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Com mais de um ano de inaugurado, Centro de Abastecimento não atrai clientes

“Um espaço dentro dos padrões de higiene, limpeza, acessibilidade e conforto para receber os feirantes e consumidores. Assim é o Centro de Abastecimento de Parauapebas (CAP)”

Qualificação dada à estrutura oferecida e entregue aos feirantes no dia 10 de maio do ano passado, 2014. Com dois pavimentos, 311 pontos comerciais, sendo 200 destinados aos produtores rurais para venda de hortifrúti, legumes e frutas; 64 boxes para vendas de peixes, carnes, frango e caranguejo; 40 salas para os mais diversos ramos, como praça de alimentação, casa lotérica, correios, bancos e auditório.

O espaço realmente é de estrutura adequada para atender a milhares de consumidores e os planos eram grandes e enchiam os olhos dos feirantes e da população que viam na estrutura, local adequado para se iniciar um novo tempo em Mercado Público. Porém um ano depois a realidade é bem diferente e os feirantes só apresentam reclamações.

Baiana, como é popularmente conhecida, é pioneira na venda de pescados em Parauapebas, diz que a única solução é ter todos no mesmo local. “Estamos divididos com o peixe e a carne aqui e outros produtos lá na antiga feira. As pessoas querem comprar tudo em um só lugar, então é preciso que se juntem aqui os produtos”, sugere ela, que reclama ainda do volume de vendas que, segundo ela, caiu assustadoramente, gerando prejuízos e dívidas.

Galego é outro vendedor de peixes que não tem boas notícias a dar. “Nossa situação aqui tá muito difícil. Todos nós, tanto peixeiros como também o pessoal da carne e verduras estamos endividados por causa do baixo volume de vendas. A estrutura é muito boa, mas o povo não entra. Precisamos que o Poder Público olhe por nós que estamos completamente abandonados”, relata o comerciante, denunciando que não foram cumpridas as promessas feitas pelo governo que era de levar para o local mais estruturas; e enumera: Caixa eletrônico, Banco do Povo, Casa Lotérica, Agência dos Correios, terminal do transportes público de passageiros e rotatória na Rodovia Faruk Salmen. Coisas que, em sua opinião, atraem o povo para o local.

O presidente da Cooperativa dos Feirantes, Antonio Silva, afirma que a solução é trazer todos os feirantes para um mesmo lugar. “A partir da vinda de parte dos feirantes para o CAP os prejuízos têm sido altíssimos com perdas total em mercadorias perecíveis como, por exemplo, peixes”, reclama Antonio, assegurando que se continuar assim as portas serão fechadas breve. Ele elogia a estrutura, bonita e moderna, mas reclama que de nada adianta sem os clientes.

Situação atual

Vários equipamentos como, por exemplo, freezer e câmaras frias estão disponíveis nos boxes destinados ás vendas de peixes e outros produtos que precisam ser mantidos em baixas temperaturas, porém estão sendo consumidos pela ferrugem e pode se tornar inutilizável caso não recebam outro destino.

Até agora apenas uma pequena parte dos feirantes aceitou a remoção para o local e a antiga Feira do Produtor está lá, firme e forte, e em seu redor, na Praça dos Metais, os feirantes que comercializam roupas não parecem estar com planos de sair dali. Outro ponto que já foi até alvo de Mandado Judicial que determinava sua remoção, é o conhecido “Pé Inchado”, restaurantes que, segundo o parecer judicial, tem sido área de comércio de entorpecentes já tendo ocorrido por ali homicídios.

Reportagem e fotos: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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