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Descobridor de Carajás alerta: Parauapebas deve planejar futuro além da mineração

Geólogo Breno Augusto dos Santos aponta risco de colapso econômico e defende diversificação em setores como turismo e pecuária

Parauapebas, conhecida nacionalmente como a “capital do minério”, recebeu um importante alerta sobre o seu futuro. Durante o evento Café com Ciência, em Belém, que integrou as comemorações dos 15 anos do Instituto Tecnológico Vale (ITV), o geólogo Breno Augusto dos Santos — responsável pela descoberta da província mineral de Carajás — chamou a atenção para a necessidade urgente de planejamento econômico no município.

Segundo ele, embora o atual momento seja de abundância em receitas vindas da mineração, o ciclo extrativista não é infinito. “Estamos vivendo um período de abundância, mas ele não será eterno. Dentro de 20 ou 30 anos, os recursos minerais estarão esgotados e, com eles, os royalties que sustentam grande parte da economia local”, afirmou o especialista.

Dependência da mineração e risco de estagnação

Com mais de 300 mil habitantes, Parauapebas consolidou-se como uma das cidades mais ricas da região Norte graças à exploração mineral. No entanto, essa dependência quase exclusiva preocupa Breno, que levantou uma questão crucial: o que será da cidade quando a extração de minério chegar ao fim? “Será que Parauapebas corre o risco de se tornar uma cidade fantasma?”, questionou, ao destacar o perigo da falta de diversificação econômica.

Caminhos para o futuro: turismo e pecuária

Para o geólogo, a saída está em ampliar os horizontes e investir em outros setores capazes de sustentar a cidade após o esgotamento das jazidas. Ele citou como alternativas o turismo, aproveitando as belezas naturais e riquezas ambientais da região, e a pecuária de qualidade, que pode se tornar um polo econômico sólido.

Esses caminhos, segundo Breno, poderiam garantir a continuidade do crescimento econômico e social de Parauapebas, evitando que o município enfrente um colapso no futuro.

Debate necessário para o sudeste do Pará

O alerta do descobridor de Carajás reacende um debate que há anos circula nos bastidores da política e da economia local: a urgência em diversificar a matriz econômica de Parauapebas. O tema, cada vez mais presente nas discussões sobre o sudeste do Pará, coloca em evidência a necessidade de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas para preparar a cidade para o período pós-mineração.

Mais do que uma reflexão, a fala de Breno Augusto dos Santos soa como um chamado à ação para que Parauapebas construa um futuro sustentável e não dependa apenas da riqueza que vem debaixo da terra.

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