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Combustíveis: Reajuste no Estado do Pará pode ser superior ao anunciado pelo Governo

Segundo o Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-Pará), o impacto deste reajuste será direto para o consumidor e a tendência, em alguns casos como no Pará, é de ser até maior do que os números anunciados pelo governo, pois cada estado tem uma alíquota diferente do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e a do Pará é uma das maiores, além do fator de distância da refinaria.

A última pesquisa do Dieese, realizada na última quinta-feira, mostrou que o preço médio do litro da gasolina comum comercializado em Belém era de R$ 2,959. O menor preço encontrado por litro foi de R$ 2,850 e o maior foi de R$ 3,249. Já o preço médio do litro do óleo diesel (S10) estava sendo comercializado em média a R$ 2,645. O menor preço encontrado por litro foi de R$ 2,450 e o maior foi de R$ 2,899.

“O governo estipulou um aumento, este aumento é repassado das distribuidoras para os postos revendedores e, cada posto, em separado, vai fazer seus cálculos. Não é igual. 3% é na distribuidora, não estão incluídos os impostos e tudo mais. Às vezes, o governo dá um aumento de 3%, mas a minha distribuidora pode repassar um aumento de 4% ou 5%, alguma outra pode dar 3,5%. Depende de cada distribuidora”, explica Ovídio Gasparetto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Pará (Sindicombustíveis).

AUMENTO

O presidente do Sindicombustíveis disse ainda que, neste momento, não dá para saber de quanto será o efetivo aumento. “A questão é, os preços no país são livres. Não existe mais tabelamento em combustíveis. Por exemplo, nós tivemos um aumento abusivo na energia elétrica. No Pará, produzimos energia elétrica, exportamos, mas temos que pagar um aumento dividido no país como um todo. E as distribuidoras consideram a energia elétrica nos seus aumentos como mão de obra, funcionários, tudo. A mesma coisa são os postos”, avalia.

“Com a experiência de mais de 20 anos lidando com os postos, podemos dizer que o preço estipulado pela refinaria nunca é o mesmo que vai para o consumidor porque no valor final ainda entra a carga tributária. O aumento deve implicar na alimentação, principalmente devido os preços cobrados pelos fretes”, afirma o supervisor técnico do Dieese/Pará, Roberto Sena.

“Então, mesmo com a entrada do 13º salário, grande parte já estará comprometida com as dívidas e a outra com o consumo. Com o aumento da energia elétrica e agora dos combustíveis, a tendência é fechar o ano com os preços dos produtos em alta”, estima.

REAJUSTES

Este é o primeiro reajuste autorizado em 2014. No ano passado, houve dois reajustes na gasolina. O primeiro ocorreu em janeiro, com a alta de 6,60% e o segundo em novembro, com a alta de 4%. No caso do diesel foram praticados três reajustes, sendo o primeiro em janeiro, com alta de 5,40%, o segundo em março, com a alta de 5% e o terceiro em novembro, com alta de 8%.

“Vamos ter que trabalhar dobrado”

Para a categoria dos taxistas, o reajuste no preço da gasolina, próximo ao fim de ano, é sinônimo de prejuízo e mais trabalho para compensar os gastos que virão. “A gente tem que trabalhar o dia todo com o tanque cheio. Rodo de 200 a 250 quilômetros por dia, em média, meu carro faz oito quilômetros com o ar ligado. É um gasto de cerca de 25 litros de gasolina por dia que dá uma média de R$ 70.

O salário aumenta, tudo aumenta, mas a tarifa do táxi não e a nossa cooperativa não trabalha para os clientes, no final de ano, com bandeira 2, então vamos ter prejuízo, com certeza. Vamos ter que trabalhar dobrado para compensar. Trabalho de 6h às 18h. vou ter que passar a trabalhar de 6h até as 20h”, ressalta o taxista que exerce a profissão há 16 anos, Rui Guilherme Pereira, 49.

Reportagem: DOL
Foto: Arquivo

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