Apenas dois dias sem usar o medicamento tarja preta, que é de uso controlado pelos médicos, foi o suficiente para que Clóvis Ramos surtasse e ateasse fogo no próprio quarto, na Rua São Jorge, Bairro Guanabara, em Parauapebas.
De acordo com a mãe de Clóvis, Expedita Ramos, o filho tem 26 anos de idade e há oito anos faz uso do medicamento, tendo como motivo problemas psicológicos, porém, nos dois últimos dias ele se recusou a usar. “Quando não usa o remédio ele fica lelé”, afirmou Expedita, lembrando que ele já foi encontrado em Canaã dos Carajás e que para mantê-lo em segurança, é preciso vigilância constante, mas, desta vez, enquanto ela foi comprar lanche para Clóvis, ele ateou fogo no próprio quarto e se abrigou na casa da mãe que fica ao lado.
Ainda de acordo com dona Expedita, ela encontrou o filho assustado e precisou de auxílio para buscar socorro, deixando-o no hospital onde foi sedado com medicamentos fortes para evitar que fuja.

Quanto ao quarto, por ser de madeira, deu perda total, não sendo possível a recuperação, mas, apenas poderá ser reconstruído. “Por sorte os documentos pessoais dele ficam comigo, assim não foram queimados”, diz aliviada dona Expedita, afirmando ter havido apenas perdas materiais.
Reportagem: Francesco Costa | Portal Pebinha de Açúcar