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Dois indígenas Xikrin morreram de Covid-19

Cacique Bep Karoti Xikrin (Reprodução)

Dois índios Xikrin morreram de Covid-19 no último sábado, 30, na Terra Indígena Xikrin do Cateté, no Sudeste do Pará. Uma das vítimas foi o cacique Bep Baroti Xikrin e a outra, Ikrure Xikrin. O Pará registrou 25 óbitos de indígenas pelo novo coronavírus até este domingo, 31, sendo cinco somente do povo Xikrin, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).

Uma unidade intermediária de tratamento ficou de ser instalada pelo governo do estado na TI a partir da próxima segunda-feira, 1, a exemplo da unidade implantada na Terra Indígena Trokará, no município de Tucuruí, na mesma região. Ainda, os hospitais de campanha passarão a ter alas para o atendimento especializado de indígenas, sendo 40 leitos em Belém, dez em Marabá, dez em Santarém e dez em Breves.

O Pará registrou o total de oito óbitos de indígenas pelo novo coronavírus, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). A estatística não inclui os dois casos mais recentes.

Testagens aplicadas na TI Xikrin do Cateté – cujo território possui três aldeias distribuídas entre os municípios de Água Azul do Norte, Marabá e Parauapebas – identificaram mais de 40 infectados pelo novo coronavírus, conforme noticiou a TV Liberal. A unidade de atendimento intermediária não terá atendimento intensivo, mas contará com cilindros de oxigênio para os pacientes com dificuldade para respirar, semelhante ao da Policlínica Metropolitana, em Belém, porém, simplificada: “A proposta é instalar uma unidade ambulatorial de triagem dentro da aldeia para ampliar o acesso da população indígenas e o diagnóstico precoce dos casos”, explicou o secretário estadual de Saúde, Alberto Beltrame.

O enfrentamento da pandemia junto aos povos indígenas foi tema da reunião por videoconferência da qual participaram Beltrame, lideranças indígenas, o secretário especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, e os coordenadores dos quatro Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), entre outros, na última sexta-feira, 29. O Executivo anunciou que vai ampliar o acesso ao diagnóstico precoce da doença e os leitos de referência nos hospitais de campanha.

As ações da Sespa em parceria com o Ministério da Saúde alcançam aldeados e não aldeados. Sobre os leitos especializados nos hospitais de campanha, o secretário detalha: “Em cooperação com a Sesai, vamos caracterizar esses leitos de acordo com as tradições indígenas, instalando redes, por exemplo, tendo um cuidado em relação à questão cultural e forma de abordagem conforme os seus costumes, enfim, procurando dar mais conforto, mais atenção à saúde desses povos que tendem a ser mais vulneráveis num momento de pandemia”.

Ele garantiu que os ajustes em relação aos hábitos e costumes indígenas serão considerados, desde o atendimento dentro da própria aldeia, passando pela assistência de média complexidade até os cuidados intensivos, quando forem necessários, por meio da Central Estadual de Regulação.

Além das ações de assistência à saúde, a Sespa promete que vai distribuir de medicamentos, máscaras de proteção e álcool 70% para ajudar nas medidas preventivas contra a Covid-19 entre os indígenas.

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