Com o objetivo de vencer a “guerra” contra a pandemia de Covid-19, o município de Parauapebas, localizado no sudeste paraense é um dos que mais testam no Brasil com o exame de RT-PCR.
Gilberto Laranjeiras, titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), apostou no mesmo critério que a Coreia do Sul aplicou, uma maneira de identificar o paciente acometido da Covid-19 e o médico ter agilidade para fechar o diagnóstico e tratamento rápido, assim como a população de assintomáticos que chega ser 80%. “Seguimos a orientação do nosso prefeito Darci e contamos com uma forte ação da Semsa de monitorar os enfermos de Covid-19 através de uma excelente parceria com a mineradora Vale e Prefeitura de Parauapebas”, relata Laranjeiras, afirmando que a guerra contra a doença ainda não chegou ao fim.
MAIS AQUISIÇÕES
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) publicou detalhes do pregão eletrônico que vai realizar na segunda-feira da semana que vem, dia 19. A expectativa é adquirir até 120 mil testes de Covid-19, pelo método padrão ouro RT-PCR, que é o de referência para diagnóstico de casos.
A Semsa estima desembolsar até R$ 23 milhões com a compra, uma medida importante e certeira para ajudar a rastrear os casos de infecção pelo terrível coronavírus, que já tirou a vida de 320 pessoas em Parauapebas.
CASOS DE COVID-19
Em 2020 Parauapebas fechou o ano com 31.007 casos notificados de pacientes infectados com o novo Coronavírus, uma média mensal de 3100 casos se levarmos em conta que o primeiro infectado no município foi anunciado em março. No ano foram 193 óbitos registrados no município em virtude da covid-19, média de 19,3 por mês. Se os números do ano passado não foram bons, 2021 vem para superar a média, os números são assustadores.
PORTAS ABERTAS
Segundo o secretário de saúde de Parauapebas, Gilberto Laranjeiras, esse aumento na média de óbitos se dá em virtude de o município ter se tornado referência no tratamento da doença. Laranjeiras afirma que Parauapebas é um município de portas abertas, onde os pacientes das cidades do entorno estão vindo para cá para se tratarem, dando o endereço de algum conhecido na cidade, e, então, quando acontece de algum morrer é registrado o óbito como se parauapebense fosse. Laranjeiras informa, ainda, que Parauapebas tem uma das menores taxas de letalidade do país (0,40) se comparada com a média nacional (2,22%). A capital do Pará registra 4,16% óbitos em comparação ao número de casos.
NOVA VARIANTE
Laranjeiras informa que a variante do Sars–CoV–2 que circula em Parauapebas atualmente é diferente daquela que circulou no ano passado. O secretário avisa que esta é mais agressiva e vem atingindo jovens na faixa etária entre 20 e 40 anos. Ele informa ainda que Parauapebas conta hoje com cinco usinas de gases medicinais para atender os pacientes e que vez ou outra ajuda outros municípios vizinhos com o material. Laranjeiras diz que Parauapebas conta com um tomógrafo de última geração e que oferta à população esse serviço de forma gratuita. O secretário informou, ainda, que no final do mês outro tomógrafo será ofertado à população. “Mas todos esses esforços para conter a propagação do vírus e tratar os pacientes acometidos pela doença serão em vão se a população relaxar nos requisitos básicos de enfrentamento à covid-19, que são lavar as mãos com água e sabão sempre que possível, usar frequentemente máscara, usar o álcool em gel e manter o distanciamento social. O momento é crítico e todos devemos estar imbuídos nessa causa que é o combate ao vírus”, finalizou Laranjeiras.