O evento aconteceu na semana passada no Centro Universitário de Parauapebas (Ceup).
A formação é fruto da ação das secretarias municipais de Educação (Semed) e Meio Ambiente (Semma), em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Na oportunidade, foram apresentados projetos desenvolvidos pelos educadores durante a formação, que teve jornada de 108 horas, com o objetivo de despertar e fortalecer a consciência ecológica, habilitando o professor a desenvolver aulas práticas que relacionem questões ambientais em seus conteúdos.
De acordo com o geógrafo Marcel Régis Machado, analista ambiental do ICMBio e membro da banca avaliadora dos projetos, os objetivos foram alcançados. “A partir das formações, percebemos que os educadores estão se empenhando em buscar soluções, que sejam simples e satisfatórias, para os desafios ambientais da nossa região. E estão passando isso aos alunos”, avaliou.
Cotidiano
Nos projetos apresentados, constam experiências vivenciadas pelos educadores, envolvendo a comunidade escolar. As principais temáticas abordadas são a redução de resíduos no ambiente escolar; o aproveitamento da água das centrais de ar; o plantio de mudas de espécies nativas para conforto térmico da escola; estudos da relação entre homem e planta com fins terapêuticos; e o desenvolvimento de jardim medicinal.
A coordenadora de 3º e 4º ciclos da Escola Plácido de Castro, Franlice Santonet de Mello, apresentou o projeto: “A Importância do Verde no Ambiente Escolar”, a partir do qual percebeu o quanto sua escola precisava de um ambiente mais verde. “Diante disso, criamos o jardim suspenso, nos muros do entorno da escola. Agora, todo o corpo docente e, principalmente, nossos alunos estão amando cuidar das plantinhas”, declarou.
A coordenadora que representa as ações da Semed no Ceap, Odilene Costa, lembrou que a formação dos professores em Educação Ambiental e Cidadania existe desde 2005. Atualmente, o projeto encontra-se reformulado e é desenvolvido com quatro encontros presenciais de aulas teóricas e quatro de aulas práticas, além do projeto de educação ambiental nas escolas. “A partir dessas práticas, percebemos o quanto a educação ambiental está transformando, para melhor, a vida escolar dos alunos”, afirmou.
Conforme a coleta de campo do Censo 2010, cerca de 30% das escolas urbanas de Parauapebas têm contato com árvores no entorno dos prédios. Em cidades como Marabá, o índice não passa de 10%.
Reportagem: Luzandra Vilhena