O desemprego em Parauapebas tem tornado difícil a vida de muitos; enquanto isso, a busca por emprego é algo competitivo que tem sido, inclusive, motivo de protestos tanto na porta do Sistema Nacional de Emprego (SINE), na portaria da Floresta Nacional de Carajás (FLONACA) e agora chegou à Câmara Municipal, onde o protesto ocorreu, nesta terça-feira (16), durante a sessão ordinária.
“Nós que somos moradores de Parauapebas estamos enfrentando dificuldades de conseguir trabalho, já que as empresas estão trazendo mão de obra de fora; a gente vai ao SINE e não somos encaminhados para as empresas e quando dizem que encaminharam, as empresas nunca ligam para fazer entrevistas”, conta Fábio Santos, motorista, desempregado há dois anos, período em que diz ter procurado o SINE, mas, não acredita que por intermédio daquela unidade irá conseguir alguma oportunidade.

O movimento, conforme explicado por José Onilson, encarregado de obras, desempregado, não tem cunho político, sendo apenas pais e mães de famílias que anseiam um trabalho pra manter seus filhos. “Temos diversas especialidades de mão de obra qualificada, o que torna desnecessário trazer mão de obra de outros municípios ou estados”, reafirma José Onilson, dizendo querer uma resposta das autoridades referente à lei já existente onde obriga as empresas a contratar pessoas de Parauapebas para a execução de seus contratos.

Foi por esse motivo que vários trabalhadores desempregados estiveram na sessão da Câmara Municipal, onde, em um ato pacífico demonstraram suas indignações com a forma como vem sendo tratados no SINE. Tão logo chegaram, o presidente da Câmara, vereador Luís Castilho, assumiu o compromisso de receber uma comissão para ouvi-los e auxiliar no que esteja ao alcance dos vereadores.
Assim, tão logo encerrada a sessão, diversos vereadores aguardavam a comissão, formada por desempregados, na sala de reuniões da presidência daquela Casa de Leis.
Portanto, duas pessoas que não fazem parte dos desempregados, porém, fazem parte do Movimento de Combate à Corrupção de Parauapebas (MCCP), demonstraram interesse em participar da reunião. Assim, de acordo com os vereadores, ficou inviável que a reunião acontecesse, uma vez que o compromisso dos parlamentares seria receber apenas pessoas que compõem o grupo em questão. Diante da recusa, a reunião foi cancelada e deve ser remarcada em breve.