz

No sábado, dia 5 de fevereiro, a reunião foi realizada no Sindicato Rural de   Imperatriz (MA), e foi aberta com a saudação do presidente do Sinrural, Afonso Danda, que se disse honrado em receber a Expedição Brangus. “Nos sentimos lisonjeados com a visita da Expedição Brangus, para falar sobre essa raça que tem precocidade, rusticidade e produtividade com rendimento de carcaça. No Maranhão, fomos a primeira cidade visitada pela Expedição Brangus, demonstrando com isso que o Maranhão e Imperatriz fazem parte da nova fronteira do agronegócio brasileiro”, afirmou Afonso Danda, em entrevista ao programa Conexão Rural.

Força do Brangus

Em seguida, o Executivo da Associação Brasileira de Brangus, Roberto Gracellé, falou sobre os objetivos da visita dos representantes da ABB; da força do Brangus e da importância de divulgação da raça na região tocantina. “A ideia é estar presente onde essa fronteira pecuária está localizada para falarmos mais sobre a raça Brangus, ainda desconhecida para alguns produtores rurais. A Expedição Brangus nos permite falar mais sobre a raça com suas possibilidades técnicas e produtivas, como ferramentas para a pecuária competitiva”, disse Gracellé, acrescentando que “a ABB participará da Expoama, de Marabá, e da Expoimp, de Imperatriz”, cujas freiras estão previstas para serem realizadas em julho deste ano. E destacou: “Não só levar os animais Brangus para as feiras, mas palestras e debates técnicos sobre a raça no Pará e no Maranhão”.

  • Gracellé disse ainda que a raça Brangus vem crescendo no Brasil nos últimos anos. “Houve um crescimento de 28% em 2021 em base de sêmen. É a terceira raça que mais cresceu no Brasil, atrás das raças Nelore e Angus. Aproveitamos para sugerir aos produtores rurais para assistirem, inclusive já divulgados no Conexão Rural, os vídeos sobre o Manifesto Brangus, que apresentam a adaptabilidade da raça nos seis biomas brasileiras (Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal), graças à sua precocidade sexual e encurtamento do ciclo de produtividade e qualidade da carne”, afirmou.

Hospitalidade

O vice-presidente de Marketing da ABB, João Paulo Schneider, o “Kaju”, agradeceu a hospitalidade e receptividade dos produtores rurais do Pará e do Maranhão e destacou a força da raça Brangus no Brasil. “Vamos devagar, mas estamos fazendo ações em todo o país para divulgarmos e consolidarmos o Brangus em todo o Brasil. Este trabalho está sendo muito bem feito pela ABB”, declarou.

De Imperatriz, a Expedição Brangus seguiu para Porto Franco, onde visitou a fazenda do pecuarista Caio Junqueira, outro pioneiro na criação de Brangus no Maranhão. “Foram reuniões interessantes com dirigentes ruralistas e produtores interessados na raça, ou seja, na oportunidade de desenvolvimento da pecuária nacional”, afirmou Kaju, em entrevista ao Conexão Rural.

Futuro promissor

Kaju disse ainda que “a raça vem vivendo bons momentos nos últimos quatro anos, ainda falta bastante trabalho, mas o futuro é promissor para aqueles que acreditam nesse desenvolvimento do Brangus no Brasil”.

Luís Paulo Malmann

O pecuarista Luís Paulo Malmann, criador de Brangus em Balsas, no Maranhão, falou sobre a experiência dele com a raça e disse estar satisfeito com os resultados obtidos com a venda do sêmem do Brangus. “Começamos a criar o Brangus há quase 4 anos e estamos satisfeitos com os resultados, devido à sua adaptabilidade, rusticidade e qualidade da carne. Trabalhamos com confinamento e nossa genética vem crescendo bastante nos últimos anos”, frisou Malmann. “O cruzamento industrial do Brangus vem para somar, junto com o Nelore, devido a sua carne de qualidade”, disse o pecuarista”.

O pecuarista Luís Paulo Malmann vem obtendo bons resultados com a produção de Brangus na Fazenda Fernanda, em Balsas (MA)

 

Sobre a visita da Expedição Brangus, Luís Paulo Malmann, afirmou que “isso fortalece a raça no Maranhão, já que tem muita gente querendo tecnologia de qualidade com o Brangus”. E concluiu: “Valeu a pena a visita da Expedição Brangus ao Maranhão. O Brangus veio para ficar e fincar o pé no Maranhão e no Pará”.

Argolo

O zootecnista e técnico da Associação Brasileira de Brangus, Roberto Argolo Maciel, falou sobre as qualidades da raça Brangus, com destaques para a rusticidade, precocidade sexual e qualidade da carne.

