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Comandante comemora bons resultados do 23º BPM no combate à criminalidade

Tenente Coronel Gledson | Comandante do 23º BPM

O ano de 2021 começou com bons resultados para o 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que tem sede em Parauapebas, já tendo feito, só no mês de janeiro, 217 prisões sendo várias delas de traficantes; no mesmo período foram apreendidas 9 armas de fogo, além de ocorrer 13 intervenções policiais com resultado de óbitos dos criminosos que reagiram contra os policiais.

“No ano de 2019, quando assumi o comando deste Batalhão em janeiro, baixamos todos os índices de criminalidade, em comparação ao ano anterior. Repetimos o feito também em 2020, em relação a 2019, na área em que atua o 23º Batalhão da Polícia Militar, que compreende Parauapebas, Curionópolis, Eldorado do Carajás, Canaã dos Carajás e vilas dos respectivos municípios”, conta o Tenente Coronel Gledson, comandante do 23º BPM, detalhando que em 2020 o alvo prioritário da PM foi o tráfico de entorpecentes, sendo um ano em que as apreensões de drogas e prisões de usuários e traficantes se tornaram rotineiras.

Conforme traçado pelo comandante, há muitos jovens e adolescentes envolvidos com a criminalidade em Parauapebas, muitos deles compondo o quadro de facções e cometendo crimes bárbaros o que foi visto publicamente em vídeos de decapitação de rivais. “Isso ocorre por vários fatores”, avalia Gledson, afirmando ser pela fragilidade na legislação, sendo que o adolescente sabe que a punição para um ATO INFRACIONAL cometido por ele é bem mais brando do que um crime cometido por uma pessoa maior de 18 anos; além de que as facções no interesse de ganhar espaço no interior, chamam o jovem para criminalidade e muitos, empolgados por vivenciar o meio em que vivem outros criminosos, se empolgam e aceitam o convite para integrar a facção.

Mas, as facções no interior, conforme descrita por Gledson, não têm as características originais como na região sul e sudeste, onde comentem crimes como, por exemplo, assaltos a agências bancárias, tráfico de entorpecentes, visando lucros. “Aqui, eles agem apenas para conquistar território e facilitar o comércio de entorpecentes sem concorrência. E é essa competição quem provoca o confronto entre eles tendo como resultado homicídios e, consequentemente o tráfico traz consigo roubos com diversos modus operandis”, avalia Gledson, dando por certo de que as operações para combater essas investidas criminosas vão continuar para que neste ano, 2021, os índices da criminalidade continuem baixando.

Em relação à resistência na hora da abordagem ou até o enfrentamento feito por meliantes, o que tem terminado em morte de criminosos, o comandante dá por certo ocorrer pelo percentual natural do número de abordagens, conta ele faz no grande número de ações feitas pela Ronda Ostensiva Com o Apoio de Motocicletas (ROCAM) e também do Grupo Tático Operacional (GTO); assim, segundo ele, a probabilidade de confrontos é maior quando também é grande o número de abordagens e prisões. “A atuação da corporação em cada município é feita conforme os dados estatísticos de cada área, o que chamamos de mancha criminal, com detalhes da modalidade criminosa, sendo que a partir daí é lançado o policiamento no terreno onde é encontrado, infelizmente, muito adolescentes atuando no crime”, explica Gledson, detalhando que o enfrentamento feito pelo abordado, muitas vezes, é com o objetivo de ganhar fama dentro da facção que faz parte, pois, este ao chegar no presídio com o histórico de ter enfrentado a guarnição ou até atingido um policial, tem mais respeito dos demais presos sendo visto como herói.

O número de prisões, 2.346, feitas na área de atuação do 23º BPM em 2020, é notável no Pará, mais de 2 mil ao todo, tendo sido o batalhão que mais prendeu no Estado do Pará, seguido do 15º BPM (Itaituba) com 1.500 prisões em segundo lugar; em terceiro lugar em números de prisão ficou o 33º BPM (Capanema) tendo efetuado 1.300 prisões.

As manchas criminais em Parauapebas variam de acordo com a modalidade criminosa, sendo maior a incidência de tráfico de entorpecentes e de homicídio, com destaque para os envolvidos com facção, nos bairros periféricos; o crime de roubo sempre é mais nas áreas de maior fluxo comercial, bairros Da Paz, Rio Verde, Cidade Jardim e Cidade Nova, por serem locais por onde trafegam pessoas com poder de compras ou portando telefones celulares.

Conforme avaliação do comandante os roubos são feitos, quase sempre, por viciados em entorpecentes pela necessidade de alimentar o vício. Mas, mensura que 80% das ações de assaltantes é em busca de aparelhos de telefones celulares para alimentar o mercado receptor, já que se trata de uma mercadoria que facilmente é repassada para outros clientes.

Além da corporação disponível a combater a criminalidade, Parauapebas conta também com o trabalho do Centro de Controle Operacional (CCO), composto por, aproximadamente, 100 câmeras dispostas em diversos pontos da cidade, entre eles, na área financeira. Graças a elas, as “saidinhas” que antes ocorriam com frequências nas proximidades das agências bancárias, deixaram de acontecer. As câmeras também estão dando suporte nas entradas de Parauapebas com capacidade de avisar instantaneamente quando por ali passa um veículo com registro de roubo, através da tecnologia de leitor de placas.

O reforço do policiamento das 17 horas às 23 horas, é visto pelo tenente coronel Gledson como uma estratégia para inibir os criminosos, já que este é o horário de maior incidência das tentativas de práticas ilícitas, principalmente do crime de roubo. O que ele informa ter sido possível com a implantação do programa POLÍCIA MAIS FORTE, que consiste no pagamento da folga de jornada extraordinária complementar feita ao policial que trabalha na hora de sua folga. O trabalho é feito através de guarnições que são disponíveis em viaturas em diversos pontos estratégicos da cidade. “Isso é feito em todos os municípios paraenses; e aqui em Parauapebas existem três pontos devendo aumentar, nesse mês, para cinco pontos. O que significa o dobro de policiais disponíveis no horário em que mais é preciso”, explica Gledson, dando ainda como boa iniciativa do governador do Estado, a aquisição, através de locação, de mais viaturas e armamento e equipamento exclusivo para cada policial que agora pode ficar de posse da arma 24 horas por dia e em caso de transferência de batalhão poderá levar consigo a arma.

O efetivo de 320 policiais no 23º BPM ainda tem déficit, conforme conta do comandante, fazendo comparativo como número real da população que, só em Parauapebas, que já se aproxima de 300 mil habitantes.

Dos 320 policiais, 215 estão destacados em Parauapebas e vilas deste município; 42 em Canaã dos Carajás; 28 divididos entre Curionópolis e seu distrito Serra Pelada; e 32 em Eldorado do Carajás. “O trabalho do efetivo sempre precisa da colaboração da população através de denúncias que podem ser feitas através do DISK DENÚNCIA 181, são elas que auxiliam a polícia a desvendar crimes ou chegar a locais onde se encontram foragidos”, solicita Gledson, qualificando como importante ferramenta do combate ao crime.

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