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Condenados os assassinos de professor morto a tiros na Rodoviária de Parauapebas

Latrocínio que chocou a cidade em fevereiro de 2024 termina com penas de até 28 anos de prisão para os envolvidos

Após mais de um ano de comoção e investigações intensas, a Justiça do Pará concluiu o julgamento do crime que vitimou o jovem professor Kaique José Dias Oliveira, assassinado a tiros no Terminal Rodoviário de Parauapebas. O Tribunal do Júri da Comarca de Parauapebas, reunido na última terça-feira (20), condenou Rafael Dias Rocha e Bruno Santos Ribeiro por latrocínio — roubo seguido de morte.

Rafael, que confessou ser o autor dos disparos, foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado. Já Bruno, considerado cúmplice no crime, recebeu uma pena de 27 anos, também a ser cumprida em regime fechado. O julgamento durou cerca de 12 horas.

“Confundi com um rival”, diz autor dos disparos
Durante o depoimento prestado em plenário, Rafael surpreendeu ao declarar que teria confundido a vítima com um suposto membro de uma facção rival. Segundo ele, o disparo não teria sido motivado por intenção de roubo, mas por vingança equivocada. No entanto, as provas reunidas ao longo da investigação — que incluíram vídeos de câmeras de segurança e diligências conduzidas pela Polícia Civil do Pará com apoio da PC de Goiás — apontaram para o crime de latrocínio.

Prisões e investigação
A elucidação do caso foi resultado da ação conjunta entre investigadores da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas e da Divisão de Homicídios, com apoio da Polícia Civil de Goiás. Bruno Ribeiro foi o primeiro a ser localizado, o que possibilitou a localização de Rafael, preso em Cidade Ocidental (GO), em 8 de março de 2024 — pouco mais de uma semana após o crime.

As imagens captadas pelas câmeras do terminal foram decisivas para confirmar a dinâmica do crime e identificar os autores.

Relembre o caso
O crime aconteceu no início da madrugada do dia 27 de fevereiro de 2024, por volta de 1h, no Terminal Rodoviário de Parauapebas, no Bairro Beira Rio. Kaique José, de apenas 24 anos, havia acabado de desembarcar de um ônibus vindo de Marabá, cidade onde morava, e se dirigiu até um caixa eletrônico para sacar dinheiro. Foi nesse momento que foi surpreendido pelo criminoso, que efetuou diversos disparos, sem chance de defesa.

Kaique atuava como professor de matemática em uma escola particular de Parauapebas e era muito querido por seus alunos. A notícia de sua morte causou comoção entre a comunidade escolar e nas redes sociais.

O corpo foi levado de volta a Marabá, onde foi sepultado por familiares e amigos.

Justiça foi feita
Com a condenação dos dois acusados, familiares e amigos do professor esperam que o desfecho judicial traga algum alívio diante da tragédia. O caso, que gerou revolta na população pela brutalidade e aparente motivação fútil, agora passa a integrar as estatísticas de crimes solucionados no município.

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