“Erro ortográfico, perguntas mal formuladas e falta de transparência na abertura do lacre das provas que não teve ata para comprovar que foi apresentado para os coordenadores do processo eleitoral antes de ser aberto”.
Tudo isso, de acordo com a Comissão Eleitoral do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDCAP), foi motivo para a anulação da prova para a seletiva dos futuros candidatos a Conselheiro Tutelar da Criança e do Adolescente (I), realizada no último dia 3 de agosto.
A prova foi realizada pela APROV Vestibulares, instituição bastante conhecida e conceituada na cidade, que trabalha há vários anos com cursos de pré-vestibular e que teve toda a responsabilidade pela formulação da prova de acordo com exigências do COMDCAP.
Agora, com a prova anulada todos deverão voltar ao exame. “Todos os 74 que fizeram e os 11 que não compareceram poderão fazer a prova, já que o edital foi anulado”, diz Aldo Serra, presidente do COMCAP, dando conta que na prova anulada apenas 25 foram aprovados, mas agora com isso todos terão uma nova chance.
Ainda segundo Aldo Serra, a data da nova prova ainda é incerta, porém a data das eleições continuam no dia 4 de outubro, encurtando assim o tempo de campanha.
A decisão do COMDCAP de anular a prova pegou os aprovados de surpresa. Eles já se reuniram esta semana e prometem acionar a Justiça para tentar solucionar o caso.
Outro lado
Visando sempre fazer um jornalismo sério e com imparcialidade, a equipe do Portal Pebinha de Açúcar entrou em contato com Arilson Paixão, diretor da Aprov Vestibulares, veja abaixo na íntegra as palavra dele.
“Primeiramente quero agradecer ao site Pebinha de Açúcar pela imparcialidade ao me procurar, provando sua seriedade para com a população.
Gostaria de parabenizar os candidatos aprovados neste processo e aos que não obtiveram nota suficiente, continuem estudando pois todos tem potencial, só têm que rever onde foram os pontos falhos e procurar saná-los.
Quanto a nota divulgada pelo COMDCAP em seu site, na qual tive conhecimento através de terceiros e em nenhum momento fui contactado da decisão de anulamento da prova, eles foram extremamente infelizes nas declarações, ao afirmar que houve desorganização na aplicação das provas e descuido na transparência, fato que me causou estranheza, uma vez que o Sr. Aldo e a Sra. Lucineide estiveram presentes o tempo todo da aplicação da prova, desde o início (quando mostrei aos candidatos e também aos conselheiros, o pacote de provas lacradas).
Durante todo o processo, esses cidadãos que representam um órgão público de suma importância, analisaram as provas e foram unânimes quanto a excelência das questões e teceram vários comentários positivos quanto a impressão dos cadernos de provas, que nunca haviam visto provas de cores diferentes (que fiz questão de ser assim, pois teríamos menos riscos de atos fraudulentos como trocas de provas, “colas”…)
Antes da divulgação dos aprovados, reunimos (APROV e COMDCAP), para corrigirmos qualquer falhas e fui solicitado para que anulasse duas questões do ECA (Específica) e queriam que eu anulasse uma outra questão por intermédio de seu advogado, mas provei a eles que não tinha fundamento o que seu advogado argumentava.
Houve falha de impressão na prova de informática e de digitação na específica (objetiva), outras empresas prestadoras de serviços também possuem falhas.
Não sei o que motivou a comissão para serem tão incisivos em querer difamar o nome de minha empresa APROV, forma no mínimo imprudente e eles sim demonstraram muito amadorismo nas suas declarações, inclusive numa emissora de rádio local.
Procurarei minhas vias legais para que minha empresa seja reparada dessas desastrosas colocações, colocando em xeque meu profissionalismo.
O Centro de Educacional de Ensino Médio APROV, possui grandes profissionais desde a secretaria aos grandes professores”, relatou Arilson Paixão.
Reportagem: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar