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Empresário de Parauapebas fala sobre a situação política do Brasil

Com 47 anos de idade, tendo vivido as transições de vários governos desde o último da Ditadura Militar, o empresário Daniel Lopes conversou com o jornalista Francesco Costa do Portal Pebinha de Açúcar e falou sobre o momento político que atravessa o Brasil. “Vivi o último governo militar bem como a depressão econômica do governo Collor, quando iniciei minha vida como empresário”, lembra ele, se dizendo preocupado por entender que a realidade atual é mais difícil.

Daniel afirma que o país não anda, não existe uma agenda econômica nem política, o que ele diz que repercute em cada cidadão e nas empresas. Ele mensura que o faturamento de diversas empresas varejistas em Parauapebas já despencou 70%. “O problema é complexo e complicado não é advindo apenas do setor minerário, para o qual não vejo solução a curto prazo, pois as reformas que precisam não foram feitas e nem há agendamentos para tal”, adverte Daniel, que é ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Parauapebas, desenhando o que vê: “Uma presidente querendo se manter no poder a qualquer custo, uma Câmara Federal dividida e um Senado ocioso porque não há Leis para votar nem projetos a serem encaminhados”.

Perguntado sobre como fazer para a mudança acontecer em meio a tudo isso ele diz que a educação é o essencial e indispensável para colhermos as mudanças em no mínimo 20 anos, porém alerta que não se trata apenas da educação regular, mas da educação política para que o povo entenda e participe das decisões políticas.

Sobre a corrupção, Daniel diz ser culpa do sistema político que ele qualifica como falido e corrompido no qual as pessoas de bem tem se recusado a ingressar prevendo não sobreviver nele. Como saída Daniel Lopes sugere uma reforma política séria que não diz acreditar estar nos planos do atual congresso. “Só assim, pessoas de bem, disporão a entrar no cenário político buscando fazer o bem”, pensa ele, citando os gastos exorbitantes de campanhas, valores que subtraindo o valor em salários ganhos para o eleito não justifica tamanha gastança.

Como solução, Daniel da A Paulistinha, como é conhecido popularmente, sugere o financiamento público das campanhas para que os eleitos possam ter governanças sem precisar ficar nas mãos de financiadores de campanha.

Daniel Lopes participou da Manifestação ocorrida ontem, 13, domingo, quando pessoas saíram às ruas para pedir a renúncia da presidenta Dilma Rousseff. O empresário diz ter sido um sucesso em todo o país, tendo como número oficial dado pelos organizadores mais de 6 milhões de participantes. “Em Parauapebas dado à pouca divulgação, a participação foi considerável e o recado foi dado e certamente colheremos bons frutos”, sonha ele, dizendo que mesmo assim reuniu muitas pessoas o que superou a expectativas.

Sobre o desfecho do problema político, Daniel aponta 3 alternativas:

1- A renúncia da presidenta Dilma, que em sua opinião seria mais honroso, porém pouco provável.

2- O processo de Impeachment, que depende só STF (Superior Tribunal Federal); mas este delegou ao Senado a palavra final, onde Dilma tem aliados poderosos.

3- A cassação da chapa que elegeu Dilma Rousseff, presidenta, e Michel Temmer, vice-presidente. Ação proposta pelo PSDB, sob a alegação do uso de recurso público para patrocinar a reeleição.

“Porém, se nenhuma destas opções acontecerem, estaremos fadados a conviver mais dois anos nesta inércia”, lamenta Daniel Lopes.

Reportagem: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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