Ministra Tereza Cristina encerra viagem ao Oriente Médio com abertura de mercado para produtos brasileiros
Após lutar e conseguir abrir o mercado chinês para 25 plantas frigoríficas, incluindo os estados do Pará e do Tocantins, com o apoio do ministério das Reações Exteriores e da Embaixada do Brasil em Pequim, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi mais longe lutar pela abertura de novos mercados para a carne brasileira. Agora, ele percorreu o Oriente Médio e obteve bons resultados.
Comitiva liderada pela ministra viajou para quatro países árabes: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos
Entre os dias 11 e 23 de setembro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) liderou missão ao Oriente Médio. A comitiva passou por quatro países: Egito, Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos.
Nesse período, a ministra reuniu-se com autoridades de governo e empresários. Foram anunciadas novas importações de produtos brasileiros, como lácteos, frutas, mel e castanhas. Tereza Cristina encontrou-se ainda com investidores para discutir oportunidades de negócios em obras de logística no Brasil, que visam tornar o agronegócio mais competitivo.
Em 2018, as exportações agropecuárias para 55 países árabes somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro. O comércio pode crescer ainda mais com investimentos e negócios em toda a cadeia produtiva, como maquinário, estocagem, tecnologia e inovação.
Egito
No Egito, a ministra Tereza Cristina anunciou a abertura do mercado para produtos lácteos brasileiros. Aguardada desde 2016, a entrada dos produtos do Brasil poderá atingir um mercado de 100 milhões de consumidores.
Arábia Saudita
Na Arábia Saudita, a ministra Tereza Cristina finalizou acordos que ampliam a pauta exportadora de produtos do agronegócio brasileiro ao Reino. Foram autorizadas pela SFDA, autoridade sanitária saudita, as compras de castanhas, derivados de ovos e a ampliação do acesso a frutas brasileiras. Somados, os produtos representam um mercado potencial superior a US$ 2 bilhões.
Kuwait
O Brasil poderá exportar mel para o Kuwait. Durante a visita da ministra, o governo daquele país anunciou a abertura do mercado para o mel brasileiro, uma autorização que era aguardada desde 2016. Para viabilizar o intercâmbio, o governo do Kuwait concluiu a certificação sanitário do mel.
As exportações brasileiras para o Kuwait, em 2018, foram de US$ 209,4 milhões, o equivalente a 215.463 toneladas.
Emirados Árabes
No último país da missão ao Oriente Médio, a ministra apresentou oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil, visando solucionar gargalos enfrentados pelo agronegócio. Durante reuniões em Abu Dhabi, foram detalhados empreendimentos previstos no Programa de Parcerias de Investimento (PPI).
Entre projetos apresentados estão a Ferrogrão e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, corredores ferroviários que serão importantes para o escoamento da produção de grãos e transporte até os portos. Em março, o Brasil e os Emirados Árabes assinaram um acordo com o objetivo de estimular, simplificar e apoiar investimentos bilaterais.
Quatro frigoríficos do Pará já estão exportando para a China, o maior mercado de carne bovina do mundo.
Vale a pena voltar um pouquinho no tempo e lembrar que o anúncio oficial da abertura do mercado chinês para mais 25 plantas frigoríficas do Brasil, incluindo quatro do Pará, foi feito dia 10 de setembro pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, após receber dia 9 de setembro o comunicado do GACC, órgão sanitário chinês.
O número de plantas frigoríficas habilitadas passou de 64 para 89, de acordo com o ministério da Agricultura. Dos novos estabelecimentos habilitados, 17 são produtores de carne bovina, seis de frango, um de suíno e de um de asinino, isto é, carne de jumento.
Além da ministra Tereza Cristina, o governador do Pará, Helder Barbalho, também teve um papel muito importante nesta luta pela abertura do mercado chinês para a carne paraense.
Do Pará, foram habilitadas quatro plantas frigoríficas para a exportação de carne para a China: Frigorífico Rio Maria, da cidade de Rio Maria, no sul do estado; Master Boi, de São Geraldo do Araguaia; Mercúrio Alimentos, de Castanhal, e Frigol, de Água Azul do Norte, no sudeste paraense.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Pará, o Sindicarne, o estado tem 38 indústrias com inspeção, sendo que dessas 18 estão adequadas para exportar e que juntas comercializaram no ano passado 500 mil toneladas de carne e geraram mais de 15 mil empregos diretos e cerca de 70 mil indiretos.
Ainda segundo o Sindicarne, antes da Egito, os maiores importadores da carne paraense eram o Egito e Hong Kong. E a previsão é que até o final deste ano sejam exportadas para a China 60 mil toneladas de carne pelos quatro frigoríficos habilitados pelo GACC, o órgão sanitário chinês.
Conexão Rural
O programa Conexão Rural do próximo domingo traz uma reportagem especial sobre a abertura do mercado chinês para a carne paraense, os bastidores do Leilão do Grupo Rio Vermelho (Família Quagliato) em Xinguara (PA) e a música do cantor sertanejo goiano Marcondes Marques.
O Conexão Rural pode ser visto no site www.pebinhadeacucar.com.br
José Neves em cordel – Por Lima Rodrigues

Parauapebas e o Pará
Perderam um grande jornalista
José Neves nos deixou dia 21
Depois de muita conquista
Era um excelente profissional
Uma pessoa de elevado astral
Fazia muito bem uma entrevista.
Xxx
Neves nasceu em Santa Luzia do Tide
No pujante estado do Maranhão
Estava em Parauapebas há 14 anos
Considerada sua cidade de coração
Um homem de muita humildade
De extraordinária capacidade
Que transmitia tudo com emoção.
Xxx
Órfão de pai e mãe
Ajudava as irmãs a criar
Era carinhoso com todos
Com as crianças sabia brincar
Transmitia paz e alegria
Em tudo que o fazia
E eventos sabia apresentar.
Xxx
O pulmão dele não resistiu
A uma bactéria malvada
Que levou nosso amigo
Sua vida foi cortada
Agora é só saudade
De todos na cidade
Nossa alma está abalada.
Xxx
Suas reportagens eram belas
Falavam sobre natureza
Mineração e ecoturismo
Corrupção e riqueza
Meio ambiente e educação
Fazia tudo com dedicação
Sem esquecer a pobreza.
Xxx
Defendia o nosso samba
E era defensor cultural
Lutou pela classe jornalística
A ética era primordial
Sabia fazer amizade
Com muita humildade
Para isso tinha moral.
Xxx
Esta é uma simples homenagem
De um amigo e admirador
Que ficou triste com sua partida
A notícia causou muita dor
Na gastronomia era talentoso
Fazia cada prato saboroso
E eras um grande cantor.
Xxx
Vai com Deus meu amigo
Obrigado por ter me entrevistado
Sobre o lançamento do meu livro
Minha obra ter divulgado
Dono de um texto brilhante
No jornalismo eras gigante
Para sempre serás lembrado.
Parauapebas, 24 de setembro de 2019
Com o abraço do amigo
Lima Rodrigues