Sérgio Belmiro

O ex-secretário de Agricultura do Maranhão e atual secretário executivo da Aprosoja Maranhão, Sérgio Belmiro, prestigiou a reunião e destacou “a importância da raça Brangus para o fortalecimento da pecuária no estado”.

Carne

Após as palestras, o pecuarista Luís Paulo Malmann fez demonstração sobre as qualidades da carne do Brangus, considerada uma das melhores do mundo, explicando sobre várias peças de picanha, patinho, maminha, entre outras.

E em seguida os participantes, familiares e convidados saborearam a deliciosa carne de Brangus em um almoço de confraternização na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Imperatriz.

Relembrando o surgimento do Brangus no Brasil

Conforme já disse aqui na coluna, mas sempre é bom ressaltar, a raça Brangus é o resultado de um experimento entre o cruzamento do Angus e do Zebu, realizado por técnicos norte-americanos do Departamento de Agricultura de Jeanerette em 1912, no estado de Louisiana, usando o Brahma. Na mesma época, pecuaristas de Oklahoma, no Texas, e do Canadá também passaram a fazer acasalamentos semelhantes. O objetivo dos cruzamentos era a criação de um animal que apresentasse altos índices de produtividade mesmo criado em condições de clima e meio-ambiente adversas, típicas das regiões tropicais e subtropicais.

No Brasil, os cruzamentos começaram a ser feitos na década de 1940 por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Bagé/RS. Inicialmente o resultado do cruzamento foi batizado de raça Ibagé pelos técnicos da época. Alguns anos depois, em função do cruzamento ser o mesmo alcançado nos Estados Unidos, o nome da raça passou a ser Brangus Ibagé, até que se tornou apenas Brangus, anos mais tarde.

O Brangus é uma das raças sintéticas que mais possui diversidade de selecionadores dentro de outros países além do Brasil, como a Argentina, o Paraguai, os Estados Unidos, o México, o Uruguai, a Bolívia, o Panamá, a África do Sul, o Canadá, a Colômbia e a Austrália.  (Fonte: Associação Brasileira de Brangus – ABB).

Destaque do Conexão Rural

A visita da Expedição Brangus ao Pará e ao Maranhão  é  destaque do Conexão Rural deste fim de semana.  Já disponível no nosso canal no you tube Conexão Rural Brasil.

Com novidades para neloristas, Expozebu 2022 está com inscrições abertas

Os criadores de Nelore e Nelore Mocho já podem inscrever seus animais na 87ª edição da Expozebu, a maior exposição das raças zebuínas do mundo, promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Esse é o primeiro passo para participar do evento, programado para 30 de abril  a 8 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). A exposição deste ano contará com novidades para a raça, como um novo campeonato e a tabela de peso máximo.

Criado no ano calendário 2020/2021 do Ranking Nacional, o “Campeonato Matriz”, no qual participam fêmeas entre 36 e 42 meses, será disputado pela primeira vez na Expozebu. Os campeonatos para os machos permanecem até os 30 meses. Outra novidade é a incorporação de uma tabela de pesos máximos, a partir de proposta da ACNB, que agora vale até os 16 meses de idade dos animais.

“A tabela de pesos máximos pode ser uma referência para a criação dos animais, em um processo em que o peso não se torna um fator de comprometimento da funcionalidade e do potencial da raça, mas sinaliza alguns limites de uma biologia funcional”, destaca Rivaldo Machado, presidente da ABCZ.

O presidente destaca que “O Campeonato Matriz foi criado com o propósito de promover um julgamento privilegiando a pureza racial combinada com funcionalidade, entendo a importância dessa avaliação já que as fêmeas formam a grande base de muitos rebanhos”.

Inscrição

O valor da inscrição até 4 de março é de R$ 350,00 para associados da ABCZ e R$ 700,00 para os demais pecuaristas. De 5 de março até 8 de abril, as taxas sofrem reajuste para R$ 400,00 (associado) e R$ 800,00 (não associado). Para quem fizer inscrições do dia 9 de abril até 22 de abril, que é o último dia, os valores são de R$ 450,00 (associados) e R$ 900,00 (não associados).

Voltando a acontecer presencialmente após 2 anos, a Expozebu 2022 tem concentrado grandes esforços da ABCZ para que seja uma edição histórica. É o que afirma Rivaldo. “Estamos desenvolvendo um projeto inédito para a feira. “Estaremos presencialmente, mas não deixaremos de usufruir do que o virtual tem de melhor: o alcance internacional”.

“A 87ª edição da Expozebu será presencial. Convidamos os neloristas a participar e, mais uma vez, mostrar a força da nossa raça. Trata-se de uma grande exposição oficial do Ranking Nelore e Nelore Mocho”, finaliza o presidente da ABCZ. (Texto Comunicação – São Paulo).

 

 

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