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Em Parauapebas, andar de táxi irá custar ainda mais caro

O aumento da gasolina mexeu com todo o sistema financeiro e os setores estão planejando reajustar seus respectivos produtos. Um deles é o taxista que já prevê o aumento da tarifa para corrigir o déficit inflacionário entre março de 2016, quando houve o reajuste anterior, a julho deste ano, período em que a gasolina subiu pelo menos 41%.

“Já tivemos problema na tarifa anterior, feita em junho do ano passado, 2016, quando o valor da hora parada deveria ter subido de R$ 28,80 para R$ 35 e ao invés disto caiu para R$ 8,00. Um claro erro de cálculo para o qual pedimos correção, mas ainda não fomos atendidos”, lembra Gildo da Silva Chagas, presidente da Coopersind – Cooperativa dos Proprietários de Táxi de Parauapebas.

Ele planeja que agora, aproveitando que pedirão o reajuste anual, solicitarão de novo a correção da hora parada que já deveria chegar a um valor de R$ 35, “sendo que mesmo assim, não recuperaremos o que perdemos em um ano”, relata Gildo, que detalha que o reajuste da tarifa é feito mediante cálculos de insumos, revisão do veículo e custo de vida; e como em Parauapebas este terceiro item é alto, sempre puxa a tarifa para cima.

No reajuste ocorrido em março do ano passado, segundo Gildo, a bandeirada (valor inicial da corrida) subiu de R$ 5,44 para R$ 5,89; o quilometro na bandeira 1 (período compreendido das 6h00 às 22h00) subiu de R$ 2,51 para R$ 3,48; já na bandeira 2 (período compreendido das 22h00 às 6h00 em dias úteis ou 24 horas em feriados e fins de semanas) subiu de R$ 3,01 para R$ 4,18.

Mas Gildo não reconheceu como correspondente à defasagem pelo fato de que o período que ficou sem reajuste foi de 2011 a 2016. E diz prever que, apesar da situação econômica, a tarifa precisa subir da seguinte forma: hora parada R$ 40,00; bandeirada R$ 7,00; o quilometro na bandeira 1 R$ 4,00; já na bandeira 2 R$ 5,00.

“A gasolina subiu mais de 40% nos últimos 12 meses e ela é o principal ingrediente na composição do reajuste da tarifa”, mensura Gildo, citando Marabá como município que já pratica esses valores usando gasolina bem mais barata.

Outra grande perda, segundo Gildo, é os táxis clandestinos que trabalham sem pagar impostos nem alvarás. Ainda segundo ele, o DMTT (Departamento Municipal de Trânsito e Transporte) não tem fiscalizado os que exploram ilegalmente o transporte de passageiros, conhecidos como táxi lotação.

Gildo afirma que dos 50% de queda no faturamento, apenas 20% se atribui a crise e os 30% aos clandestinos que, em sua observação, ficam em portas de hotéis e postos de saúde assediando os clientes que antes eram exclusivamente dos taxistas legalizados. “O DMTT só fiscaliza os que trabalham legalmente e isto não é justo”, diz Gildo, relatando ser preciso aumentar a frota de ônibus para que a população seja melhor atendida, pois os táxis lotação não beneficiam a parte da população mais carente, que são as gratuidades (passes livres), meia passagem e cadeirantes.
Em sua opinião, os clandestinos só beneficiam os que não precisam do transporte público, deixando enfraquecido o sistema, como diz ter notado em todos os municípios que a referida categoria foi legalizada.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

 

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