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Cuidados preventivos podem reduzir número de internação de idosos

O envelhecimento da população é um fenômeno mundial. Dentre os fatores que contribuem para o aumento da longevidade, estão os avanços da Medicina e a busca pela melhoria da qualidade de vida. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 22 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, o equivalente a 11,34% da população. Estima-se que esse número deve quase triplicar até 2050.

Uma das principais preocupações nessa idade é a saúde, uma vez que, em geral, idosos apresentam limitações físicas como redução da visão e da audição, fadiga, fraqueza e dificuldade para se locomover. Em alguns casos, quando adoecem, muitos precisam de internação hospitalar.

Em 2016, no período de janeiro a agosto, mais de 1.200 idosos foram internados em quatro unidades públicas mantidas pelo Governo do Estado e gerenciadas pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá, internou 544 idosos. O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, recebeu 360, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém, outros 360, e o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, 33 idosos vítimas de acidentes domésticos. O número de pacientes com 60 anos ou mais é ainda maior nessas unidades se considerado o atendimento de pronto-socorro e as consultas ambulatoriais.

A dona de casa Maria de Nazaré da Conceição Martins, de 62 anos, é uma das pacientes atendidas no Hospital Galileu. No último dia 21/9, ela passou pela quinta cirurgia em um dos braços fraturados após cair de bicicleta há três anos. O seu tratamento foi feito exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A moradora de Castanhal, município do nordeste paraense, conta que o atendimento recebido na unidade é “de primeiro mundo”. “Às vezes fico emocionada de ver o tratamento do pessoal aqui. Parece um hospital de primeiro mundo. Hoje meu braço não dói mais. Antes doía noite e dia. Minha filha dava remédio para eu dormir, eu acordava sem saber que estava no mundo e ficava agressiva”, disse a usuária.

Simone da Conceição, de 41 anos, também comentou sobre o atendimento prestado à mãe pelo Hospital Galileu. “O sofrimento dela foi muito grande. Mamãe reclamava muito das dores e vivia dopada, por conta de remédios muito fortes. O hospital merece ser elogiado, pois o tratamento é excelente. Todos são ótimos na unidade. Só temos a agradecer”, afirma a acompanhante.

Acidentes domésticos

Também vítima de queda, mas dentro de casa, a mineira Alciria Corrêa, de 85 anos, passou por uma cirurgia no fêmur nesta quinta-feira, 29/9, em Marabá, no Hospital Regional do Sudeste do Pará. Ela é uma dos 110 idosos atendidos na unidade, no período de janeiro a setembro, vítimas de acidente doméstico.

A paciente conta que esta não foi a primeira vez que caiu, mas foi a queda com danos mais graves. “Ia pegar uma vasilha na cozinha, mas cai. Outra vez, há quatro anos, fui derrubada por um cachorro no terreiro”, comenta a senhora.

Segundo o ortopedista do HRSP, Rayderson Silva, quedas de idosos podem ser prevenidas se tomados cuidados simples. “Deve-se evitar piso liso, optar por rampas em vez de escada, e colocar anteparos na casa, principalmente no banheiro, que é o local de maior índice de acidente doméstico com idosos”, comenta o médico.

Ele também afirma que a prevenção na juventude melhora a qualidade de vida na velhice, como ter uma alimentação saudável, dando preferência a alimentos naturais, praticar exercício físico e evitar o uso prolongado de corticoide, uma vez que a substância degrada o colágeno que protege o osso, enfraquecendo-o. Prevenir ou controlar o diabetes e a hipertensão também ajuda.

Dentre os principais danos de queda em idosos estão as fraturas de fêmur e de quadril, que podem levar a vítima a óbito devido a complicações, como a embolia pulmonar, por conta da necessidade de ficar acamado por um longo período.

Dicas para evitar quedas

– Mantenha o chão limpo e livre de armadilhas como tapetes e fios.

– Ilumine bem a casa.

– Use calçados antiderrapantes.

– Instale barras de apoio no banheiro e use tapetes antiderrapantes no box.

– Consulte oftalmologista com regularidade.

– Converse com o seu médico sobre medicamentos que esteja tomando e que podem provocar desequilíbrio.

– Pratique atividades físicas.

– Tenha hábitos alimentares saudáveis.

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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