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Construção de Centro de Controle de Zoonoses é tema de manifesto na Câmara

“Neste exato momento duas crianças estão hospitalizadas na rede pública por causa da leishmaniose. Seguramente outras tantas pessoas estão contaminadas, mas ainda não apresentaram sintomas ou tiveram diagnóstico errado, como é comum acontecer, por causa de outras doenças que tem sintomas parecidos”. Esse foi um trecho do manifesto lido pelo 1º secretário da mesa diretora da Câmara Municipal de Parauapebas, vereador Marcelo Parcerinho, e este inicia mensurando que, há mais de seis anos fala de algo essencial para o debate sobre a Saúde Pública em Parauapebas: a criação de um Centro de Controle de Zoonoses responsável e seguro para os animais.

O manifesto, assinado pela Associação dos Amigos e Protetores dos Animais e do Meio Ambiente de Parauapebas (APAMA), se deu por causa dos números de leishmaniose registrados em Parauapebas nos últimos dias.
Além do documento lido na sessão, membros da entidade e simpatizantes fizeram manifestação pacífica pedindo atenção para o caso e a construção do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ato já iniciado e paralisado pela reprovação do projeto pelo Conselho Municipal de Saúde.

Porém, a presidente da APAMA, Byancka D’Lavor, alerta para a eminência do perigo e que não pode mais esperar. “Foi pela falta de respostas que a situação se agravou em Marabá e hoje está fora do controle. Não podemos mais esperar. E isto não se trata apenas de preocupação com os animais, mas especialmente com as pessoas que poderão ser infectadas pela doença”, relata Byancka, reafirmando o constante no manifesto, que há mais de seis anos fala de algo essencial para o debate sobre a Saúde Pública em nossa cidade: a criação de um Centro de Controle de Zoonoses responsável e seguro para os animais.

O manifesto deixa claro quais são as funções de um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que não serve apenas para cães e gatos doentes. Um CCZ serve também para inspeções zoosanitárias, que tem o objetivo de checar casos de maus-tratos, falta de higiene, alojamento inapropriado, barulho excessivo incomodando vizinhos, doenças, etc. Os agentes do CCZ têm poder para intimar, notificar e até mesmo multar, dependendo de cada caso.

O CCZ também faz o controle de animais sinantrópicos e peçonhentos, como ratos, baratas, pombos, moscas, mosquitos, cobras, morcegos, pulgas, aranhas, escorpiões, etc.

Verificação de reclamações, acompanhamento de acidentes com animais, denúncias de maus-tratos, monitoramento de zoonoses (que são as doenças dos animais que podem afetar os humanos), recolhimento de animais, castração, vacinação antirrábica, campanhas de educação e conscientização são parte das tarefas do Centro de Controle de Zoonoses, órgão de fundamental importância para a cidade toda.

Outro ponto de preocupação apontado no manifesto é a condição de Parauapebas, que conta mais de 200 mil habitantes, e mesmo em um momento de crise continua recebendo gente do país inteiro, sendo que segundo a APAMA, deveria estar muito preocupado com as doenças que podem ser transmitidas para os animais e para os humanos.

O documento trouxe ainda dados de um levantamento feito pelo Departamento de Vigilância Ambiental, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde, ainda no ano de 2011, onde Parauapebas teria cerca de 218.104 habitantes e 26.831 animais domésticos, sendo 16.999 cães e 9.832 gatos. Isso há 6 anos atrás. Hoje todos esses números são muito maiores.

 

A população de animais domésticos em Parauapebas (sem contar os abandonados nas ruas) representa mais de 12% da quantidade de humanos. “Se contássemos os de rua, os números seriam astronomicamente maiores”, alerta Byancka, que cobra que o Poder Público cuide da saúde da população. “E nesse caso, compete ao executivo tomar a iniciativa de construir um Centro de Controle de Zoonoses em Parauapebas. Da mesma forma compete ao legislativo cobrar que o executivo realmente faça o que deve ser feito. Os vereadores devem defender o interesse da população. Também é papel do Ministério Público tomar medidas jurídicas que forcem a administração municipal a construir este centro de zoonoses”, afirma Byancka.

Para o Poder Executivo, a APAMA diz no documento, ser a chance de fazer algo inédito; estando nas mãos dos vereadores a força necessária para trazer um benefício concreto e duradouro para toda a população.
E a presidente da APAMA conclui: “Senhoras vereadoras e senhores vereadores, a APAMA deseja que vocês sejam protagonistas de uma bela história de luta em defesa da saúde pública. Que essa casa de leis esteja à altura da grandeza de Parauapebas. Que o interesse público seja defendido com bravura e que o Centro de Controle de Zoonoses seja uma realidade”.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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