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De placa improvisada a corrente de solidariedade: trabalhador com deficiência auditiva emociona Parauapebas

Após viralizar em postagem do Pebinha, Antônio Marcos já recebeu mais de mil reais em doações e segue conquistando serviços de capina para garantir o sustento dele e da mãe

Um anúncio simples escrito em um pedaço de forro de PVC se transformou em uma grande rede de solidariedade em Parauapebas. O protagonista dessa história é Antônio Marcos Parga Campos, de 36 anos de idade, morador do Bairro Vila Rica, que enfrenta problemas de audição desde os 25 anos de idade e viu na capina de lotes e quintais uma forma de sustentar a si mesmo e a sua mãe.

Sem conseguir se aposentar e após deixar o emprego anterior por conta da deficiência auditiva, Antônio decidiu espalhar placas improvisadas pela cidade, anunciando seus serviços. Em uma delas, ele escreveu à mão: “Faço capina lote. Zap 98805-6507”.

A cena foi registrada pela equipe do Portal Pebinha de Açúcar no cruzamento da Avenida D com a Avenida dos Buritis, no Bairro Cidade Jardim. O portal publicou a foto em suas redes sociais incentivando a população a ajudar o trabalhador. O resultado foi surpreendente: a postagem viralizou, ultrapassando 364 mil visualizações no Instagram, com milhares de curtidas e compartilhamentos.

Apoio da comunidade

Desde então, Antônio vem recebendo chamados de clientes e já arrecadou mais de mil reais em doações via PIX. Em mensagem à equipe do Pebinha, ele agradeceu: “Primeiro agradeço a Deus e segundo a vocês pelo privilégio de divulgar meu trabalho. Que Deus continue abençoando desde já e para sempre”.

O trabalhador contou que o dinheiro recebido será usado para investir na casa de sua mãe, já que ainda não conseguiu construir a própria.

Uma luta diária

Antônio revelou que chegou a fazer uma cirurgia para tentar recuperar a audição, mas não obteve sucesso. Também tentou se aposentar, mas o pedido foi negado. Diante das dificuldades, encontrou na capina uma alternativa de renda.

“É muito difícil trabalhar com pessoas e não conseguir me comunicar. Aí fui cavar fossa e limpar lotes. Só assim para conseguir trabalhar e me sustentar”, contou.

Mais que um anúncio, um abraço coletivo

O caso de Antônio mostra como um gesto simples pode transformar vidas. A solidariedade da população de Parauapebas não apenas gerou oportunidades de trabalho, como também deu esperança e reconhecimento a um homem que todos os dias enfrenta limitações, mas não desiste de lutar.

Histórias como essa reforçam que quando a comunidade se une, ninguém fica sozinho.

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